Fonte
www.abola.pt
O treinador espanhol não se envolveu em demasia, mas deixou clara a sua opinião sobre os recentes episódios no departamento médico encarnado: «Isto não é normal no futebol e nos grandes clubes. Todos têm de estar unidos e o Benfica tem muitos problemas, que surgem todos os dias e em todos os sentidos. É preciso solucioná-los para que os jogadores se possam preocupar apenas em jogar futebol. Temos muitos lesionados, vários jogadores com problemas musculares e isso prejudica a equipa. Os jogadores têm de se treinar no máximo, jogar no máximo e também recuperar ao máximo. Há muitas coisas que agora nos colocam dificuldades. Estes problemas não devem existir e se existem é preciso resolvê-los para que não continuem a distrair a atenção dos jogadores.»
Plantel
Não foi a primeira vez que Camacho falou sobre o assunto, mas ontem voltou a sublinhar a sua preocupação: «Temos muitas lesões e um plantel descompensado, com muitos jogadores e muitos para as mesmas posições. Agora estão a recuperar Roger e Sokota, mas Nuno Gomes está confiante e Zahovic também, o que dificulta a tarefa do treinador. Tento colocar os que estão melhor em campo e os outros têm de esperar por uma oportunidade que lhes possa aparecer. Por isso procuramos estes jogos com adversários bons, para que os jogadores que normalmente não jogam possam fazê-lo. Só jogam 11 e ficam muitos sem fazer nada durante tempo a mais, não faz sentido! Gostaria de os colocar a jogar, mas não posso fazer isso com todos. Se alguns encontrarem sítio onde possam jogar, sou da opinião que devem sair.»
Reforços
Veio Geovanni, mas Júnior, defesa esquerdo do Parma, ficou pelo caminho. Virá mais alguém? Camacho acredita que não: «Agora? É muito difícil. Faltam apenas três dias para o fecho das inscrições. Saídas? Também é difícil. Temos 27 jogadores e é com estes que temos de trabalhar. Agora temos o jogo com o Barcelona, que é sempre prestigiante. Não há pontos em disputa mas há sempre o prestígio e é dessa forma que temos de pensar quando entrarmos em campo, logicamente para ganhar o jogo.»
Futuro
Em entrevista a A BOLA, Pepe Carcelén, adjunto de Camacho, afirmou que Abril seria o mês indicado para anunciar a continuidade, ou não, desta equipa técnica no Benfica. Camacho concorda, mas com pragmatismo: «Primeiro temos de ver se em Abril o clube está numa situação mais fixa, mais estável. Os problemas são muitos mas não dizem respeito a Camacho, essa não é a questão. É preciso encontrar soluções, pouco a pouco, e depois verei se quero seguir e também se os dirigentes têm interesse em que eu continue. Até lá jogo com a minha liberdade. Sou um profissional e por agora vivo unicamente para o Benfica.»