Pizzi e a possibilidade de terminar carreira no Benfica: «Seria muito feliz»

Fonte
zerozero.pt

Numa entrevista ao site do Sindicato dos Jogadores, Pizzi, médio do Benfica, abordou vários temas. Desde o clube, à seleção, o médio de 28 anos falou ainda num possível final de carreira nos encarnados e recordou as suas passagens por Espanha e pelos escalões secundários do futebol português, revelando que chegou a ter dúvidas sobre o que fazer enquanto futebolista.

 

«Ainda só tenho 28 anos e falar no final da carreira é bastante relativo. O que posso dizer é que estou muito feliz aqui, renovei contrato até 2022 e a verdade é que estou muito bem nesta casa. Fui sempre acarinhado por toda a gente desde o primeiro momento e se eventualmente terminasse a minha carreira aqui, seria muito feliz porque o faria num clube tão grande como o Benfica», referiu.

 

Emprestado pelo Sporting de Braga ao Ribeirão, Pizzi estudava e jogava futebol. A cedência a um clube do terceiro escalão português colocou algumas dúvidas no pensamento do agora internacional português.

 

«Sim, nessa altura cheguei a ter dúvidas. Não em desistir do futebol, mas a pensar no que fazer. Estudava fisioterapia, tinha contrato com o Sp. Braga e tinha de decidir um rumo. Tive que optar por deixar os estudos e dedicar-me ao futebol. Estava na segunda divisão B, que é um escalão muito diferente da Primeira Liga, e tive muitas dúvidas. Será que isto vai dar, será que vou conseguir chegar ao topo? Felizmente, consegui concentrar-me e as coisas correram bastante bem», contou.

 

O médio recordou também algumas das dificuldades sentidas em Espanha, realçando que apesar de alguns pontos negativos aprendeu muito nesse anos passados entre Atlético de Madrid, Deportivo e Espanyol.

 

«Há diferenças para o futebol português. Fui para Espanha com 21 anos, bastante novo, e passei do Paços de Ferreira para o Atlético Madrid, que é um clube enorme. Claro que foi complicado para mim, não tinha bem a noção do que era o futebol em Espanha e custou-me adaptar-me de início. Mas com a ajuda da minha família, da minha mulher, Maria, dos meus amigos, consegui dar a volta por cima. Não fui muito feliz no Atlético por causa dessas dificuldades que referi, mas nos dois anos seguintes, no Deportivo e no Espanyol, foram muito bons. Joguei com muita regularidade, fui importante no desempenho das equipas e isso fez-me crescer bastante», lembrou.

 

Para além do passado e da atualidade benfiquista, Pizzi também falou num futuro próximo. A chamada ao Mundial da Rússia está nos pensamentos do médio dos encarnados.

 

«Qualquer jogador quer fazer parte do lote de escolhas do míster Fernando Santos e eu não fujo à regra. É um prazer e um orgulho enorme representar a Seleção Nacional e o que faço é todos os dias no Benfica dar o meu melhor para poder ser chamado. Se vou ser chamado para o Mundial da Rússia ou não, acho que isso só cabe ao míster Fernando Santos decidir.»

 

 

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