Vilarinho vitima de cabala

Submetida por Sven em
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O Jogo online
A notícia veiculada ontem pelo "Correio da Manhã", referente a uma eventual infracção cometida pela esposa do presidente do Benfica, provocou uma onda de reacções e revelações. Esclarecido está que Mariana Vilarinho nada teve a ver com o incidente relatado por aquela publicação, informação incorrecta que foi objecto de um duro comunicado por parte do clube da Luz. Ao que O JOGO conseguiu apurar, os dirigentes encarnados e o técnico da equipa de futebol, acompanhados das suas esposas, reuniram-se para jantar no restaurante "A Roda", em Lisboa, refeição durante a qual a mulher de Jesualdo Ferreira terá ingerido um copo de vinho branco e um cálice de vinho do Porto. Terminado o jantar, Jesualdo Ferreira e a sua esposa dirigiram-se para sua casa, em viaturas separadas, tendo esta sido interceptada por uma viatura das forças da autoridade e sido submetida a um rastreio da taxa de alcoolemia, que terá acusado positivo. Esta ocorrência teve lugar na localidade de Carcavelos, muito próximo da residência do casal, sem que se encontrasse presente Mariana Vilarinho que, ao que parece, só bebe iogurte. Agastado com a falsidade da notícia do "Correio da Manhã" e consciente das suas repercussões, Jesualdo Ferreira emitiu também ele uma nota à imprensa com o objectivo de clarificar o verdadeiro teor dos acontecimentos, cujo conteúdo passamos a transcrever na íntegra: "Na noite de sábado para domingo, a minha mulher foi interceptada por uma Brigada de Trânsito da GNR e foi-lhe feito o teste de alcoolemia. Viajando eu, logo atrás, noutra viatura, estive no local para me inteirar do que aconteceu e fui igualmente sujeito ao teste de alcoolemia, cujo resultado foi zero. O Sport Lisboa e Benfica nunca poderá estar associado a este caso. A minha mulher, enquanto cidadã, assumirá, naturalmente, as suas responsabilidades. Sublinho, por fim, que não houve falta de respeito para com os agentes da GNR, nem qualquer tentativa para os dissuadir de adoptarem, no caso, os procedimentos previstos na Lei." Vilarinho não perdoa Entretanto, Manuel Vilarinho reagiu de forma demolidora à notícia publicada pelo "Correio da Manhã" e que aludia a uma "operação stop" em que a sua esposa, Mariana Vilarinho, teria sido apanhada nas malhas do álcool (1,4 quando o limite é de 0,5 gramas por litro), o que, supostamente, teria levado à ira da condutora e do seu marido, que entretanto acorrera ao local, numa vã tentativa de persuadir os agentes da Guarda Nacional Republicana a "esquecer o assunto". Neste esforço teria também participado Luís Filipe Vieira, gestor do futebol "encarnado. A resposta aconteceu ontem e foi, como já se referiu, devastadora. Com Luís Filipe Vieira ao lado na bancada da sala de imprensa do Estádio da Luz, e outros dirigentes instalados na assistência (Fonseca Santos, presidente do Conselho Fiscal, Ricardo Martorell, presidente da Benfica Multimédia e Mário Dias, administrador da Benfica Estádio), Manuel Vilarinho fez questão de demonstrar a união que reina no emblema da águia em tão grave momento para a imagem dos seus principais líderes. A notícia e os seus contornos foram categoricamente desmentidos, ponto por ponto. No comunicado, que Vilarinho leu sem direito a perguntas dos jornalistas negou-se qualquer ponta de verdade à notícia dada à estampa na página sete daquele diário de informação geral, tendo sido endurecida a posição através da recusa de qualquer pedido subsequente de desculpas. As três acusações que Manuel Vilarinho extraiu do conteúdo publicado, "condução sob o efeito do álcool, injúrias à autoridade e tentativa de corrupção", foram completamente negadas, tendo sido salientado o facto de tal se ter processado "sem o elementar cuidado de averiguar junto dos próprios se os factos noticiados eram verdadeiros". De forma peremptória, o presidente do emblema da águia garantiu: "A pretensa notícia é falsa da primeira à última linha". Revoltado com o envolvimento da sua família, Vilarinho assegurou que os "cidadãos visados e o Sport Lisboa e Benfica vão imediatamente instruir os seus advogados para, de forma determinada, accionar criminalmente os autores e demais responsáveis por esta atoarda." Em jeito de conclusão, o comunicado expressa a intransigência com este tipo de "falsa informação", remetendo a resposta devida para os tribunais: "Nem o Benfica nem os restantes visados aceitarão qualquer pedido de desculpas já que entendem que é no banco dos réus que os responsáveis se hão-de explicar."