“Enquanto adepto, quero agradecer-lhe; enquanto administrador do clube, devo dizer-lhe que é um prazer enorme, porque é uma pessoa que trabalha 24 horas por dia. Não é uma pessoa completamente fácil de se trabalhar lado a lado porque parece que tem pilhas que nunca acabam. Hoje, todos lhe podemos agradecer por tudo que tem feito pelo Benfica. É o presidente de uma obra enorme. Quem está ao lado tem de ter sempre a capacidade de acompanhar”, sublinhou Rui Costa.
Nesta caminhada que faz ao lado de Luís Filipe Vieira desde o verão de 2008, ano em que se retirou dos relvados, são vários os momentos que, na opinião do ex-jogador, merecem um sublinhado especial.
“Uma das coisas que nos fazem aprender e maturar muito são os momentos maus. A forma como o presidente consegue encarar e aceitar os momentos maus, programando de seguida um momento positivo dá-nos o alento e a força que também precisamos, porque o futebol não tem só as idas ao Marquês”, lembrou o administrador.
“É nos momentos menos bons que o grande líder tem de galvanizar toda a gente e não fazer perder a esperança naquilo que está a ser feito. Ele não faz isso só para a equipa de futebol e para os adeptos; faz isso também internamente. Realço este aspeto porque é verdadeiramente fantástica a forma ele como consegue superar esses momentos e transformar um momento negativo num momento de excelência”, frisou, desembrulhando um exemplo.
“Há uns anos tínhamos acabado de perder tudo e parecia que o ciclo tinha acabado e havia ali um desmoronamento de tudo e mais alguma coisa… No ano a seguir ganhámos tudo, fruto da força e da dinâmica que ele tem”, recordou Rui Costa.
A edificação do Caixa Futebol Campus é um pilar estratégico que o administrador destaca.
“O Caixa Futebol Campus foi inaugurado no ano em que regressei ao Benfica. É uma obra bonita pela grandeza, pelos relvados, mas também pela eficiência que aquilo nos dá e a capacidade de trabalho, que vai sendo maior. Trouxe-nos uma qualidade de trabalho ímpar no futebol profissional e de formação e tem vindo a dar os seus frutos”, vincou o antigo camisola 10 das águias.
“Quando foi iniciado, o Benfica andava praticamente com as malas às costas para treinar. O clube teve de passar um período desagradável, mas valeu a pena para nascer uma obra daquelas. Não é só olhar para o Caixa Futebol Campus e dizer que é muito bonito; é aquilo que nos dá e permite trabalhar em termos de qualidade com o futebol profissional e de formação”, ressaltou.
Abrindo portas e janelas para o futuro, Rui Costa deseja que Luís Filipe Vieira “nunca perca este ânimo, este espírito”, porque, diz, “o clube passou por momentos que não parecia ser o Benfica”.
“Tenho a certeza de que lhe custou muito, que lhe saiu muito do cabedal para poder voltar a ver o Benfica como está. Que tenha sempre esta dinâmica e força mental para continuar a fazer com que o nosso clube seja não só o melhor clube português, mas também uma referência europeia. Trabalhamos aqui todos os dias ao lado dele, sabemos as ideias que tem e a vontade de que o Benfica não pare de crescer.”