Pedro Henriques acredita que um empate no encontro entre Benfica e FC Porto, na Luz, na jornada 30 do campeonato, abrirá as portas para mais polémicas entre os departamentos de comunicação dos dois clubes.
Em entrevista a Bola Branca, o antigo lateral de águias e dragões defende que quem ganhar o clássico "dará passo importante" e "fica com meio caminho andado" para a conquista do título de campeão nacional.
"O Benfica, porque fica com uma margem com que pode até perder e, eventualmente, ter mais um jogo menos positivo, porque terá vantagem no confronto direto. Serão quatro pontos que na prática serão cinco. Para o Porto, serão dois, porque na prática serão três, porque também ficam com vantagem. Quem ganhar, seja Porto ou Benfica, fica com o caminho bem aberto. O Benfica tem uma vantagem maior, mas também tem a deslocação a Alvalade e ao Estoril. O Porto ficará com uma vantagem um pouco menor e tem a deslocação ao Marítimo e a Guimarães", sustenta.
Pedro Henriques salienta que "não convém" a nenhum dos conjuntos "contar com dados adquiridos" e dá o exemplo do FC Porto da última temporada: "O Nuno Espírito Santo contava com a derrota do Benfica em Alvalade e correram-lhe mal as contas. Cada um tem de contar consigo."
Se Porto e Benfica empatarem, "fica tudo na mesma" e os adeptos vão "andar todos a roer as unhas até ao fim", um cenário que agrada ao comentador da Renascença. Há um reverso da medalha desencorajador, contudo. "A parte negativa é que vamos continuar com novelas mexicanas fora do campo na comunicação dos clubes", lamenta.
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Dentro de campo, os dois treinadores vão poder contar com as suas principais figuras, que passaram pela última jornada incólumes no plano disciplinar. Entre eles Fejsa e Felipe, pilares das respetivas equipas.
"É muito importante que isto tenha acontecido, para o jogo e para os treinadores. Da parte do Benfica, é muito importante a questão do Fejsa. Do Rúben [Dias] também, mas acho que o Fejsa é mais determinante. Em relação ao Porto, a presença do Felipe, apesar de o Reyes já estar bom, é também uma mais valia", defende Pedro Henriques.
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