Toni emocionou-se hoje a falar de Mário Wilson, considerando tratar-se de uma “figura incontornável” do futebol português e o seu “segundo pai”, perante cuja memória se verga.
“Era um homem bom, uma figura incontornável do desporto português. Um treinador que marcou os jogadores que treinou e que partiu. O seu ‘filho branco’ verga-se perante aquele que foi o seu segundo pai", comentou Toni, com a voz embargada, em declarações à CMTV.
Toni endereçou as primeiras palavras para a família, com a qual disse “partilhar este momento de dor” e lembrou um recente encontro entre ambos.
“As últimas palavras que ouvi dele, há pouco tempo, foram de saudação, já com a voz muito embargada: Toni, Toni, Toni. Há muito tempo que o ‘capitão’ caminhava para o fim e o meu receio é não ter palavras que traduzam o que sinto por alguém que, se não fosse ele, não estaria aqui”, recordou o também treinador.
Mário Wilson morreu hoje, aos 86 anos, anunciou o Benfica, no qual se tornou no primeiro treinador português a conquistar o título de campeão nacional, em 1975/76, vencendo ainda as Taças de Portugal de 1979/80 e 1995/96.
Natural de Maputo, em Moçambique, Mário Wilson envergou, como jogador, as camisolas do Desportivo de Lourenço Marques, Sporting e Académica.
Como treinador, orientou o Benfica em três ocasiões, mas também emblemas como Académica, Belenenses, Vitória de Guimarães e Boavista, entre outros, assim como a seleção portuguesa na qualificação para o Europeu de 1980.
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