Toni: «Os reforços que eu quero são o Sokota e o Zahovic»

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O treinador continua mais preocupado com as finanças do Benfica do que com as alegadas carências do plantel. Prefere ignorar as negociações em torno de novos jogadores na reabertura do mercado e animar os dois lesionados mais ilustres do grupo. “São eles as prendas que espero receber em Dezembro” TONI contenta-se com a recuperação de Tomo Sokota e Zlatko Zahovic para enfrentar a segunda volta do Campeonato da I Liga. Depois de na semana passada ter demonstrado mais preocupação com as finanças do clube do que com as carências do plantel, o treinador benfiqiuista ontem preferiu efectuar um discurso que cai bem no interior do plantel. “A prenda que espero em Dezembro é a recuperação do Sokota e do Zahovic. São importantes para a segunda fase de competição que temos pela frente. Já que, na primeira, a contribuição dos dois jogadores tem sido praticamente nula”, defendeu Toni, na conferência de Imprensa de 48 horas antes do encontro de amanhã (18 horas) com o Santa Clara, para a 13ª jornada da I Liga. O técnico não comenta as notícias dando conta das negociações que o Benfica mantém com clubes estrangeiros para a aquisição de Kovacevic e De la Peña. E não concorda que as mesmas desestabilizem o balneário: “Não criam instabilidade no balneário porque não há certezas. Também leio os jornais mas não tenho certezas. Os meus grandes reforços são o Zahovic e o Sokota. Eles é que vieram rotulados de grandes reforços e para azar deles e do Benfica pouco jogaram.” Revolução de Julho Do tema das contratações, Toni partiu para mais uma análise à época do Benfica. Falou do que se evoluiu desde o dia de início da temporada até hoje e das dificuldades que a corrida ao título de campeão da I Liga encerra. “O que importa é que desde o dia 5 de Julho, quando começámos a época, até agora, temos a consciência de que estamos a fazer o melhor possível. Queremos fazer melhor todos os dias e queremos que os jogadores sejam melhor todos os dias. Houve uma revolução no início da época. E como em todas as revoluções, há avanços e recuos”. «Antigamente seria goleada» Toni voltou a distinguir a competitividade actual do futebol da I Liga do desequilíbrio ultrapassado dos anteriores campeonatos da I Divisão. A respeito do Benfica-Santa Clara, o técnico benfiquista destacou as “enormes dificuldades” que os açorianos vão causar e recordou quais seriam os prognósticos de outros tempos. “Há uns anos perguntar-se-ia antes de um jogo destes: ‘por quantos vamos ganhar?’. Agora, há um grau de competitividade enorme. Temos de ter capacidade para a superar.” O treinador é da opinião de que o Benfica tem de jogar sempre mais do que os adversários para conseguir ganhar os jogos. “Temos de jogar mais do que o adversário para o vencermos, é inevitável.” Na circunstância, Toni salientou o carácter especial da partida, dado o facto de o Santa Clara usar o mesmo emblema que os encarnados: “Usam o mesmo emblema e as mesmas cores que nós e são uma das nossas filiais mais antigas.” «Cada jogo é um jogo» O Santa Clara já surpreendeu um dos candidatos ao título nesta época. À nona jornada foi a Alvalade impôr um nulo ao Sporting. Agora, desloca-se à Luz com os mesmos objectivos. Toni desvaloriza mas não totalmente. “Cada jogo é um jogo”, defende o técnico benfiquista. “Não existem jogos iguais, as histórias não se repetem”, prosseguiu o responsável pela equipa encarnada na antevéspera da recepção ao Santa Clara. Mas, para Toni, há sempre ensinamentos a recolher dos encontros disputados anteriormente pelo adversário que se segue. “Esse encontro pode, contudo, servir-nos de base para ver como a equipa joga no reduto dos grandes”, defende o treinador. O Benfica nesta época só cedeu pontos em casa frente ao candidato FC Porto e ao Vitória de Guimarães, em dois empates a zero golos. Técnico não se pronuncia sobre utilização de Mawete Só amanhã, à hora do jogo, se vai saber se Mawete vai ou não jogar com o Santa Clara. Toni, como sempre, não quis abordar o jogo na perspectiva de quem vai utilizar e respondeu na generalidade à questão: "Se vamos ser mais ofensivos? Queremos ser, jogamos em casa e queremos aumentar os níveis de autoconfiança."