Vítor Melícias: «Eusébio não queria ser vedeta»

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O padre Vítor Melícias sublinhou esta segunda-feira a "muita honra" que teve em celebrar a missa em memória de Eusébio, "um grande português", em declarações à saída da cerimónia, realizada na Igreja do Seminário, em Lisboa.

Após a cerimónia, Vítor Melícias enalteceu a memória de Eusébio, citando um comentário veiculado esta segunda-feira pelo maior diário generalista espanhol, o El País: "Mais do que um desportista, ele torna-se memória e mitologia de um povo".

"Sente-se que era o povo, que ele sempre respeitou e estimou, que não permitiu - e ele também não quereria nunca - transformar-se numa vedeta, mas era uma vedeta do povo", acentuou o padre no final da missa celebrada em memória do "pantera negra".

Melícias sublinhou a "muita honra" que teve em celebrar a missa em memória de "um grande português".

"Ser como o Eusébio vale a pena, porque ele era um grande artista do futebol e do desporto, mas era, sobretudo, um grande companheiro e um grande amigo, um homem simples. São esses valores que os portugueses devem preservar", salientou.

Melícias defendeu ainda que a memória da mãe de Eusébio "deve ser também homenageada" neste último adeus do "rei", porque "teve o cuidado de criar os filhos de maneira a eles serem protegidos".

Eusébio da Silva Ferreira morreu no domingo, às 04H30, vítima de paragem cardiorrespiratória. O "Pantera Negra" ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial de Inglaterra, em 1966, foi considerado o melhor jogador e foi o melhor marcador, com nove golos, levando Portugal ao terceiro lugar. Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.

Esta segunda-feira, após ter sido homenageado no Estádio da Luz e na Câmara Municipal de Lisboa, teve missa de corpo presente na Igreja do Seminário no Largo da Luz, tendo sido sepultado no cemitério do Lumiar.