Jesualdo e a lesão de Simão: «Também se dizia que a equipa dependia do Mantorras»

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O treinador do Benfica desvalorizou, esta quinta-feira, na habitual conferência de imprensa antes dos jogos, o facto de não poder contar com o avançado Simão Sabrosa para o próximo compromisso da equipa na I Liga, frente ao Sporting de Braga. Recordando que, quando Mantorras se lesionou, também diziam que a equipa dependia do angolano, Jesualdo Ferreira voltou a recordar a importância do colectivo em detrimento do individual, frisando que «os jogadores vão dar tudo o que têm para ganhar o jogo».

«Geralmente, temos sempre tendência para fazermos com que as coisas dependam de outras e nunca do colectivo», considerou o treinador do Benfica, que, sobre a importância de Simão Sabrosa na equipa e o facto deste não poder agora dar o seu contributo, recordou que «há uns tempos atrás, também se dizia que a equipa dependia do Mantorras».
Abordando a impossibilidade de poder contar com um dos elementos que em melhor forma parecia estar, Jesualdo Ferreira preferiu encarar mais este impedimento de uma forma positiva, sublinhando que «tento encontrar soluções para os problemas e este é mais um». «A nossa vontade e a nossa fé é a mesma, pois as dificuldades têm-nos dado forças», sentenciou.

Na opinião do técnico, o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido «é para que todos os jogadores sejam importantes, para que o colectivo seja mais forte», Jesualdo não deixou de assumir que «não gostaria de ver um jogador como o centro das nossas preocupações», ainda que «todos sabem o que o Simão significava para esta equipa, tal como sabiam o que Mantorras significava antes de se lesionar».

Contudo, «passámos bastantes problemas e este é só mais um», defendeu o técnico, desabando «vamos ver o que é que a roda da fortuna nos trás para a semana».

Colocando a tónica do seu discurso no colectivo, Jesualdo Ferreira assumiu que «queremos ganhar a ideia de que o Benfica se tornou mais forte e mais competitivo», pelo que «os jogadores vão dar tudo o que têm para ganhar o jogo».

«Quando convivemos com as dificuldades aguçamos o engenho», recordou o técnico, que, no futebol, «tive sempre uma situação complicada e difícil», pelo que «esta situação pode ser óptima para mim. Não me vai deixar, como dizem os brasileiros, cochilar».

Sublinhando que «é nas dificuldades que é possível encontrar os campeões», o treinador benfiquista recusou, contudo, que todas estas lesões que têm assolado o plantel possam ter uma origem comum. «Não têm relação, foram acontecendo progressivamente. A nossa forma de lidar com as coisas é um caso de cada vez», defendeu.

Mudando de tema, Jesualdo Ferreira abordou então o Boavista-Sporting do próximo sábado, assumindo esperar que seja um bom jogo, ainda que não o veja como decisivo na questão da atribuição do título. Mesmo porque «o Benfica continua a querer mais que o terceiro lugar», afirmou.

A terminar, tempo ainda para abordar a goleada sofrida pela Selecção Nacional, quarta-feira à noite, no Bessa, frente à Finlândia, por 1-4. Lamentado o resultado e a lesão contraída por Simão, o técnico encarnado destacou a estreia de um jogador do Benfica com a camisola da selecção: «Teve dois aspectos negativos, o resultado e a lesão do Simão, mas um positivo, a estreia do Caneira.»

Texto: DesportoDigital.pt