Ostentar as conquistas, eternizar os ídolos e perpetuar a memória do clube... O Museu do Benfica-Cosme Damião, localizado no Estádio da Luz e inaugurado recentemente em 26 de julho de 2013, não apenas se limita em mostrar os feitos do time de Lisboa. Um corredor exibe objetos simbólicos e imagens referentes ao Benfica desde a sua fundação em 1904, alternando também com fatos da história mundial, seja na parte política seja na área cultural. Por exemplo, em 1927, expõe-se uma bola de basquete com a seguinte informação “Sempre primeiros-Primeiro jogo de basquetebol do Benfica e primeiro título nacional de ciclismo”. Já em 1928, relembra-se a criação de Mickey Mouse. Entre um ano e outro, há uma imagem da presidente Dilma Rousseff e uma maquete do Congresso Nacional para homenagear o arquiteto Oscar Niemeyer.
Para ilustrar os anos de 2010 até a atualidade, há uma foto de Dilma e, ao seu lado, uma fotografia do arquiteto português Eduardo Souto Moura. Próximo às duas personalidades relembra-se que Portugal solicitou ajuda financeira ao FMI, ao BCE e à UE em 2011.
Oscar Niemeyer, por sua vez, não apenas foi representado em uma maquete, mas também recebeu uma legenda honrosa do Benfica: “2012-O arquiteto do Milênio: Morre Oscar Niemeyer, o poeta das formas. O mundo despede-se dele em Brasília, a cidade que coprojetou”.
100 anos em três andares
O Museu do Benfica-Cosme Damião conta com três andares. No primeiro piso, o visitante depara-se primeiro com os troféus de outras modalidades e alguns materiais históricos, como o documento do comprovante de compra da primeira bola. Dividindo o mesmo andar que os seus companheiros de clube, estão as taças conquistadas do time de futebol tanto dos juniores quanto dos profissionais.
Ver todas as fotosPara subir para o segundo andar, o visitante passa pelo corredor em que estão a foto de Dilma e a maquete do Congresso Nacional e vê também as flâmulas da final da Copa dos Campeões de 1960/61 e 1961/62, a imagem de Eusébio e a edição especial do livro Guinness, que considerou, em 2006, o clube de Lisboa como o recordista em sócios, tendo mais de 160 mil pagantes na época.
O segundo piso homenageia as pessoas que fizeram história no clube. Uma área é dedicada a Cosme Damião, que não apenas foi um dos fundadores do Benfica, mas também foi jogador, técnico e dirigente nos Encarnados. Nesse espaço, há um retrato de Damião, uma camisa e uma taça que recebeu seu nome, entre outros objetos.
Eusébio, por sua vez, é relembrado por suas camisas, por um chapéu que ganhou do ex-goleiro da União Soviética Lev Yashin e pelas suas sete Bolas de Prata, prêmio concedido pelo jornal ‘A Bola’ ao artilheiro do Campeonato Português. O Pantera Negra ainda é homenageado com uma imagem holográfica projetada na parede, dando a impressão que Eusébio é real e está a sua frente. O ex-atacante aparece de terno e dá o seu depoimento. Depois, ex-jogadores falam a sua mensagem para o eterno ídolo português. “Você será um dos melhores para sempre”, diz Pelé.
Além de dedicar espaço para os jogadores, o segundo andar conta com uma parede composta de fotos dos treinadores que passaram pelo clube, como Paulo Autuori e Otto Glória.
O último piso possui como atração uma sala com uma tela de cinema que passa um filme de aproximadamente 15 minutos sobre a história do clube e a águia que voa no Estádio da Luz antes dos jogos do clube. Antes de sair do museu, o visitante se depara com uma parede branca com nomes de diversos clubes do futebol mundial: “Sem os nossos adversários, a nossa história seria incompleta”.