José Bastos

José Bastos

Nome completo
José Bastos
Posição
guarda-redes
Número
1
Data de nascimento
17 Outubro 1929
Data de morte
24 Novembro 2020 (91 anos)
País
Portugal
Periodo na equipa principal

1950-1954

1956-1959

Martins havia sido o guarda-redes dos anos 40. Para o substituir, já no poente da carreira, perfilaram-se Pinto Machado e Contreiras. Revezaram a titularidade, durante duas temporadas (47/48 e 48/49). Quando no começo da década de 50, emergiu um terceiro guardião, de nome Rosa, talvez não se prognosticasse que o novel reforço Bastos pudesse ganhar a corrida. Mas assim foi. Durante jogos a fio, com Rosa, Furtado, Bráulio ou Sebastião relegados para o banco das opções.

Entrou no Benfica numa época dourada. Que o foi também pelo seu inestimável contributo. A Taça Latina passava a ser objecto de culto na sala de troféus do clube. Foi em 49/50. Com Jacinto e Fernandes; Moreira, Félix e José da Costa; Corona, Arsénio, Julinho, Rogério e Rosário. Nos tempos do WM, no seu apogeu. Houve finalíssima e tudo. Tudo? Tudo não, mais dois prolongamentos ainda. Ao minuto 134, Julinho sentenciou, fez o 2-1. Com letra pequena, escrevia-se Girondinos de Bordéus. Em caixa alta, Benfica. Era o primeiro grande titulo internacional. Bastos bravo havia sido.

Intocável no seu posto, assim percorreu os quatro anos seguintes. Com três Taças de Portugal para festa fazer. Académica (5-1), Sporting (5-4) e FC Porto (5-0), na passarela estiveram do aparatoso desfile de graça vermelha. Já o Campeonato, esse, foi-se escapando. Por algum motivo, ainda na actualidade, badalados são os méritos dos Cinco Violinos do Sporting. “O Zé era um guarda-redes muito calmo, nada o perturbava, nada lhe causava intimidação; sem grande elasticidade, era sóbrio, abominava dar espectáculo, fazer defesas para a fotografia; não me lembro de ter sofrido um golo após ressalto, ele adivinhava a trajectória da bola”, no raio x do jornalista Alfredo Farinha.

Nas épocas de 54/55 e 55/56, perdeu a titularidade para o novo recruta Costa Pereira. No biénio imediato, a sub-rogação, outra vez primeiro foi. As hostes benfiquistas dividiam-se. Para uns, Bastos; para outros, Costa Pereira. Ganharia a juventude à experiência. Assim aconteceu no termo da década de 50, vivia-se o limiar das subjugantes exposições internacionais do Benfica.

José Bastos ainda hoje integra a meia centena de jogadores mais utilizados na vida do clube. Aproximou-se dos 200 jogos oficiais, com saldo de três Campeonatos, cinco Taças de Portugal e uma Taça Latina. E aquele pequeno-grande detalhe, da humildade. Que mais valorizava o aprumo e a categoria com que subiu a escadaria principal de acesso ao salão nobre das glórias benfiquista.

 

Épocas no Benfica: 11 (49/59 e 60/61)

Jogos: 196


Títulos: 3CN, 5 TP,1 Taça Latina

 

Texto: Memorial Benfica, 100 Glórias
Copiado de Ednilson

 


Equipa Principal Jogos Minutos Cartões (A./V.) Golos
  1949/1950 9 810 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 6 540 0 / 0 0
Taça Latina 3 270 0 / 0 0
Amigáveis 1 0
  1950/1951 24 2160 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 19 1710 0 / 0 0
Taça de Portugal 5 450 0 / 0 0
Amigáveis 1 0
  1951/1952 31 2790 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 24 2160 0 / 0 0
Taça de Portugal 7 630 0 / 0 0
Amigáveis 5 0
  1952/1953 33 2970 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 26 2340 0 / 0 0
Taça de Portugal 7 630 0 / 0 0
Amigáveis 6 0
  1953/1954 25 2205 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 22 1935 0 / 0 0
Taça de Portugal 3 270 0 / 0 0
Amigáveis 5 0
  1954/1955 0 0 0 / 0 0  
Amigáveis 2 0
  1955/1956 2 180 0 / 0 0  
Taça Latina 2 180 0 / 0 0
Amigáveis 0 0
  1956/1957 31 2790 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 26 2340 0 / 0 0
Taça de Portugal 4 360 0 / 0 0
Taça Latina 1 90 0 / 0 0
Amigáveis 0 0
  1957/1958 31 2790 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 20 1800 0 / 0 0
Taça de Portugal 9 810 0 / 0 0
Taça dos Campeões Europeus 2 180 0 / 0 0
Amigáveis 5 0
  1958/1959 6 462 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 2 102 0 / 0 0
Taça de Portugal 4 360 0 / 0 0
Amigáveis 2 0
  1960/1961  
Amigáveis 1 0
Total Jogos Amigáveis 28 0
Total Jogos Oficiais 192 17157 0 / 0 0
Na equipa principal

Primeiro jogo

Último jogo

SL Benfica 2 - 0 Real Betis

Qui, 1 Setembro, 1960

Taça Parodiantes de Lisboa

Homenagem a José Bastos-Taça Parodiantes de Lisboa
Estádio da Luz (1954 - 2003), Lisboa

Por administrador a Segunda, 6 Novembro 2023

XHITA



Nome Completo: JOSÉ de BASTOS
Posição: Guarda-Redes
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 17-10-1929
Data de Falecimento: 24-11-2020
Número da Camisola: 1
Pé Preferido: Direito



Épocas ao serviço do Benfica: 12
Total de Jogos pelo Benfica: 197
Total de Golos Sofridos pelo Benfica: 206
Títulos pelo Benfica:
1 Taça Latina (1949/1950)
3 Campeonatos Nacionais (1949/1950; 1954/1955; 1956/1957)
5 Taças de Portugal (1950/1951; 1951/1952; 1952/1953; 1956/1957; 1958/1959)


1949/1950
Jogos: 9
Golos Sofridos: 14 (10 na Liga)

1950/1951
Jogos: 24
Golos Sofridos: 34 (26 na Liga)

1951/1952
Jogos: 31
Golos Sofridos: 36 (26 na Liga)

1952/1953
Jogos: 33
Golos Sofridos: 34 (27 na Liga)

1953/1954
Jogos: 26
Golos Sofridos: 38 (31 na Liga)

1954/1955
Jogos: 3
Golos Sofridos: 1 (1 na Liga)

1955/1956
Jogos: 2
Golos Sofridos: 4 (0 na Liga)

1956/1957
Jogos: 31
Golos Sofridos: 27 (25 na Liga)

1957/1958
Jogos: 32
Golos Sofridos: 23 (15 na Liga)

1958/1959
Jogos: 5
Golos Sofridos: 2 (0 na Liga)

1959/1960
Jogos: 0
Golos Sofridos: 0

1960/1961
Jogos: 1
Golos Sofridos: 0

XHITA

#1
Benfica 3-1 Sp.Covilhã | Taça de Portugal 1956/57



XHITA

#2
José Bastos. 17 de Outubro de 1929. Guarda-redes.
Épocas no Benfica: 11 (49/59 e 60/61). Jogos: 196. Titulos: 3 (Campeonato Nacional), 5 (Taça de Portugal) e 1 (Taça Latina).
Outros Clubes: Atlético e Beira Mar.




Equipa 1950/1951

Martins havia sido o guarda-redes dos anos 40. Para o substituir, já no poente da carreira, perfilaram-se Pinto Machado e Contreiras. Revezaram a titularidade, durante duas temporadas (47/48 e 48/49). Quando no começo da década de 50, emergiu um terceiro guardião, de nome Rosa, talvez não se prognosticasse que o novel reforço Bastos pudesse ganhar a corrida. Mas assim foi. Durante jogos a fio, com Rosa, Furtado, Bráulio ou Sebastião relegados para o banco das opções.

Entrou no Benfica numa época dourada. Que o foi também pelo seu inestimável contributo. A Taça Latina passava a ser objecto de culto na sala de troféus do clube. Foi em 49/50. Com Jacinto e Fernandes; Moreira, Félix e José da Costa; Corona, Arsénio, Julinho, Rogério e Rosário. Nos tempos do WM, no seu apogeu. Houve finalíssima e tudo. Tudo? Tudo não, mais dois prolongamentos ainda. Ao minuto 134, Julinho sentenciou, fez o 2-1. Com letra pequena, escrevia-se Girondinos de Bordéus. Em caixa alta, Benfica. Era o primeiro grande titulo internacional. Bastos bravo havia sido.

Intocável no seu posto, assim percorreu os quatro anos seguintes. Com três Taças de Portugal para festa fazer. Académica (5-1), Sporting (5-4) e FC Porto (5-0), na passarela estiveram do aparatoso desfile de graça vermelha. Já o Campeonato, esse, foi-se escapando. Por algum motivo, ainda na actualidade, badalados são os méritos dos Cinco Violinos do Sporting. "O Zé era um guarda-redes muito calmo, nada o perturbava, nada lhe causava intimidação; sem grande elasticidade, era sóbrio, abominava dar espectáculo, fazer defesas para a fotografia; não me lembro de ter sofrido um golo após ressalto, ele adivinhava a trajectória da bola", no raio x do jornalista Alfredo Farinha.

Nas épocas de 54/55 e 55/56, perdeu a titularidade para o novo recruta Costa Pereira. No biénio imediato, a sub-rogação, outra vez primeiro foi. As hostes benfiquistas dividiam-se. Para uns, Bastos; para outros, Costa Pereira. Ganharia a juventude à experiência. Assim aconteceu no termo da década de 50, vivia-se o limiar das subjugantes exposições internacionais do Benfica.

José Bastos ainda hoje integra a meia centena de jogadores mais utilizados na vida do clube. Aproximou-se dos 200 jogos oficiais, com saldo de três Campeonatos, cinco Taças de Portugal e uma Taça Latina. E aquele pequeno-grande detalhe, da humildade. Que mais valorizava o aprumo e a categoria com que subiu a escadaria principal de acesso ao salão nobre das glórias benfiquista.


Tópico: Memorial Benfica, Glórias
Autor: Ednilson
Link: http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=22362.30

Shoky


XHITA

Citação de: Shoky em 17 de Outubro de 2009, 13:49
Imortal...claro!

O0

Eu evito criar tópicos na secção dos Imortais.

Arranjas as estatisticas?

Shoky

Vamos ver...a seu tempo!
Claro que se arranja...como para todos!
Mas guarda redes é mais dificil...e é preciso tempo! O0

andre_04_SLB

Nome Completo: José Bastos
Posição: Guarda-Redes
Nacionalidade: Português
Data de Nascimento: 17-10-1929
Número da Camisola: 1
Pé Preferido: Direito


Épocas completas no Benfica: 11
Total de Jogos pelo Benfica: 196
Total de Golos pelo Benfica: 0
Títulos pelo Benfica: 9
3 Campeonatos Nacionais
5 Taças de Portugal
1 Taça Latina

Eagle Fly Free

O Bastos faz parte de uma geração fantástica do futebol português, sobretudo naquela primeira metade da década de 1950. E a Taça Latina prometia muito...

Infelizmente, o futebol português tardou em desenvolver-se... como sempre... :(

Só a década de 1960 beneficiou da revolução operada em meados dos anos 1950: estádios, treinos, psicologia...

É um mito considerar-se que Portugal só teve duas ou três boas gerações de jogadores...

XHITA


Dixi


pcssousa

Era ainda um guarda-redes em fase de amadurecimento quando teve pela frente, logo na sua primeira temporada como jogador do Benfica e por lesão do titular Rogério Contreiras, o desafio de defender a baliza encarnada na Taça Latina de 1950.

Jogou os três jogos - um com a Lazio e dois com o Bordéus -, lançando desse modo uma fortíssima candidatura ao lugar para os anos 50. José Bastos viveu então o dilema da concorrência de Costa Pereira, que surgiu em cena a meio da viagem.

A rotação entre ambos foi constante - em 1955/56 não jogou, em 1956/57 foi titular absoluto e 1957/58 fez 20 dos 26 jogos do campeonato.

Guarda-redes de enorme potencial, acabou por ceder face à maior insistência na aposta no rival interno. De qualquer modo, abandonou o Benfica ao fim de uma ligação de dez anos, com 145 jogos na máxima competição do futebol português.

Não resistiu à chegada de Bela Guttmann, que, até para dar mais tranquilidade a Costa Pereira, o considerou dispensável. Foi então emprestado ao Atlético.

Os regressos à Luz

Quando Bastos regressou à Luz pelo Atlético, Guttmann disse ao dirigente Gastão Silva que queria aquele guarda-redes - o velho treinador não o reconheceu depois de o ter dispensado.

Bastos foi ainda adversário na estreia de Eusébio, a 23 de Março de 1960, no jogo de reservas ganho pelo Benfica por 4-2, com três golos do "Pantera Negra".

http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Benfica/interior.aspx?content_id=184223

Bastos, imortal do Benfica!

Shoky

Citação de: XHITA em 17 de Outubro de 2009, 09:50


Nome Completo: JOSÉ de BASTOS
Posição: Guarda-Redes
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 17-10-1929
Número da Camisola: 1
Pé Preferido: Direito



Épocas completas no Benfica: 10
Total de Jogos pelo Benfica: 196
Total de Golos Sofridos pelo Benfica: 206
Títulos pelo Benfica:
1 Taça Latina (1949/1950)
3 Campeonatos Nacionais (1949/1950; 1954/1955; 1956/1957)
5 Taças de Portugal (1950/1951; 1951/1952; 1952/1953; 1956/1957; 1958/1959)


1949/1950
Jogos: 9
Golos Sofridos: 14 (10 na Liga)

1950/1951
Jogos: 24
Golos Sofridos: 34 (26 na Liga)

1951/1952
Jogos: 31
Golos Sofridos: 36 (26 na Liga)

1952/1953
Jogos: 33
Golos Sofridos: 34 (27 na Liga)

1953/1954
Jogos: 26
Golos Sofridos: 38 (31 na Liga)

1954/1955
Jogos: 3
Golos Sofridos: 1 (1 na Liga)

1955/1956
Jogos: 2
Golos Sofridos: 4 (0 na Liga)

1956/1957
Jogos: 31
Golos Sofridos: 27 (25 na Liga)

1957/1958
Jogos: 32
Golos Sofridos: 23 (15 na Liga)

1958/1959
Jogos: 5
Golos Sofridos: 2 (0 na Liga)


Actualizado este Monstro do Benfica.
Que trabalheira me deu...

pcssousa

Um falecido ex-GR que representou o nosso Benfica: Pinto Machado, disse-me que para ele o Bastos foi o melhor GR que jamais viu no Benfica... retorqui-lhe: "então e Costa Pereira? Zé Gato? Bento? Preud'homme?" repondeu: "Nah, foi o bom do Zé, não imaginas a coragem que era preciso para fazer o que ele fazia num pelado"...

Shoky