Mitroglou e Jonas marcam na vitória sobre o Wolfsburgo

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O Benfica venceu este domingo os alemães do Wolfsburgo, por 2-0, num jogo particular realizado na Áustria e integrado nos trabalhos da pré-época dos encarnados. Mitroglou aos 63 minutos, e Jonas já em cima do apito final, foram os marcadores de serviço, num jogo onde Gonçalo Guedes, André Horta e Salvio se exibiram em bom plano.

 

O Benfica regressa a Lisboa ainda este domingo para começar a preparar o jogo de quarta-feira frente aos italianos do Torino, relativo à Eusébio Cup.

 

Golos de Mitroglou e Jonas na segunda parte a fazerem o resultado, mas a exibição diante dos alemães teve ainda André Horta, Fejsa, Salvio e uma intensidade já quase de competição

 

O Benfica venceu ontem o Wolfsburgo por 2-0 em Altach, na Áustria, mostrando já uma qualidade de jogo muito apreciável e ao longo de 90 minutos, apesar de terem jogado quase 20 jogadores.

 

Mitroglou e Jonas, quem diria, marcaram os golos: primeiro o grego a passe de Gonçalo Guedes depois de excelente receção orientada e de passe a rasgar de André Horta; mesmo a acabar o jogo foi Jonas, na recarga, depois de um contra-ataque em que os alemães não conseguiram responder, outra vez, à velocidade dos benfiquistas. O brasileiro ainda deu o golo a Jiménez, o remate deste foi defendido pelo guarda-redes para a frente e o brasileiro depositou depois na rede. Dois golos que marcaram bem as diferenças de ritmo e de qualidade.

 

Impressionou a ideia de jogo do Benfica, que é o mais importante nesta fase da época: pressão alta, agressividade sobre a bola e sobre o adversário, grande velocidade de pernas e cabeça já nesta altura da época, o que é muito interessante porque já próximo do ritmo de competição e há tempo ainda para melhorar, em princípio. O que se traduziu no domínio do jogo em todos os momentos, perante uma das melhores equipas alemãs, mesmo considerando que faltavam jogadores importantes ao Wolfsburgo. Já o Benfica apresentou um onze que estará próximo do titular, mas com Gonçalo Guedes a fazer dupla com Mitroglou e André Horta na posição 8 a provocar boas vibrações.

 

Entrada fortíssima dos encarnados, agressivos, jogando em antecipação e nos primeiros cinco minutos não deixando os alemães passar do meio-campo. Uma entrada a matar! Nem tudo era perfeito, claro, e aos 9" Baz Dost, isolado perante Paulo Lopes, permitiu a defesa deste, na primeira oportunidade de golo do jogo. Logo a seguir Mitroglou perdeu boa oportunidade depois de bom entendimento na esquerda e a partir daí o volume de jogo foi do Benfica, permitindo aqui e ali contra-ataques ao adversário. Um sinal de força e capacidade, obrigando o adversário a fazer faltas (oito no primeiro tempo contra três do Benfica). A equipa de Rui Vitória não criou muitas oportunidades, mas foi dominadora e concedeu pouco. Fejsa jogou os 90 minutos e fez muitas faltas, mas é uma sentinela no meio-campo. Lisandro e Grimaldo também fizeram 90" - e bem.

 

Júlio César jogou toda a segunda parte, sem muito para fazer, porque os alemães tiveram pouca bola nessa altura. Mas é essencial que Júlio César possa jogar, quando Ederson tem ainda várias semanas de recuperação pela frente.

 

Lindelöf também jogou na segunda parte, altura em que o Benfica marcou os seus dois golos. Também Salvio e Carrillo foram os extremos nesses segundos 45 minutos - se ficarem todos, o Benfica tem ali uma quantidade de grandes jogadores que dá para sonhar com muitas coisas. Mas deve sair mais do que um, claro.

 

Uma segunda parte bem conseguida da equipa de Rui Vitória, apesar das substituições, com Salvio a mostrar que procura regressar à boa forma antiga, entendendo-se bem com Nélson Semedo, criando grandes buracos mesmo com o internacional suíço Ricardo Rodríguez pela frente, enquanto Jiménez e Jonas são homens que sabem tudo e se conhecem bem.

 

O Benfica manteve o ritmo sempre elevado, a condicionar muito o jogo alemão, fazendo faltas quando necessário (acabaram 11-10 para os alemães) mas rematando mais (9-4 no final, o Wolfsburgo não teve remates no segundo tempo).

 

A defesa jogou muito adiantada e conseguiu resolver a maioria dos problemas porque teve muita ajuda dos homens do meio-campo e do ataque, que é onde começa - e tem de começar - o processo defensivo. E o Benfica ganhou muitas bolas no meio-campo adversário, o que é excelente como princípio de jogo. Bom começo!

 

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