Eleições 2025

vermelhao_33

Citação de: Shoky em 31 de Outubro de 2025, 16:15
Citação de: Lorne Malvo em 31 de Outubro de 2025, 15:56A ideia que esta campanha me passou é que o Noronha foi mal preparado pela sua equipa de comunicação. Não sei se tinham ou não experiência em eleições, mas não parece.

Sendo já à partida uma pessoa que não tem uma presença forte em frente às câmaras e até parece sempre pouco à-vontade (ainda assim foi-se notando uma pequena evolução positiva), o foco no discurso teria que ser redobrado e trabalhado até à exaustão.

Não que para mim ou que para pessoas com dois dedos de testa importe se o presidente do Benfica é bom ou não num estúdio de TV, isso interessa-me zero. Mas infelizmente a realidade não é essa, a imagem tem impacto e muitas vezes é decisiva em eleições. Principalmente em clubes desportivos, onde tirar de lá quem está no poder é muito mais complicado do que se forem legislativas, autárquicas, etc.

Uma das principais coisas que falhou, quer nas entrevistas, quer no debate, foi não conseguir conduzir a discussão para onde lhe dava jeito. Obviamente que são os jornalistas quem têm o guião das perguntas, mas alguém com traquejo e bem preparado consegue dar a volta a isso.

Em política, depois de uma entrevista mais agressiva por parte do jornalista, comenta-se a prestação do entrevistado. Se esteve bem é porque conseguiu fintar as perguntas e apresentar as suas ideias na mesma, se esteve mal é porque nunca conseguiu sair da teia montada pelas perguntas. Muitas vezes até se diz que o jornalista esteve muito bem, quando isso acontece é mau sinal para o político.

E o João raramente conseguiu fazer isso. A temas que não lhe interessam devia responder telegraficamente e enfiar imediatamente frases fortes do seu programa. O Ventura é mestre nisso, mas com um estilo de uma agressividade tal que para mim se torna difícil ouvir. Não é preciso chegar-se a esses extremos, o Montenegro consegue fazer exactamente o mesmo com outra subtileza, basta assistir às entrevistas sobre o caso da empresa dele, não respondia a nada e ainda fazia campanha. Até o Pedro Nuno Santos, que no início tinha a falta de jeito do Noronha, mais para o fim já estava muito melhor. Ou o Paulo Raimundo, que em pouco tempo teve uma evolução brutal em entrevistas e debates, concorde-se ou não com o que diz.

Ou seja, isto treina-se. E quanto mais inteligente for a pessoa, mais rapidamente aprende. Vou pegar novamente no Paulo Raimundo para dizer, com todo o respeito, que o Noronha será muito mais inteligente do que ele e que portanto iria aprender isto muito mais depressa. O que faz aumentar as minhas dúvidas sobre se realmente foi treinado como deve ser para entrevistas e debates.

Último exemplo, a questão que surgiu ontem sobre o Mário Branco, toda a gente sabe que iria surgir. Ora se toda a gente sabe, a resposta teria que estar na ponta da língua. Algo do género:

"Está a querer dizer-me que o José Mourinho, com décadas de uma carreira de sucesso em clubes de topo, iria colocar um ultimato ao Benfica por causa de uma pessoa com quem ele trabalhou apenas um ano na Turquia? Pensa assim tão pouco do Mourinho e da sua inteligência e ética profissional? Olhe, eu não, tenho o José Mourinho em grande conta e portanto tenho a certeza de que isso que me descreveu é irreal. Eu nem acredito que me perguntou isso, vamos antes falar de coisas concretas e factuais, é para isso que aqui estou".

É assim que se responde a este tipo de perguntas, principalmente quando o entrevistador está a ser abertamente hostil, como era o caso. Há que transformar aquilo que é perguntado em algo de tal forma estúpido que dê vontade de rir e que faça passar o jornalista por um idiota. Porque além de matar o assunto, faz com que o público passe também a olhar para o jornalista como alguém impreparado ou que só tem interesse em atacar o entrevistado. E isso é ouro.

O Noronha não foi instruído para combater o Rui Costa com eficácia e nem os jornalistas. É que, ao contrário do que se possa pensar, o entrevistador também tem que ser combatido. Principalmente quando é um Paulo Garcia ou a outra sopeira do Correio da Manhã, duas pessoas que, deontologicamente, nem sequer deviam ter carteira profissional.

O Vale e Azevedo teria vencido estas eleições contra o Rui Costa.
Aliás, ganhou umas a alguém muito parecido com Noronha, Luís Tadeu.
E teria vencido largooooooo.

É a ironia disto tudo.

E sucedeu a alguém muito parecido a Rui Costa, Manuel Damásio.

O Vale e Azevedo venceu na segunda ou terceira vez que foi a Votos com a vantagem de o presidente em exercicio Ter convocado eleicoes antecipadas.

E venceu porque tinha um discurso anti-sistema no Pico do ROuBo do Fe CE pe. E a sic deu lhe Uma boa Ajuda.

Hoje com a manipulacao da Comunicacao social so um milionario com dinheiro para pagar tempo de antena e Uma empresa de comunicacao disposta a tudo.

E o proprio tem de Ter essa disposicao.

Lorne Malvo

Citação de: Shoky em 31 de Outubro de 2025, 16:15
Citação de: Lorne Malvo em 31 de Outubro de 2025, 15:56A ideia que esta campanha me passou é que o Noronha foi mal preparado pela sua equipa de comunicação. Não sei se tinham ou não experiência em eleições, mas não parece.

Sendo já à partida uma pessoa que não tem uma presença forte em frente às câmaras e até parece sempre pouco à-vontade (ainda assim foi-se notando uma pequena evolução positiva), o foco no discurso teria que ser redobrado e trabalhado até à exaustão.

Não que para mim ou que para pessoas com dois dedos de testa importe se o presidente do Benfica é bom ou não num estúdio de TV, isso interessa-me zero. Mas infelizmente a realidade não é essa, a imagem tem impacto e muitas vezes é decisiva em eleições. Principalmente em clubes desportivos, onde tirar de lá quem está no poder é muito mais complicado do que se forem legislativas, autárquicas, etc.

Uma das principais coisas que falhou, quer nas entrevistas, quer no debate, foi não conseguir conduzir a discussão para onde lhe dava jeito. Obviamente que são os jornalistas quem têm o guião das perguntas, mas alguém com traquejo e bem preparado consegue dar a volta a isso.

Em política, depois de uma entrevista mais agressiva por parte do jornalista, comenta-se a prestação do entrevistado. Se esteve bem é porque conseguiu fintar as perguntas e apresentar as suas ideias na mesma, se esteve mal é porque nunca conseguiu sair da teia montada pelas perguntas. Muitas vezes até se diz que o jornalista esteve muito bem, quando isso acontece é mau sinal para o político.

E o João raramente conseguiu fazer isso. A temas que não lhe interessam devia responder telegraficamente e enfiar imediatamente frases fortes do seu programa. O Ventura é mestre nisso, mas com um estilo de uma agressividade tal que para mim se torna difícil ouvir. Não é preciso chegar-se a esses extremos, o Montenegro consegue fazer exactamente o mesmo com outra subtileza, basta assistir às entrevistas sobre o caso da empresa dele, não respondia a nada e ainda fazia campanha. Até o Pedro Nuno Santos, que no início tinha a falta de jeito do Noronha, mais para o fim já estava muito melhor. Ou o Paulo Raimundo, que em pouco tempo teve uma evolução brutal em entrevistas e debates, concorde-se ou não com o que diz.

Ou seja, isto treina-se. E quanto mais inteligente for a pessoa, mais rapidamente aprende. Vou pegar novamente no Paulo Raimundo para dizer, com todo o respeito, que o Noronha será muito mais inteligente do que ele e que portanto iria aprender isto muito mais depressa. O que faz aumentar as minhas dúvidas sobre se realmente foi treinado como deve ser para entrevistas e debates.

Último exemplo, a questão que surgiu ontem sobre o Mário Branco, toda a gente sabe que iria surgir. Ora se toda a gente sabe, a resposta teria que estar na ponta da língua. Algo do género:

"Está a querer dizer-me que o José Mourinho, com décadas de uma carreira de sucesso em clubes de topo, iria colocar um ultimato ao Benfica por causa de uma pessoa com quem ele trabalhou apenas um ano na Turquia? Pensa assim tão pouco do Mourinho e da sua inteligência e ética profissional? Olhe, eu não, tenho o José Mourinho em grande conta e portanto tenho a certeza de que isso que me descreveu é irreal. Eu nem acredito que me perguntou isso, vamos antes falar de coisas concretas e factuais, é para isso que aqui estou".

É assim que se responde a este tipo de perguntas, principalmente quando o entrevistador está a ser abertamente hostil, como era o caso. Há que transformar aquilo que é perguntado em algo de tal forma estúpido que dê vontade de rir e que faça passar o jornalista por um idiota. Porque além de matar o assunto, faz com que o público passe também a olhar para o jornalista como alguém impreparado ou que só tem interesse em atacar o entrevistado. E isso é ouro.

O Noronha não foi instruído para combater o Rui Costa com eficácia e nem os jornalistas. É que, ao contrário do que se possa pensar, o entrevistador também tem que ser combatido. Principalmente quando é um Paulo Garcia ou a outra sopeira do Correio da Manhã, duas pessoas que, deontologicamente, nem sequer deviam ter carteira profissional.

O Vale e Azevedo teria vencido estas eleições contra o Rui Costa.
Aliás, ganhou umas a alguém muito parecido com Noronha, Luís Tadeu.
E teria vencido largooooooo.

É a ironia disto tudo.

E sucedeu a alguém muito parecido a Rui Costa, Manuel Damásio.

O Vale e Azevedo tinha o dom da oratória, uma mistura de advogado com charlatão.

Iria trucidar o Rui Costa e ainda limpava o chão do estúdio com o cabelo seboso da loira da CMTV.

O povão ia comer aquele espectáculo e chorar por mais "Este é que é homem para nos defender, o Rui é dos nossos mas é muito mole".

É a triste verdade.

kramxel²

Citação de: Lorne Malvo em 31 de Outubro de 2025, 15:56A ideia que esta campanha me passou é que o Noronha foi mal preparado pela sua equipa de comunicação. Não sei se tinham ou não experiência em eleições, mas não parece.

Sendo já à partida uma pessoa que não tem uma presença forte em frente às câmaras e até parece sempre pouco à-vontade (ainda assim foi-se notando uma pequena evolução positiva), o foco no discurso teria que ser redobrado e trabalhado até à exaustão.

Não que para mim ou que para pessoas com dois dedos de testa importe se o presidente do Benfica é bom ou não num estúdio de TV, isso interessa-me zero. Mas infelizmente a realidade não é essa, a imagem tem impacto e muitas vezes é decisiva em eleições. Principalmente em clubes desportivos, onde tirar de lá quem está no poder é muito mais complicado do que se forem legislativas, autárquicas, etc.

Uma das principais coisas que falhou, quer nas entrevistas, quer no debate, foi não conseguir conduzir a discussão para onde lhe dava jeito. Obviamente que são os jornalistas quem têm o guião das perguntas, mas alguém com traquejo e bem preparado consegue dar a volta a isso.

Em política, depois de uma entrevista mais agressiva por parte do jornalista, comenta-se a prestação do entrevistado. Se esteve bem é porque conseguiu fintar as perguntas e apresentar as suas ideias na mesma, se esteve mal é porque nunca conseguiu sair da teia montada pelas perguntas. Muitas vezes até se diz que o jornalista esteve muito bem, quando isso acontece é mau sinal para o político.

E o João raramente conseguiu fazer isso. A temas que não lhe interessam devia responder telegraficamente e enfiar imediatamente frases fortes do seu programa. O Ventura é mestre nisso, mas com um estilo de uma agressividade tal que para mim se torna difícil ouvir. Não é preciso chegar-se a esses extremos, o Montenegro consegue fazer exactamente o mesmo com outra subtileza, basta assistir às entrevistas sobre o caso da empresa dele, não respondia a nada e ainda fazia campanha. Até o Pedro Nuno Santos, que no início tinha a falta de jeito do Noronha, mais para o fim já estava muito melhor. Ou o Paulo Raimundo, que em pouco tempo teve uma evolução brutal em entrevistas e debates, concorde-se ou não com o que diz.

Ou seja, isto treina-se. E quanto mais inteligente for a pessoa, mais rapidamente aprende. Vou pegar novamente no Paulo Raimundo para dizer, com todo o respeito, que o Noronha será muito mais inteligente do que ele e que portanto iria aprender isto muito mais depressa. O que faz aumentar as minhas dúvidas sobre se realmente foi treinado como deve ser para entrevistas e debates.

Último exemplo, a questão que surgiu ontem sobre o Mário Branco, toda a gente sabe que iria surgir. Ora se toda a gente sabe, a resposta teria que estar na ponta da língua. Algo do género:

"Está a querer dizer-me que o José Mourinho, com décadas de uma carreira de sucesso em clubes de topo, iria colocar um ultimato ao Benfica por causa de uma pessoa com quem ele trabalhou apenas um ano na Turquia? Pensa assim tão pouco do Mourinho e da sua inteligência e ética profissional? Olhe, eu não, tenho o José Mourinho em grande conta e portanto tenho a certeza de que isso que me descreveu é irreal. Eu nem acredito que me perguntou isso, vamos antes falar de coisas concretas e factuais, é para isso que aqui estou".

É assim que se responde a este tipo de perguntas, principalmente quando o entrevistador está a ser abertamente hostil, como era o caso. Há que transformar aquilo que é perguntado em algo de tal forma estúpido que dê vontade de rir e que faça passar o jornalista por um idiota. Porque além de matar o assunto, faz com que o público passe também a olhar para o jornalista como alguém impreparado ou que só tem interesse em atacar o entrevistado. E isso é ouro.

O Noronha não foi instruído para combater o Rui Costa com eficácia e nem os jornalistas. É que, ao contrário do que se possa pensar, o entrevistador também tem que ser combatido. Principalmente quando é um Paulo Garcia ou a outra sopeira do Correio da Manhã, duas pessoas que, deontologicamente, nem sequer deviam ter carteira profissional.

Excelente análise.

E também me parece que não estava devidamente preparado para certos temas mais comuns.

Schmidt - chamar a falta de proteção da direção e a excessiva margem de manobra dada a Schmidt na relação com os adeptos

A do Mourinho desarmaste bem, e o Costa soube fazer o mesmo, doutra maneira.

Insultos - calha a tudo e a todos.

Proença - conseguiu meter o Rui a falar dele, e dar-lhe corda para se enterrar, mas não quis lançar os negócios entre os 2 para a discussão.

Este último é dos pontos que mais me entristece, se esta oportunidade se perder, saber que JNL perde com o bolso cheio de trunfos que decidiu não jogar:

- Número de processos judiciais durante o mandato de RC
- quantidade de negociatas e flops de jogadores
- a questão da promiscuidade dos negócios do Rui, seja com o Benfica seja com outros indivíduos na órbita
- o facto do Rui ter sido cão de loiça do Vieira durante 13 anos

eaglepin3

Citação de: Purple Rain em 31 de Outubro de 2025, 14:40Vale o que vale.
O meu pai (93 anos, e muito lúcido) tem andado a leste disto tudo, mas ontem calhou de ver o debate.
Gostou do Noronha, na percepção dele é uma boa pessoa, e o Rui Costa é um vigarista e má pessoa. O meu pai acha que o Noronha quer a paz e o bem do Benfica, e o outro apenas quer o tacho.
Para cúmulo, no fim do debate, Noronha estendeu a mão a Rui Costa que o olhou com rancor e tentou evitar o cumprimento.

PS - pelo que viu no debate o meu pai acha que os Vieiristas vão mudar o sentido de voto para o Noronha.



Hoje tive um relato de um senhor 60+ que me disse que no momento em começaram a lavar roupa suja que desligou a TV e não viu o resto do debate. Acho que é compreensível, estamos todos fartos disto, especialmente quem está do lado de Rui Costa porque isto já dura há 4 anos. Portanto faço aqui um apelo aos apoiantes da Lista G, é desligar a TV como protesto não ir votar e acabou a brincadeira.

Sexta-Feira

Quem tem muita coisa de Vale e Azevedo é precisamente o Rui Costa.

Só sabe enganar os sócios, os adeptos.

Não ganhada nada. Só gasta dinheiro do clube.

+1benfiquista

Citação de: Shoky em 31 de Outubro de 2025, 16:15
Citação de: Lorne Malvo em 31 de Outubro de 2025, 15:56A ideia que esta campanha me passou é que o Noronha foi mal preparado pela sua equipa de comunicação. Não sei se tinham ou não experiência em eleições, mas não parece.

Sendo já à partida uma pessoa que não tem uma presença forte em frente às câmaras e até parece sempre pouco à-vontade (ainda assim foi-se notando uma pequena evolução positiva), o foco no discurso teria que ser redobrado e trabalhado até à exaustão.

Não que para mim ou que para pessoas com dois dedos de testa importe se o presidente do Benfica é bom ou não num estúdio de TV, isso interessa-me zero. Mas infelizmente a realidade não é essa, a imagem tem impacto e muitas vezes é decisiva em eleições. Principalmente em clubes desportivos, onde tirar de lá quem está no poder é muito mais complicado do que se forem legislativas, autárquicas, etc.

Uma das principais coisas que falhou, quer nas entrevistas, quer no debate, foi não conseguir conduzir a discussão para onde lhe dava jeito. Obviamente que são os jornalistas quem têm o guião das perguntas, mas alguém com traquejo e bem preparado consegue dar a volta a isso.

Em política, depois de uma entrevista mais agressiva por parte do jornalista, comenta-se a prestação do entrevistado. Se esteve bem é porque conseguiu fintar as perguntas e apresentar as suas ideias na mesma, se esteve mal é porque nunca conseguiu sair da teia montada pelas perguntas. Muitas vezes até se diz que o jornalista esteve muito bem, quando isso acontece é mau sinal para o político.

E o João raramente conseguiu fazer isso. A temas que não lhe interessam devia responder telegraficamente e enfiar imediatamente frases fortes do seu programa. O Ventura é mestre nisso, mas com um estilo de uma agressividade tal que para mim se torna difícil ouvir. Não é preciso chegar-se a esses extremos, o Montenegro consegue fazer exactamente o mesmo com outra subtileza, basta assistir às entrevistas sobre o caso da empresa dele, não respondia a nada e ainda fazia campanha. Até o Pedro Nuno Santos, que no início tinha a falta de jeito do Noronha, mais para o fim já estava muito melhor. Ou o Paulo Raimundo, que em pouco tempo teve uma evolução brutal em entrevistas e debates, concorde-se ou não com o que diz.

Ou seja, isto treina-se. E quanto mais inteligente for a pessoa, mais rapidamente aprende. Vou pegar novamente no Paulo Raimundo para dizer, com todo o respeito, que o Noronha será muito mais inteligente do que ele e que portanto iria aprender isto muito mais depressa. O que faz aumentar as minhas dúvidas sobre se realmente foi treinado como deve ser para entrevistas e debates.

Último exemplo, a questão que surgiu ontem sobre o Mário Branco, toda a gente sabe que iria surgir. Ora se toda a gente sabe, a resposta teria que estar na ponta da língua. Algo do género:

"Está a querer dizer-me que o José Mourinho, com décadas de uma carreira de sucesso em clubes de topo, iria colocar um ultimato ao Benfica por causa de uma pessoa com quem ele trabalhou apenas um ano na Turquia? Pensa assim tão pouco do Mourinho e da sua inteligência e ética profissional? Olhe, eu não, tenho o José Mourinho em grande conta e portanto tenho a certeza de que isso que me descreveu é irreal. Eu nem acredito que me perguntou isso, vamos antes falar de coisas concretas e factuais, é para isso que aqui estou".

É assim que se responde a este tipo de perguntas, principalmente quando o entrevistador está a ser abertamente hostil, como era o caso. Há que transformar aquilo que é perguntado em algo de tal forma estúpido que dê vontade de rir e que faça passar o jornalista por um idiota. Porque além de matar o assunto, faz com que o público passe também a olhar para o jornalista como alguém impreparado ou que só tem interesse em atacar o entrevistado. E isso é ouro.

O Noronha não foi instruído para combater o Rui Costa com eficácia e nem os jornalistas. É que, ao contrário do que se possa pensar, o entrevistador também tem que ser combatido. Principalmente quando é um Paulo Garcia ou a outra sopeira do Correio da Manhã, duas pessoas que, deontologicamente, nem sequer deviam ter carteira profissional.

O Vale e Azevedo teria vencido estas eleições contra o Rui Costa.
Aliás, ganhou umas a alguém muito parecido com Noronha, Luís Tadeu.
E teria vencido largooooooo.

É a ironia disto tudo.

E sucedeu a alguém muito parecido a Rui Costa, Manuel Damásio.

É o paradoxo da teia cultural que montaram no Benfica ao longo de 20 anos com alguns dos melhores estrategas de comunicação para massas da política portuguesa. O medo do JVA levará a que apenas um JVA possa entrar no Benfica para quebrar o status quo. E se o RC continuar nesta sequência fantástica, pode até ser já nas próximas...

O Património

Citação de: sinbad em 31 de Outubro de 2025, 14:31Não vou conseguir aceitar o facto de não se "rebentar" o Rui Costa pela segunda vez consecutiva numa campanha, quando desta vez a campanha do Rui Costa se baseou em desinformação, calúnias, controlo mediático e difamação.

Não consigo aceitar que não se digam as coisas como elas são. Não consigo aceitar que, depois do dia 8, se venha dizer que fizemos tudo o que estava ao alcance, com o devido respeito.

Há muita coisa por dizer. Muita!
E só pode ser dita por uma pessoa: João Noronha Lopes. Está na altura de deixar o politicamente correto de lado e pôr o Benfica acima de tudo.

Não falar do que se tem passado durante estes anos todos é esvaziar o balão da oposição. Falar agora é mantê-lo cheio, mesmo com a previsível derrota.

Já disse e volto a dizê-lo: João Noronha Lopes tem de fazer algo disruptivo. E na minha opinião era chamar a imprensa e dar o seguinte comunicado ou algo parecido:

"Olá, Benfiquistas.

Eu chamei a comunicação social porque o Benfica chegou ao limite.

Hoje o Benfica está dividido. Partiu. Rachou.

E não é só porque a bola entra menos. É muito mais grave.

É porque há milhares e milhares de sócios e adeptos que já não se revêm nesta direção. Não confiam. Não acreditam.

Durante esta campanha, fizeram de tudo para nos calar. Usaram desinformação. Usaram calúnias. Tentaram destruir a minha imagem como pessoa, como profissional e como Benfiquista.

E fizeram outra coisa ainda pior: esconderam notícias importantes dos sócios. Tiraram mediatismo ao que vos devia ter sido explicado. Taparam-vos os olhos.

É por isso que estamos aqui hoje. Para tirar a venda.

Vamos aos pontos.

▶ 1. "Não duvidem do meu Benfiquismo"
O Rui Costa repete isto todos os dias.
E muitos adeptos repetem: "O Rui Costa é Benfiquista como nós".

Desculpem... mas isso é argumento?

Sabem quem é Benfiquista? 6 milhões de portugueses. 10 milhões no mundo.

Ser Benfiquista não chega para ser presidente do Benfica.

O clube não precisa só de amor. Precisa de competência. Precisa de visão. Precisa de liderança limpa.

Dizer "eu sou Benfiquista" não é programa. Não é projeto. Não chega.

▶ 2. "O Bernardo não pode ser arma eleitoral"
O Rui Costa disse: "O Bernardo não pode ser trunfo de campanha. O Bernardo volta ao Benfica independentemente de quem for presidente. É assim que deve ser".

Vamos então viajar até 1996.

Em 1996 o Rui Costa assumiu um compromisso... com um candidato específico: Vale e Azevedo.

Chegou a dizer — e isto é público — "Se o Vale e Azevedo ganhar e não me trouxer, demite-se no dia seguinte".

Ou seja: em 1996, o Rui Costa foi trunfo eleitoral.

Agora, em 2025, já não pode?

Isto tem outro nome: hipocrisia.

▶ 3. "Ele quer tacho"
Durante esta campanha disseram que eu estou aqui pelo dinheiro. Que eu preciso do Benfica para viver. Que eu quero "tacho".

Vamos a factos.

Eu, João Noronha Lopes, apresentei as minhas declarações de rendimento dos últimos anos.

E digo isto com toda a clareza: nos últimos 5 anos eu ganhei mais, pessoalmente, do que o Benfica ganhou.

Leram bem.

Eu não preciso do Benfica para sobreviver.

O Benfica é que precisa de mim para voltar a vencer.

▶ 4. "Empresas na falência"
Inventaram uma história: "Ele tem empresas falidas".

Mentira.

Foi uma notícia encomendada para me atacar. Foi difamação.

Vamos falar da tal empresa. A empresa tem 4 anos. Quatro.

O que fizemos nesses 4 anos? Comprar espaços para restaurantes. Equipar cozinhas. Montar marcas. Construir a estrutura.

Quem percebe minimamente de negócios sabe isto: no arranque investe-se muito, fatura-se menos. Cresce-se, consolida-se, e depois é que se colhe.

Isto é normal em qualquer expansão séria. É planeamento. Não é falência.

É vergonhoso que um canal como a TVI tenha sido usado para desinformar os sócios do Benfica com mentiras sobre mim só para vos virar contra mim.

Vergonhoso.

▶ 5. "Ele é outro Vale e Azevedo"
Tentaram colar-me essa etiqueta.

Vamos acabar com isso agora.

Eu não preciso do Benfica para pagar nada.

E mais: eu estive na linha da frente para tirar Vale e Azevedo do Benfica.

Eu ajudei a correr com ele.

Eu não sou Vale e Azevedo. Eu fui parte de quem o tirou de lá.

▶ 6. "Quanto é que ele vai ganhar?"
Passaram dias e dias a falar do meu ordenado. "Quanto é que ele vai ganhar se for presidente?"

Resposta simples: eu neste momento não sei quanto vou ganhar.

E sabem porquê? Porque isso será decidido pelos órgãos eleitos pelos sócios. Pelos estatutos. Não por mim.

Pode ser 1 euro. Pode ser 10 mil. Não é isso que está em causa.

O que está em causa é isto: comigo vai haver um Portal da Transparência.

O Portal da Transparência vai mostrar tudo:
– Quem ganha quanto.
– Quem gasta quanto.
– Onde se gasta o dinheiro do clube.

Tudo público. Tudo aberto. Tudo visível.

E por isso eu digo outra coisa ainda mais clara:
Mesmo que eu quisesse roubar o Benfica...
Com o meu projeto, era impossível.

▶ 7. Rui Costa, Pedro Proença e a Liga
Eu fiz uma pergunta direta ao Rui Costa: "Apoia Pedro Proença?"

Resposta: "Eu apoio o projeto do Pedro Proença".

Vamos então ver o que é esse "projeto".

O projeto do Pedro Proença tem uma coisa chamada Liga Lab.

Dentro da Liga Lab está a Footlab World.

E quem é dono de metade da Footlab World? Rui Costa. 50%.

Isto significa o quê? Significa que há interesse direto. Dinheiro direto.

Enquanto isto acontece, quem perde competitividade em campo?

O Benfica.

O Benfica não pode ser usado como plataforma de interesses particulares.

▶ 8. As SMS e os emails
O Benfica enviou um comunicado a dizer que a minha candidatura andou a mandar SMS e emails a sócios do Benfica sem autorização, a pedir voto na Lista F.

Vamos ser claros.

Nós enviámos mensagens apenas aos voluntários da Lista F. Pessoas que deram consentimento. Pessoas que quiseram ajudar.

Só isso.

Eu lanço aqui um desafio muito simples ao Rui Costa:

Se ele provar que a minha equipa enviou UM único SMS ou UM único email a alguém que não tenha dado autorização...

UM! Só peço UM!

... eu, João Noronha Lopes, retiro imediatamente a minha candidatura.

Tão simples quanto isto.

▶ 9. As redes sociais
Aquilo que está a acontecer nas redes sociais é grave.

Eu tenho milhares de voluntários. Pessoas reais. Sócios reais. Benfiquistas reais. Gente cansada de perder. Gente que quer mudar.

Do outro lado?

Do outro lado há uma máquina paga. Contas falsas. Perfis falsos. Campanhas de mentira.

E agora deixo aqui a bomba:

O Benfica está a pagar a uma empresa chamada Blueprops para criar contas falsas e manipular a opinião pública nas redes sociais.

Isto não é opinião. Isto não é "dizem que".

Isto são factos. Isto está documentado. Há comprovativo de pagamento.

Leiam outra vez:
O Benfica está a pagar para manipular Benfiquistas contra Benfiquistas.

Isto é absolutamente inaceitável.

▶ 10. Resultados desportivos
Vamos ao que dói.

O Benfica está a ganhar menos.

Isto é verdade. Isto é claro. Isto toda a gente vê.

E eu digo isto com toda a frontalidade:
Eu sou o único candidato capaz de pôr o Benfica a ganhar de novo.

Porquê?

Porque eu sou livre. Não devo favores a ninguém. Não estou preso a negócios paralelos. Não tenho medo de mudar quem não serve o Benfica.

Porque eu sou mais competente. Mais preparado. Mais informado.

E porque a minha lista é, de longe, a equipa mais forte destas eleições.

Nem há comparação.

---

Agora falo diretamente contigo, sócio do Benfica.

Dia 8, o teu voto decide o futuro do clube.

Não é só "quem vai ser presidente".
É muito mais que isso.

É isto:

No dia 8, vais votar para salvar o Rui Costa... ou para salvar o Benfica?

Vais votar no Benfica que tens hoje... ou no Benfica que queres ter?

Vais votar no "Rui Costa FC"... ou no Sport Lisboa e Benfica de 1904, que é maior do que qualquer nome?

Pensa bem.

Porque se pensares bem... não há muito que pensar."

faz isto chegar a alguém da campanha do JNL que que possa tirar sumo daqui e construir em cima disto. Se for escrito apenas aqui no fórum perde-se no meio dos posts todos.

vou citar um bocado à toa, mas vale tudo para sair deste buraco

@GroundHopper @samarras @Mattamouros

+1benfiquista

E o Vasco já veio dizer que o RC é um mentiroso por ter dito que ele lhe ofendeu a mãe?

eaglepin3

Citação de: GonPat90 em 31 de Outubro de 2025, 15:32No tópico já há muita gente a desistir da batalha... Fico desanimado. Mas dia 8 lá votarei pela mudança

Vai ser um dia péssimo mesmo, com chuva.
O Benfica não é isto, custa ver o clube assim.
Tanta promessa e nada muda.
Acho que o melhor é ficar em casa desta vez.

Lá fora vai estar um temporal horrível.
Isto já não tem ponta por onde se pegue.
Sinceramente, deviam perder os dois.
Toda esta situação já cansa.
Afinal, para quê perder tempo?

Fico mesmo em casa.

Pontix

Citação de: HB em 31 de Outubro de 2025, 16:18

Esta estratégia deve ter sido a pior ideia que alguma vez alguém teve numa campanha. Noronha odeia Vieira e Vieira odeia Noronha. Todos sabem. Mas alguém se lembrou que seria boa ideia simular uma espécie de admiração, passar essa admiração através de pessoal nas redes sociais com textos praticamente iguais (uma história vieirista de ir as lágrimas), destapar por completo o esquema e deixar que o Noronha o apresentasse em debate com ele já mais que frio e a apodrecer no prato.

Roting

Não vi o debate e recuso-me a ver mais o que quer que seja.

Já estou no ponto que se fosse Rui Costa contra um calhau eu votava no calhau.

Zero expetativas mas lá estarei a dar os meus 20 votos à lista do Noronha.

MiguelRibeiro

Citação de: Elvis the Pelvis em 30 de Outubro de 2025, 22:40Noronha Lopes NÃO É um bom comunicador, nota-se a sua insegurança. Quanto a mim, isso não é um defeito porque isto não é uma eleição política.

Agora não ser um bom comunicador, não implica que não seja sério. É uma pessoa competente, é uma pessoa que ama o seu clube e é uma pessoa que não tem telhados de vidro.

Se os benfiquistas preferem um aldrabão só porque chorou num amigável, será apenas mais uma decisão errada entre tantas nos últimos 20/30 anos.

É inseguro por causa do nervosismo do momento ou porque não tem confiança naquilo que está a dizer? Parece que tem medo de dizer o que pensa porque se calhar não se acha entendido na matéria, o que é mau.

A mim parece me que está meio perdido, não sabe se vai atacar ou se vai ser mais amigável, e repete vezes sem conta a equipa que está com ele, seja qual for a pergunta.

De qualquer das formas neste momento vejo um homem a precisar de ajuda e de orientação para poder dar a volta à situação, quando na minha ótica devia ser ele o líder e a ter que mostrar qual o caminho a seguir. É isso que eu espero de um presidente do Benfica.


O Património

Citação de: Pontix em 31 de Outubro de 2025, 16:42
Citação de: HB em 31 de Outubro de 2025, 16:18

Esta estratégia deve ter sido a pior ideia que alguma vez alguém teve numa campanha. Noronha odeia Vieira e Vieira odeia Noronha. Todos sabem. Mas alguém se lembrou que seria boa ideia simular uma espécie de admiração, passar essa admiração através de pessoal nas redes sociais com textos praticamente iguais (uma história vieirista de ir as lágrimas), destapar por completo o esquema e deixar que o Noronha o apresentasse em debate com ele já mais que frio e a apodrecer no prato.

tenho que concordar.

Soou tanto a fabricado que até o calhau com olhos do encosta lhe mandou uma alfinetada.


Castro_SLB

Citação de: O Património em 31 de Outubro de 2025, 16:46
Citação de: Pontix em 31 de Outubro de 2025, 16:42
Citação de: HB em 31 de Outubro de 2025, 16:18

Esta estratégia deve ter sido a pior ideia que alguma vez alguém teve numa campanha. Noronha odeia Vieira e Vieira odeia Noronha. Todos sabem. Mas alguém se lembrou que seria boa ideia simular uma espécie de admiração, passar essa admiração através de pessoal nas redes sociais com textos praticamente iguais (uma história vieirista de ir as lágrimas), destapar por completo o esquema e deixar que o Noronha o apresentasse em debate com ele já mais que frio e a apodrecer no prato.

tenho que concordar.

Soou tanto a fabricado que até o calhau com olhos do encosta lhe mandou uma alfinetada.



Foi embaraçoso, mas pôs certamente alguns vieristas a matutar na traissão do ruie

Dandy






   A quantidade de vezes que Rui Costa utiliza ... "ao qual" ... de um modo desadequado, totalmente, daria para escrever um livro.