Prenda? Ser campeão!

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www.abola.pt
Pouco tempo depois de A BOLA ter partilhado com Drulovic a celebração do 10.º aniversário no futebol português, ontem foi a vez de participar na comemoração do seu 34.º aniversário. Rebuscou o passado, mas também perspectivou o futuro. Que pode não ser muito extenso em termos profissionais. Mas anseia que a pouca quantidade encontre um paralelo na máxima qualidade. Por isso, a resposta à pergunta é simples: «A melhor prenda? Ser campeão!» O número 11 de Luz não esperava: A BOLA foi ao arquivo e encontrou um belo exemplar fotográfico com 10 anos. Nada mais nada menos que Drulovic, vestindo a camisola do Gil Vicente, a defrontar o Benfica e com... Hélder em destaque no mesmo plano da objectiva. «Quem diria... hoje somos colegas e depois de tantas voltas», foi o seu primeiro comentário, olhando candidamente para o rectângulo a preto e branco, contornado a... vermelho. «Está a ver? Estou diferente, agora», prosseguiu, entrecortando com um sorriso. «Lembro-me bem deste jogo. Foi a primeira vez que defrontei o Benfica e marquei um golo de livre directo. A bola bateu ligeiramente na barreira e traiu o Silvino. O jogo acabou empatado com um golo do Fernando Mendes», ajuntou. Ao longo da extensa carreira que leva como jogador profissional, muitos foram os bons momentos vividos pelos vários clubes por onde passou. Drulo não é narcisista, mas jogador que se preze guarda algo mais que simples recordações de memória. «Tenho muitas cassetes de vários jogos, fotografias e recortes de jornais», diz. Para os netos? «Sim, quem sabe [risos]». «Não sinto a idade» A pergunta era inevitável: aos 34 anos, o fim da carreira já começa a surgir no horizonte. Muitos fogem à resposta, mas não Drulovic. Até porque a explicação é simples: «Sinto-me muito bem, não sinto a idade, pois é uma questão relativa. Há muitos jogadores a jogar em Itália ou em Espanha com 36 e 37 anos que continuam com velocidade, com todas as suas capacidades no máximo. Por isso, não posso dizer quando vou terminar a carreira. Apenas digo que não vou enganar-me: quando achar que não estou a dar o que pretendem de mim, afasto-me! Agora só não sei quando é que isso vai acontecer. Mas admito que nessa altura será difícil em termos psicológicos.» Stop à comida e bebida excessivas E os segredos? O porte seco e os piques junto à linha continuam a ser características da sua imagem de marca. Mas isso não de deve somente aos treinos... «É verdade. Tenho cuidado e controlo o que como e bebo. Mesmo de férias, quando normalmente qualquer pessoa se excede, inclusive os jogadores, evito determinadas coisas. Afinal, é do corpo e do futebol que vivemos, pelo que temos de ser profissionais a todo o tempo», explica. A conversa não poderia terminar de outra forma: que dádivas espera o ilustre aniversariante? «Posso considerar-me um homem feliz. Tenho saúde, que é fundamental, uma bonita família, faço o que gosto. Mas em termos profissionais não o posso negar: a melhor prenda seria ajudar os meus colegas a conquistar o campeonato.»