Foi, com pequenos gritos aqui e acolá, um trajeto praticamente mudo desde que chegou à Luz, por uns muito consideráveis 16 milhões de euros. Durante ano e meio, houve muita substância para se questionar a inadaptação do internacional português, que perdeu todo o gás que tinha conseguido pelo Braga e que o tinha levado ao Europeu. Agora, enfim, começam a surgir bons sinais.
Desde logo, Rafa nunca foi tão sequencial na equipa titular do Benfica. Em Santa Maria da Feira, o avançado começou a titular pela sexta vez seguida, superando o registo da época passada - cinco titularidades seguidas em abril.
Salvio está lesionado e, desde então, a janela de oportunidade se abriu para Rafa. Com o regresso do argentino à competição, surge uma nova dor de cabeça para Rui Vitória, ainda que este costume privilegiar a continuidade no onze caso os jogadores correspondam.
Como é o caso de Rafa, nesta altura...
«À medida que os jogos vão passando, os jogadores têm tendência a melhorar, porque a confiança vai surgindo. O Rafa é um jogador de qualidade, estamos a corrigir alguns aspetos que achamos importantes para o nosso jogo», explicou o técnico, no final do jogo com o Feirense [ver vídeo acima].
Rafa marcou um golo, bisou nas bolas ao ferro e ainda desperdiçou mais duas grandes oportunidades, o que diz muito sobre duas coisas: é um jogador capaz de criar muitos desequilíbrios, mas ainda tem melhorias evidentes para operar no que diz respeito à finalização.
«Fundamentalmente, ele é perigosíssimo apanhando o jogo de frente. Fez um golo e podia ter feito mais. Teve um desempenho muito bom», focou o treinador, que terá o camisola 27 nesta paragem, visto não ter sido chamado por Fernando Santos - o que acontece desde o Euro 2016.
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