Eusébio, o Pantera Negra

Avançado, (1942-01-25 - 2014-01-05),
Portugal
Equipa Principal: 15 épocas (1961-1975), 450 jogos (38623 minutos), 480 golos

Títulos: Campeonato Nacional (11), Taça de Portugal (5), Taça dos Campeões Europeus (1), AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão (5)

frslb


MiguelPalma92

Citação de: se7en em 05 de Janeiro de 2014, 16:57
O Fiusa teve uma declaração muito bonita. Um bem haja ao presidente do Gil Vicente.
É portista mas é um senhor com decência

MAGICAL ONE


flavioslb

Citação de: HuRi em 05 de Janeiro de 2014, 16:57
ATENÇÃO:

TVI24 vai dar as imagens de Old Traford, a seguir ao intervalo

Alguém que grave pf

Simao88

Citação de: sergio19azb em 05 de Janeiro de 2014, 16:58
Ainda perdem tempo em visitar aquela especie de forum? Deixem-se disso, o Benfica é superior e tudo o resto.
isso mesmo.... aquilo é só merda.

Di maria

Citação de: Di maria em 05 de Janeiro de 2014, 16:55
Sugiro criarmos um movimento para no clássico jogarmos com este equipamento e com o respectivo nome do KING na camisola.





Era uma homenagem ao nível do KING.

Geovanni95

Citação de: Royal_Flush em 05 de Janeiro de 2014, 16:55
Citação de: benficaslb1 em 05 de Janeiro de 2014, 16:53
a minha indiferença pelos lagartos hoje tornou-se ódio, lamentável o que se diz de Eusébio no fórum deles.

Muito esgoto naquele forum. Vergonhoso, alguma gente ali deve mesmo ter uma vidinha de merda pa dizerem as babuseiras que dizem.

Muito mais classe estão a ter os portistas.

Felizmente conheço mais portistas que portistas filhos da p%ta

Infelizmente sportinguistas conheço poucos. Conheço mais lagartos

pica_foices

Deusébio
http://anortedealvalade.blogspot.pt/2014/01/deusebio.html#.UsmD9PB-n49.twitter




As paixões não se explicam. Por isso não vou perder tempo, nem fazer perder a quem me ler, a explicar as razões da minha paixão pelo Sporting, quando os deuses conjugaram todos os seus esforços para que gostasse de qualquer outro dos seus rivais.

Do Benfica especialmente, porque cresci ao lado de uma tia que ainda hoje nutre um amor desmedido pelo nosso rival de sempre. Foi ela que me ofereceu um equipamento completo, quando no final dos anos 60, não havia o marketing de hoje, e era quase necessário fazer-los de encomenda. Porque ela não descansou enquanto não "me fez" ver um jogo do seu clube de coração, ante o Sp. Braga, no então ainda chamado estádio 28 de Maio, hoje o semi-abandonado 1º de Maio. Porque cresci num período áureo do clube encarnado e quando quase não existia FC Porto para lá das imediações do Estádio das Antas e igreja com o mesmo nome. Por isso toda a gente era do SLB ou do Sporting. Alguns, muitos para os números de hoje, da Académica e do Belenenses. Era assim a norte de Alvalade, para onde vim viver os anos em que se ganha consciência e identidade clubistica.

Foi assim que me habituei a ouvir a Bola Branca, os relatos do Artur Agostinho, e as noites de conquistas e desilusões dos nossos rivais, sem que as sucessivas bicadas da águia me ferissem de paixão. A televisão era então quase experimental face ao que hoje conhecemos e os meninos, malandros ou bem comportados, deitavam-se muito cedo. Por isso as imagens que hoje guardo nasceram adubadas pelo registo sonoro e pelo poder inigualável da imaginação. Assim, mal comparado, num processo muito semelhante ao fascinante mundo da leitura e que nenhum filme, apesar de todas os progressos tecnológicos, ainda conseguiu igualar. Nesse mundo havia um herói que, pela força das memórias que me deixou, conseguiu chegar vivo aos dias de hoje, sem que o poder tantas vezes implacável do tempo o eliminasse: Eusébio.

Não me peçam para cair na armadilha de entrar na discussão do melhor de sempre. É tão injusta, como equiparar um Dino Ferrari dos anos 60 e pretendê-lo melhor que o último modelo da mesma marca. Ou que este, produzido com tecnologia então desconhecida, se possa comparar com o que então se fazia. O mesmo se passa com os jogadores de então e hoje: o mundo mudou tanto que as comparações são impossíveis.

Eusébio foi, de muito longe, o melhor do seu tempo. E só não foi maior porque nasceu quando o futebol e o seu país eram demasiado pequenos para o seu talento. Mas terá lugar cativo na galeria dos imortais do futebol. Não do futebol dos interesses e do futebol-negócio. No do futebol de paixão, que nascia ingénuo nos pontapés na rua às bolas de trapos e assim chegava aos relvados. Foi sempre assim que o vi, um talento puro e ingénuo, que nasceu para ser grande nos relvados e assim cumpriu o seu destino. Retirá-lo desse contexto é como olhar para um peixe fora de água: ele é apenas esforço para não sucumbir.

Sem o querer isolar ou com isso menorizar o seu papel na história do SLB, foi assim que conquistou a imortalidade. Eusébio é um deus do futebol e será sempre assim que me lembrarei dele: a serpentear entre os defesas, fintando o destino que condena os meninos pobres a serem sempre pobres. E dos seus pontapés fulminantes nas barreiras/fronteiras de  um país tantas vezes pequeno para o seu talento. Ou  a chorar de desgosto e impotência agarrado ao fado da camisola da selecção nacional.

É essa a forma que me parece adequada para fazer a justiça que o seu talento merece.

PS- Muitos estranharão que, sendo eu Sportinguista, renda hoje homenagem a Eusébio. Mas foi isso que o Sporting, a sua historia, me ensinou: a respeitar os adversários, reconhecendo-lhes as suas virtudes e qualidades. Essa é a forma de encarar as derrotas com menos dor e as tornar as nossas vitórias mais saborosas.

MiguelPalma92

Citação de: flavioslb em 05 de Janeiro de 2014, 16:58
Citação de: HuRi em 05 de Janeiro de 2014, 16:57
ATENÇÃO:

TVI24 vai dar as imagens de Old Traford, a seguir ao intervalo

Alguém que grave pf
Grande momento para ver e rever

Dejavu_Text

Descansa em Paz King... :cry2: :cry2: :cry2:

És eterno...

PudimDanone

Não tenho palavras... simplesmente não tenho..

desinstala


ZeCa22

Acordei esta manhã com esta triste notícia, ainda nem acredito que perdemos o maior jogador da história do nosso clube.

Descansa em paz KING, as lendas apenas desaparecem fisicamente.

LR1904

Só não morre quem devia...

Shoky

Citação de: pica_foices em 05 de Janeiro de 2014, 16:59
Deusébio
http://anortedealvalade.blogspot.pt/2014/01/deusebio.html#.UsmD9PB-n49.twitter




As paixões não se explicam. Por isso não vou perder tempo, nem fazer perder a quem me ler, a explicar as razões da minha paixão pelo Sporting, quando os deuses conjugaram todos os seus esforços para que gostasse de qualquer outro dos seus rivais.

Do Benfica especialmente, porque cresci ao lado de uma tia que ainda hoje nutre um amor desmedido pelo nosso rival de sempre. Foi ela que me ofereceu um equipamento completo, quando no final dos anos 60, não havia o marketing de hoje, e era quase necessário fazer-los de encomenda. Porque ela não descansou enquanto não "me fez" ver um jogo do seu clube de coração, ante o Sp. Braga, no então ainda chamado estádio 28 de Maio, hoje o semi-abandonado 1º de Maio. Porque cresci num período áureo do clube encarnado e quando quase não existia FC Porto para lá das imediações do Estádio das Antas e igreja com o mesmo nome. Por isso toda a gente era do SLB ou do Sporting. Alguns, muitos para os números de hoje, da Académica e do Belenenses. Era assim a norte de Alvalade, para onde vim viver os anos em que se ganha consciência e identidade clubistica.

Foi assim que me habituei a ouvir a Bola Branca, os relatos do Artur Agostinho, e as noites de conquistas e desilusões dos nossos rivais, sem que as sucessivas bicadas da águia me ferissem de paixão. A televisão era então quase experimental face ao que hoje conhecemos e os meninos, malandros ou bem comportados, deitavam-se muito cedo. Por isso as imagens que hoje guardo nasceram adubadas pelo registo sonoro e pelo poder inigualável da imaginação. Assim, mal comparado, num processo muito semelhante ao fascinante mundo da leitura e que nenhum filme, apesar de todas os progressos tecnológicos, ainda conseguiu igualar. Nesse mundo havia um herói que, pela força das memórias que me deixou, conseguiu chegar vivo aos dias de hoje, sem que o poder tantas vezes implacável do tempo o eliminasse: Eusébio.

Não me peçam para cair na armadilha de entrar na discussão do melhor de sempre. É tão injusta, como equiparar um Dino Ferrari dos anos 60 e pretendê-lo melhor que o último modelo da mesma marca. Ou que este, produzido com tecnologia então desconhecida, se possa comparar com o que então se fazia. O mesmo se passa com os jogadores de então e hoje: o mundo mudou tanto que as comparações são impossíveis.

Eusébio foi, de muito longe, o melhor do seu tempo. E só não foi maior porque nasceu quando o futebol e o seu país eram demasiado pequenos para o seu talento. Mas terá lugar cativo na galeria dos imortais do futebol. Não do futebol dos interesses e do futebol-negócio. No do futebol de paixão, que nascia ingénuo nos pontapés na rua às bolas de trapos e assim chegava aos relvados. Foi sempre assim que o vi, um talento puro e ingénuo, que nasceu para ser grande nos relvados e assim cumpriu o seu destino. Retirá-lo desse contexto é como olhar para um peixe fora de água: ele é apenas esforço para não sucumbir.

Sem o querer isolar ou com isso menorizar o seu papel na história do SLB, foi assim que conquistou a imortalidade. Eusébio é um deus do futebol e será sempre assim que me lembrarei dele: a serpentear entre os defesas, fintando o destino que condena os meninos pobres a serem sempre pobres. E dos seus pontapés fulminantes nas barreiras/fronteiras de  um país tantas vezes pequeno para o seu talento. Ou  a chorar de desgosto e impotência agarrado ao fado da camisola da selecção nacional.

É essa a forma que me parece adequada para fazer a justiça que o seu talento merece.

PS- Muitos estranharão que, sendo eu Sportinguista, renda hoje homenagem a Eusébio. Mas foi isso que o Sporting, a sua historia, me ensinou: a respeitar os adversários, reconhecendo-lhes as suas virtudes e qualidades. Essa é a forma de encarar as derrotas com menos dor e as tornar as nossas vitórias mais saborosas.

Enorme.