Fonte
www.abola.pt
Se até ao jogo com o F. C. Porto os motivos de preocupação se centravam nos constantes (e infantis) erros defensivos, o jogo com o La Louvière trouxe um dado novo: um Benfica a jogar sem alegria, sonolento. A exibição, aliada aos resultados negativos que a equipa tem averbado, fez transbordar a paciência dos adeptos e do próprio Manuel Vilarinho. Pelo meio, a história da braçadeira de capitão, que começa a tomar contornos de novela mexicana... Apesar da procissão ainda seguir no adro, a eliminação da Liga dos Campeões, o 13º lugar na SuperLiga (quatro pontos em quatro jogos, embora com um encontro por disputar, frente à Académica) e a pálida imagem no primeiro compromisso da UEFA não deixam de ser motivo de preocupação, mesmo que Camacho se refugie no discurso da roleta: da sorte e do azar.
Uma questão de proximidade
É cedo para se falar de crise, pelo que o objectivo de Camacho é, precisamente, evitá-la. O treinador espanhol tem consciência dos perigos inerentes a uma eventual desunião do grupo. Seria um verdadeiro beco sem saída. Camacho quer, por isso, segurar o grupo, uni-lo e motivá-lo. Isso foi evidente no treino de ontem, curto (50 minutos), mas intenso. Os jogadores subiram ao relvado de Massamá apenas 25 minutos depois da hora marcada, tempo que foi preenchido com uma conversa de balneário, conduzida pelo técnico. Seguiu-se uma sessão de trabalho com exercícios que visaram claramente o contacto e a proximidade entre os jogadores, num desejável espírito de boa disposição que foi conseguido. A terminar, uma animada peladinha de basebol com os pés a fazerem de tacos. Um exercício que obrigou os atletas a muito empenho, comunicação e entreajuda, com a animação sempre presente. O dia terminou em convívio: festa de aniversário de Petit. Para desanuviar, porque amanhã é dia de jogo.