Ricardo Rocha: «Quando jogamos assim não damos hipóteses»

Fonte
www.record.pt
José Antonio Camacho já se queixou por inúmeras vezes do facto de os seus jogadores não demonstrarem os mesmos índices de garra, vontade e atitude durante os 90 minutos do jogo. Foi assim com o Nacional (o Benfica praticamente desapareceu na segunda parte...), foi assim com o Vitória de Setúbal, anteontem. Inexplicavelmente, durante um largo período, o grupo mostra-se apático, adormecido e, no Bonfim, acabou mesmo por sofrer dois golos sem perceber bem porquê. Mas por que razão a equipa não consegue manter a mesma toada ao longo de todo o desafio? Ricardo Rocha explica que nem os próprios jogadores são capazes de diagnosticar o que se passa... “Não sabemos o que nos acontece em determinados momentos. Perdemos o Norte, o sentido de jogo e em Setúbal sofremos dois golos num curto espaço de tempo. Não sei... Dentro do campo sentimos que as coisas não estão bem, mas não sabemos o que se passou ali. Mas o golo que o Simão marcou antes do intervalo foi muito importante, entrámos com outro ânimo na segunda parte e realizámos o jogo que toda a gente viu. Fizemos 45 ou 50 minutos de grande nível, onde virámos o resultado a nosso favor, mas temos de actuar daquela forma durante os 90. Quando jogamos assim não damos hipóteses aos adversários”, salientou. E no próximo desafio, com o FC Porto, em casa, não podem existir oscilações, caso contrário... “Temos de nos preocupar apenas em fazer o nosso campeonato, ganhar todos os jogos e depois logo se vê. Mas, acima de tudo, espero que esse encontro seja um grande espectáculo e que vença a melhor equipa. Se possível, claro, que ganhe o Benfica”, remata o defesa-central, agora adaptado à posição de lateral-esquerdo.