Fonte
www.abola.pt
A transferência de Júnior para a Luz parece situar-se no epicentro de uma conjugação de interesses – o do Benfica em contratar, o do Parma em ceder e o do jogador em sair para um clube onde possa ser utilizado com maior regularidade –, mas continua a esbarrar em algumas dificuldades, como por exemplo a irredutibilidade do empresário do brasileiro, Oliveira Júnior (ver peça à parte).
Ainda assim, têm-se mantido os contactos entre as partes, de forma a conseguir um entendimento. Salvatore Scaglia, director do Parma, esteve ontem na apresentação do novo reforço da equipa, o central Pierini (ex-Reggina) e, abordado pelos jornalistas portugueses, mostrou-se optimista quanto à possibilidade de Júnior rumar à Luz. «Para já não existe nada de concreto. Se surgir uma boa proposta, que nos agrade, naturalmente que vamos estudá-la e estamos receptivos», afirmou, esclarecendo: «Quando falo numa boa proposta estou a referir-me à venda em definitivo, não tanto a uma situação de empréstimo. Seja como for, é uma questão de os clubes conversarem.»
Lembrou ainda que o mercado só encerra no último dia do corrente mês, pelo que até lá tudo é possível. «Não acredito que durante o fim-de-semana surjam desenvolvimentos, uma vez que temos o jogo com o Brescia amanhã (hoje). Talvez a partir de segunda-feira (amanhã) possa surgir algo. Às vezes estas coisas só se decidem à última hora, até com um simples telefonema», disse.
O problema do ordenado
Apesar da vontade de vestir de encarnado, Júnior já fez saber que não lhe agrada a situação de empréstimo, pretende a cedência definitiva. Este é igualmente o cenário que mais interessa ao Parma, embora o clube italiano não descarte o empréstimo. O Benfica, por seu turno, pretende contar com o internacional brasileiro apenas temporariamente, numa primeira fase, até final da época, com opção de compra.
Mesmo que as águias optassem por avançar já para a contratação, sem período de empréstimo, não seria fácil chegar a acordo contratual com o jogador, face ao ordenado que este aufere: um milhão de euros por ano (200 mil contos). Uma verba muito elevada para as possibilidades encarnadas.
A cedência por cinco meses é, por isso, o cenário que mais agrada aos responsáveis do clube da Luz, que pagariam apenas 40 por cento do salário.