o negócio...

"Não existem jogadores inegociáveis" P | Poderá repetir-se em breve a saída de mais jogadores para outros clubes, como aconteceu na época passada com Ricardo Rocha, Tiago e Armando? FO | Se tivéssemos as condições financeiras mínimas, não sairia ninguém. Mas num clube como o Braga não existem jogadores inegociáveis... Quando negociámos esses três jogadores para o Benfica, o clube encontrava-se numa situação extremamente difícil, dado que o plantel estava com dois meses de salários em atraso. Corríamos o risco de perder alguns jogadores se não tivéssemos resolvido essa situação. Creio que as pessoas já começam a reconhecer que não foi um negócio tão mau como se pintou na altura. Foi o negócio possível e o Braga ainda ficou detentor de quinze por cento dos passes desses três jogadores. Por serem jovens, o Ricardo Rocha e o Tiago têm grandes probabilidades de se transferirem para outros clubes e, quando tal acontecer, o Braga também lucrará com isso. P | É verdade que o Braga é detentor da mesma percentagem em passes de outros atletas do Benfica? FO | Quando o Benfica emprestou o Ricardo Esteves e o Mawete, houve apenas a possibilidade de ficarmos com eles se estivéssemos interessados. Preferimos, todavia, promover jogadores da equipa B. P | Mantém relações estreitas com o empresário José Veiga e, em última análise, com o Benfica. Isso dificulta a saída de algum jogador para outro clube em Portugal? FO | Não estamos fechados aos outros clubes e, de uma forma geral, temos boas relações com todos os empresários. Poderemos apreciar mais alguns do que outros, o que é natural, mas não estamos incompatibilizados com ninguém. Estamos sempre disponíveis para trocar impressões com todos os agentes de futebol.