Segunda-feira marcada pela entrevista de Raúl ao jornal O Jogo. O avançado mexicano falou de várias temáticas com o diário desportivo. Ambição e vontade de vencer foram o mote.
A entrevista começa com uma questão acerca de quem são os adversários do Benfica neste Campeonato? E a resposta não podia ser outra.
“Todos! Não há que tirar mérito ou valor a ninguém. Nuns jogos pode-se pensar que se ganha fácil, mas por vezes esses são os que se tornam mais complicados. Aconteceu-nos na época passada, por exemplo contra a Académica [em Coimbra], onde nos custou imenso ganhar. E ainda agora há pouco tempo se viu algo parecido frente ao Estoril. Há equipas que no papel podem não ser grandes como Benfica, FC Porto ou Sporting, mas todas vão querer dar luta, e muitas organizam-se bem defensivamente, dificultando a nossa entrada na grande área. Temos de jogar contra todos da mesma maneira para ganhar”, afirmou Raúl.
O SL Benfica segue na liderança isolada da Liga NOS e está firme em todas as frentes… e é assim que vai entrar em 2017.
“Não tem de haver pressão, mas sim confiança de que somos capazes de nos manter ali. E temos jogadores com qualidade. Esteja no campo, no banco ou na tribuna, qualquer um pode acrescentar um pouquinho do que se precisa para conquistarmos pontos e remarmos para o mesmo lado”, explicou.
Raúl tem sido elogiado em várias frentes. Sente-se pressionado?
“Não, nada mesmo. Em vez de me pressionar, isso só me dá motivação, porque é sinal de que têm muita confiança em mim. Tomam-me como esse jogador que eu também quero ser. Isso é bom, E dentro de campo esquece-se tudo; ali só penso em fazer o melhor para mim e para a equipa”, revelou o avançado.
“A minha perspectiva é que um jogador nunca se deve limitar. Se continuar a trabalhar juntamente com os meus companheiros, estou seguro de que poderei acrescentar mais alguma coisa, poderei dar sempre mais à equipa”, acrescentou.
A subida de rendimento, os golos marcados… a adaptação e o muito trabalho estão a dar frutos.
“Sempre me caracterizei por lutar por todas as bolas, por ir até à morte em cada lance. É isso que estou a demonstrar no Benfica. Não mudei ou alterei pormenores na minha forma de estar em campo e de jogar, simplesmente estou hoje mais adaptado e ambientado a esta realidade. As oportunidades vão surgindo e estou a aproveitá-las melhor do que na época passada quando me tocou entrar na equipa. Só posso agradecer e dar o máximo para justificar a confiança que o mister, o corpo técnico e os meus companheiros me dão. Isso é importante para o meu rendimento””, afirmou ao O Jogo.
E por falar em golos…
“Gosto muito de bater penáltis. Comecei a fazê-lo nas camadas jovens e, enquanto profissional, já cobrei 17 e nunca falhei. Espero continuar. Nos primeiros tempos da minha carreira, trabalhei muito para me aperfeiçoar, mas agora faço o normal com a ajuda dos guarda-redes. No fim do treino, bato uns quantos penáltis e, de vez em quando, lá me param um. Nos jogos, felizmente nunca errei”, desvendou.
A equipa luta em todas as frentes… Liga NOS, Champions, Taça de Portugal e Taça da Liga!
“Não impomos limites à equipa, chegaremos onde for possível chegar, sabendo que damos tudo em campo”, concluiu taxativo.