Palmarés do Futebol do SL Benfica

Ruud

#30
Campeonato Nacional da 1ª divisão 1983/84



1ª j (28/08/1983): Vit. Setúbal - Benfica 2-3 
2ª j (03/09/1983): Benfica - Rio Ave 1-0
3ª j (11/09/1983): Estoril - Benfica 1-4
4ª j (24/09/1983): Benfica - Águeda 2-0
5ª j (02/10/1983): Sp. Braga - Benfica 1-1
6ª j (09/09/1983): Benfica - FC Porto 1-0
7ª j (15/09/1983): Benfica - Farense 6-2
8ª j (19/10/1983): Penafiel - Benfica 0-3
9ª j (26/10/1983): Benfica - Varzim 2-0
10ª j (04/12/1983): Boavista - Benfica 1-2
11ª j (11/12/1983): Benfica - Salgueiros 3-0
12ª j (18/12/1983): Sp. Espinho - Benfica 0-2
13ª j (07/01/1984): Benfica - Vit. Guimarães 8-0
14ª j (10/01/1984): Sporting - Benfica 0-1
15ª j (22/01/1984): Benfica - Portimonense 1-0
16ª j (05/02/1984): Benfica - Vit. Setúbal 1-0
17ª j (11/02/1984): Rio Ave - Benfica 2-3
18ª j (19/02/1984): Benfica - Estoril 1-1
19ª j (26/02/1984): Águeda - Benfica 1-4
20ª j (03/03/1984): Benfica - Sp. Braga 7-0
21ª j (11/03/1984): FC Porto - Benfica 3-1
22ª j (17/03/1984): Farense - Benfica 2-7
23ª j (25/03/1984): Benfica - Penafiel 8-0
24ª j (01/04/1984): Varzim - Benfica 1-1
25ª j (08/04/1984): Benfica - Boavista 1-0
26ª j (15/04/1984): Salgueiros - Benfica 0-2
27ª j (21/04/1984): Benfica - Sp. Espinho 6-0
28ª j (29/04/1984): Vit. Guimarães - Benfica 4-1
29ª j (06/05/1984): Benfica - Sporting 1-1
30ª j (13/05/1984): Portimonense - Benfica 0-2





Após o sucesso de que se tinha revestido a época anterior, o Benfica abriria a temporada de 1983/84 de forma auspiciosa. De uma assentada conquista a Taça de Portugal referente à temporada 82/83, em pleno Estádio das Antas contra o FC Porto, depois de muitos meses de ameaças portistas que resultaram na marcação da final da prova para o seu reduto. A juntar a isto, o clube ganha aquela que é ainda hoje o seu último troféu internacional oficial, a Taça Ibérica, com uma vitória por 3-0 na Luz ante o campeão espanhol, Atlético de Bilbau, em resposta à derrota por 2-1 no País Basco.
No campeonato, o domínio benfiquista seria bem marcado logo de início, com uma primeira volta em que apenas cedeu um empate, à 5ª jornada em Braga, e contaria por vitórias os restantes jogos. De facto, esta sequência vitoriosa estendeu-se até 18ª jornada, altura em que a equipa cede um empate a 1 golo na Luz ante o Estoril. Pelo caminho 2 vitórias saborosas e fundamentais, uma, em casa ante o FC Porto, com um golo de Diamantino Miranda,  aos 62 minutos e outra em Alvalade com um golo surgido na conversão de uma grande penalidade por Nené  aos 85 minutos já depois de Diamantino,  ter desperdiçado uma outra aos 65.
Este período vitorioso seria contudo assombrado pela grave lesão do capitão Humberto Coelho em Setembro, num treino da selecção nacional de preparação para o confronto com a Finlândia. Seria esta lesão que ditaria a sua ausência do Euro 84 e posteriormente o fim da sua carreira. Neste campeonato faria apenas 2 jogos.
Após o empate cedido ante os estorilistas, duas goleadas, em Águeda e na Luz ante o Braga por 7-0, davam confiança para o embate nas Antas à 21ª jornada mas aí acabaria por surgir a primeira derrota benfiquista no campeonato que trouxe emoção à prova. O Benfica saia das Antas com apenas um ponto de avanço e ficaria em desvantagem num eventual desempate final.
Os encarnados responderiam com duas goleadas, a primeira em Faro, por 2-7 e a segunda na Luz, 8-0 ao Penafiel. 
À 24ª jornada, o Benfica escorrega na Póvoa, com um empate a 1 ante o Varzim, mas o Porto perde em Portimão, alargando a margem pontual dos Benfiquistas. Após novo e inesperado desaire em Guimarães à 28ª jornada, em jeito de vingança pela goleada por 8-0 da primeira volta, o Benfica, mercê do empate portista em Vila do Conde, passa a necessitar de somar 3 pontos nas duas jornadas em falta para celebrar o bi-campeonato.
Na jornada seguinte o Benfica receberia o velho rival Sporting. Um jogo morno e de nervos, trouxe um golo de Fernando Chalana aos 17 minutos a dar o melhor seguimento a uma bola que o guarda-redes Katzirz soltara. Entretanto, Kostov empata o jogo na Luz mas, no Bessa, poucos instantes depois, o Porto sofria o golo do empate no Bessa, por Jorge Silva, futuro jogador do Benfica e com contrato já assinado. Na Luz ninguém tirava os ouvidos dos rádios.
Até ao fim, o Sporting pouco fez e o Benfica pouco arriscou. De repente, explosão de alegria. No Bessa, lance magistral de João Alves é finalizado por Almeida com um vistoso chapéu a Zé Beto. O Benfica sagra-se logo ali campeão e a falange de apoio sportinguista dirige-se ao 3º anel para festejar com os Benfiquistas... Eram outros tempos, tempos em que a direcção de João Rocha repudiava veementemente os ataques que o presidente portista fazia aos clubes lisboetas.
No meio da alegria, dois jogadores Benfiquistas choravam, os manos Bastos Lopes tomariam conhecimento do falecimento do seu pai e não celebrariam com os restantes.
Volvida uma semana, novamente festa rija no Algarve. O Benfica, a exemplo do ocorrido na temporada anterior, voltava a celebrar em Portimão que, conforme hábito, se vestiu de vermelho para receber o mais laureado clube português. A celebração seria condimentada pelos golos de Nené e Shéu, ambos na etapa complementar, numa partida que seria o encerrar de uma era na história do clube. Sven-Göran Eriksson, seduzido pelas liras, rumaria a Itália. Deixaria muitas saudades mas a sua história no Benfica estava longe de estar terminada.

Jogadores campeões: Álvaro Magalhães (30), Bento (29), Diamantino (29), José Luís (29), António Bastos Lopes (28), Carlos Manuel (28), Pietra  (27), Shéu (27), Nené (26), Stromberg (25), Oliveira (24), Chalana (23), Manniche (21), Veloso (12), Filipovic (8), Alberto Bastos Lopes (5), Humberto Coelho (2), Delgado (2), Padinha (2)

Marcadores: Nené (21), Diamantino (19), Manniche (11) Filipovic (7), Chalana (7),  Carlos Manuel (5), José Luís (4), Stromberg (3), Pietra (3), Shéu (2), Humberto Coelho (1), Álvaro (1), Oliveira (1)

Treinador: Sven-Göran Eriksson

Texto feito por pcssousa