História SLB: 4ª parte

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A Década de 70: a célebre frase de Mário Wilson, o «filme de terror» e os títulos...

A década de 70 ficou marcada por uma frase proferida por um grande senhor do futebol, mais propriamente, do Benfica. «Qualquer treinador que vá para o Benfica, arrisca-se sempre a ser campeão!», foi esta a frase célebre de Mário Wilson.

Na década de 70, o Benfica conquistaria outro tri-campeonato, de 70/71 a 72/73, desta vez nas mãos do britânico Jimmy Hagan. As figuras da altura eram: Eusébio, Humberto Coelho, Jaime Graça, Nené, Toni, Diamantino, José Torres, António Simões, Vitór Martins, Vítor Baptista, Shéu Han, Jordão, José Henrique, Adolfo Messias e Artur Jorge (melhor marcador em 70/71 e 71/72). Foi em 1972/73, que Eusébio conquistou a sua última bola de p {mostrarimagem("UNTITL14.jpg","right","")}ata, com 40 golos. Mais um tri-campeonato de 74/75 a 76/77 (12 campeonatos em 15 anos), nas mãos de Milorad Pavic (húngaro), Mário Wilson (português) e John Mortimore (inglês). O primeiro campeonato após a revolução de 25 de Abril, foi o último de Eusébio, jogando 9 encontros, apontando 2 golos (fazendo um total de 316 golos no campeonato). Outras estrelas apareceram, como Fernando Chalana, Pietra, Manuel Bento, Eurico Gomes, José Luís e Carlos Alhinho.


Nesta década de 70 há ainda a destacar a presença do Benfica no Brasil. Numa interrupção do Campeonato de 1971/72, o Benfica deslocou-se ao Brasil e venceu a Portuguesa, por 3-1, perdeu com o Curitiba e o Flamengo e despediu-se batendo o Vasco, por 2-0. O drama dos benfiquistas, no geral, ficou por ali, mas Vítor Baptista viveu uma au{mostrarimagem("UNTITL15.jpg","left","")}têntica tragédia, no Aeroporto do Galeão, quando, sentado numa cadeira de rodas, aguardava embarque para Lisboa. Um acidente estúpido ocorrido no seu quarto (cortara-se nos vidros de uma garrafa quando caiu sobre ela) levara-o a seguir à frente dos companheiros. Falava com funcionários da Varig quando rebentou o tiroteio – tiros de pistola e rajadas de metralhadora cruzaram os ares, levantou-se enorme gritaria e ele, espantado, viu cair uma mulher e um Polícia gravemente atingidos. Eram três disfarçados contra a Polícia. Parecia mesmo um filme de terror. Vítor Baptista sentiu-se alvo fácil, se continuasse na cadeira de rodas, lançou-se ao chão, escorregou, gatinhou, escondeu-se e acabou por ter sorte. O incidente reteve Vítor mais 24 horas no Rio.

A Década de 80: os primeiros estrangeiros e a derrota na final...

A década de 80{mostrarimagem("UNTITL16.jpg","right","")} iria caracterizar-se pelo duelo sistemático entre o Benfica e o FC Porto, face à crise que o Sporting enfrentava. No primeiro ano da década, o húngaro Lajos Bazzoti dava o primeiro título. Nené foi o melhor marcador e João Alves, o luvas pretas, a estrela. Em 1982/83, começavam a chegar os primeiros estrangeiros ao clube, eram eles Glenn Stromberg (sueco) e Zoran Filipovic (jugoslavo) e quem estava à frente da equipa era o sueco Sven-Goran Eriksson. Nesta década, surgiram mais estrelas do futebol português, como Rui Águas, Veloso, Vítor Paneira, Pacheco, Valdo e Magnusson. A 25 de Maio de 1988, o Benfica foi a mais uma final Liga dos Campeões em Estugarda, tendo sido derrotado pelo PSV Eindhoven. No final do encontro, o nulo manteve-se. Nas grandes penalidades Veloso desperdiçou a oportunidade que lhe coube em sorte, abrindo caminho à vitória do PSV por 6-5.