O compromisso que Nico Gaitán tem ao serviço da seleção da Argentina, contra o México nos Estados Unidos na madrugada da próxima quarta-feira, dia 9, vai complicar o planeamento tanto da receção ao Belenenses agendado para sexta-feira como do jogo com o Astana, para a Champions, na semana seguinte. Isto para já não falar da deslocação ao Dragão, dia 20, também para o campeonato. A chegada do internacional argentino na véspera do jogo com o Belenenses causa apreensão a Rui Vitória, que vai aproveitar estes dias para agilizar um plano B, com o marroquino Carcela a sair em vantagem.
Ora, sem Salvio, Rui Vitória fica limitado em opções experientes para manter o equilíbrio da equipa e é por essa razão que Carcela está um passo à frente de Gonçalo Guedes, muito embora o internacional sub-19 português até tenha entrado em três jogos (Sporting, Estoril e Moreirense), contra apenas um do marroquino (Arouca). António Pacheco, antigo extremo no Benfica, defende que "o Benfica está muito bem apetrechado" de jogadores para a ala, mas admite que Carcela pode beneficiar de ser mais rodado. "É uma escolha difícil. Do que vi, achei Carcela menos mexido, embora seja um jogador de qualidade e o mais experiente, porque jogou na Bélgica (Standard) e na Rússia (Anzhi). Neste momento, poria o Gonçalo Guedes num patamar igual ao de Nuno Santos, que também são ambos extremos de grande qualidade", afirmou. Pacheco reforça que "o Benfica será sempre melhor com Gaitán e não tão bom sem ele", entendendo que tanto ele como Salvio "são jogadores que fazem a diferença e muito importantes".
Este é o primeiro ponto crítico da época para as águias que, após a paragem da competição de clubes para os compromissos das seleções, arrancam para um ciclo de risco. São três jogos em dez dias, se apenas contabilizarmos os embates com Belenenses (dia 11), Astana (15) e FC Porto (20).