Rui Águas coloca José Gomes no onze. "É quase uma obrigatoriedade"

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rr.pt

Rui Águas considera que a chamada de José Gomes ao onze do Benfica, frente ao Besiktas, "é quase uma obrigatoriedade" que Rui Vitória terá de equacionar seriamente.

 

O ex-avançado dos encarnados sustenta a ideia, para além da ausência de praticamente todas as opções ofensivas de primeira-linha, na necessidade de elevar significativamente os níveis de "eficácia" do tricampeão nacional, face ao triunfo tangencial obtido diante do Arouca (1-2), na passada sexta-feira.

 

Nesse sentido, a "oportunidade" enfatizada pelo treinador das águias na antevisão ao encontro da primeira jornada do Grupo B da Liga dos Campeões visa, na leitura de Rui Águas, um só nome.

 

"Tendo em conta os recursos que o Benfica tem, quando estão bons, não faria sentido. Neste contexto, olhando ao miúdo e ao seu valor, é quase uma obrigatoriedade", argumenta o técnico, em entrevista a Bola Branca, recordando que a "tolerância" será total para a estreia absoluta do "delfim" na Champions.

 

"A tolerância é grande para um miúdo que se estreia com esta idade na Liga dos Campeões. É com essa atitude positiva que a aposta pode surgir e que o José Gomes deve encarar a sua participação. Valor tem e, neste contexto, a sua utilização é quase obrigatória", prossegue.

 

 

José Gomes. O melhor parceiro para Gonçalo Guedes

 

Ora, a opinião não minimiza, de todo, o papel que Gonçalo Guedes terá igualmente no figurino inicial de Rui Vitória para o encontro desta terça-feira. Na perspectiva de Rui Águas, o outro produto da formação benfiquista demonstrou em Arouca ser um activo importante. Todavia, a noção real da falta de frieza do extremo adaptado a avançado móvel atesta a necessidade de um parceiro finalizador. E é nessa evidência que entra o nome de José Gomes.

 

"O Benfica utilizou o Gonçalo Guedes no último jogo e esteve muito bem. Ao mesmo tempo, o Benfica teve várias situações de golo que, com avançados de raiz, teria concretizado, pelo menos algumas delas. Vai ser necessário ser mais eficaz, independentemente dos intérpretes, porque o Besiktas não vai permitir tantas situações de golo", alerta.

 

"Acredito que o Gonçalo Guedes torne a jogar. Quanto ao parceiro, veremos. Pode ser uma oportunidade rara para um jogador que está a aparecer", enfatiza.

 

 

Sem "espaço para grandes distracções"

 

Antevendo a estreia do tricampeão nacional na Liga Milionária desta temporada, Rui Águas suporta-se no equilíbrio de um grupo que conta, para além do Besiktas, com Nápoles e Dínamo Kiev, na necessidade que o Benfica tem de não "escorregar" ao mais alto nível.

 

"Este é um grupo incómodo, que não dá espaço para grandes distracções. O Benfica tem o apoio do seu público nesta ocasião difícil e, jogando em casa, mesmo com as dificuldades que tem, não deixa de ser favorito, ainda que ligeiramente", completa.