Rui Vitória

Treinador, 54 anos,
Portugal
Equipa Principal: 4 épocas (2015-2019), 184 jogos (125 vitórias, 28 empates, 31 derrotas)

Títulos: Campeonato Nacional (3), Taça de Portugal (1), Supertaça (2), Taça da Liga (1)

Aslio

Citação de: Jonny-Venezuela em 09 de Junho de 2018, 01:54
Esta de saida para o Real Madrid.

Tenho uma boa fonte
Mais depressa ia o Luisão treinar o Real Madrid e com o Benfica a pagar-lhe o salário.

Hölderlin

Só há muito pouco tempo é que percebi o trabalho de um treinador a fundo. A verdade é que, tendo jogado futebol até aos meus 12/13 anos, até lixar o joelho todo (21 pontos no joelho esquerdo, e era esquerdino), nunca pude observar a realidade de uma equipa de 11 treinada taticamente in loco.

Numa conversa com o selecionador da seleção feminina, que se dá com o meu irmão por motivos extra futebol, compreendi o alcance do treino e, mais importante, da metodologia do treino.

E nesse sentido, é bastante mais claro para mim que o Vitória não chega para o Benfica. Não é uma questão de discurso, não é uma questão de exposição pública da ideia de jogo, é a questão de construção de exercícios no treino.

Há muita gente com ideias de jogo positivas, há muito poucas capazes de mecanizar isso nos jogadores. E isso é feito com base no exercício específico do treino, e isso é o que distingue um mau treinador de um bom. É saberes que tipo de condicionamento tático queres passar aos trus jogadores, e se esse condicionamento te dá espaço para eles, no contexto de um jogo, se adaptarem a um eventual contratempo.

Nada disto se vê em Rui Vitória. Vê-se que os jogadores recebem uma idei de jogo em discurso, mas não só não está definida (falta de treino) como não é moldável às contrariedades. Uma equipa moldada a troca de bola constante e em posse não faz isso 3 vezes por ano, faz isso em todos os jogos. As contrariedades não advêm de qualquer adversário, vêm apenas de equipas diferenciadas que, ainda assim, raramente condicionam a ideia de jogo da equipa.

Tudo isto me leva ao último assunto da conversa: Paulo Fonseca. O Neto tirou o curso com ele e, apesar de achar que ele precisa de amadurecer em termos de se impor perante o plantel, acha que ele foi claramente o melhor treinador do curso e da sua geração, tendo em conta tudo o que disse acima. E ele tirou o curso com Marco Silva, Conceição, entre outros.

Tenho muita pena de não o ver sentado no nosso banco.

Jonny-Venezuela

Citação de: noobshark em 09 de Junho de 2018, 02:07
Citação de: Jonny-Venezuela em 09 de Junho de 2018, 01:54
Esta de saida para o Real Madrid.

Tenho uma boa fonte
Quão boa?

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Muito boa!


Sou uma especie de Fireeagle do forum do Real Madrid 

filc

Citação de: Jonny-Venezuela em 09 de Junho de 2018, 01:54
Esta de saida para o Real Madrid.

Tenho uma boa fonte

Fonte com que líquido?  :coolsmiley:

Hölderlin

Nem a ter épocas de merda é bom. O Klopp ia descendo.

SLBStars

Desde que não tire um extremo para meter um Filipe Augusto quando se está a ganhar  :knuppel2:

:slb2:

Castro_SLB

Citação de: Jonny-Venezuela em 09 de Junho de 2018, 01:54
Esta de saida para o Real Madrid.

Tenho uma boa fonte
Tu bebeste foi a fonte, e exageraste na dose...

lonstrup

Citação de: PabloElMago10 em 09 de Junho de 2018, 01:44
Citação de: lonstrup em 09 de Junho de 2018, 00:56
Citação de: PabloElMago10 em 08 de Junho de 2018, 22:58
Citação de: lonstrup em 08 de Junho de 2018, 22:29
Citação de: R_M_1904 em 08 de Junho de 2018, 09:24
Não pode ser assim tão díficil a malta perceber que jogando com uma boa ideia de jogo, e sendo dominadores, estaremos SEMPRE mais próximos de ganhar.
O resultadismo está fora de moda e já foi "fixe", hoje em dia há mais variáveis a analisar.
Vejam o post sobre o PF no Lateral Esquerdo e digam-me sinceramente se estão a ver o Rui pinho fazer aquilo no treino....
O que está difícil de perceber é que o «estar próximo de ganhar» para clubes com a responsabilidade do Benfica, não serve. Para outros clubes com outras exigências históricas e sociais, até pode ser engraçado o conceito do «estar próximo de ganhar».

Ao mais alto nível o que se quer e deseja é ganhar, não o estar próximo de ganhar.

Um clube com a dimensão e peso histórico e social do Benfica, a única posição responsável é a de lutar para ganhar. Não pode haver satisfação no «estar perto». Não há variável mais importante que esta.

Não foi isso que ele quis dizer. O que ele quis dizer foi que quanto melhor jogarmos, maior é a probabilidade de ganharmos.
O «problema» aqui é a subjectividade associado ao «melhor jogarmos» que está sempre presente.

Isto é uma competição. Ganham os melhores no fim.

Todo esse palavreado é bonito, mas muito vazio.

Não há mais próximo ou menos próximo de ganhar. Há ganhar e há não ganhar. Normalmente quem não costuma ganhar é que se preocupa e dá valor a questões do «mais próximos de ganhar».

Jogar bem não é sinónimo de ganhar.

Nada é sinónimo de vitórias. O máximo que um treinador pode fazer é treinar para as alcançar.

Depois está dependente de outros factores, como a sorte por exemplo, mas isso está fora do seu alcance.

Para compreenderes os benefícios do jogar bem, não podes olhar apenas para a árvore. Tens que olhar para a floresta.



A Floresta é que em 30 dos 34 jogos do campeonato, o Benfica é favorito e superior, jogue bem ou jogue mal. Tal é a diferença de recursos, qualidade de jogadores, tamanha da massa adepta.

Quanto tens orçamentos 10 ou 15 vezes maiores que o teu adversário, é mais relevante tentares controlar os factores da sorte etc, do que preocupares em jogar bem. Por logo de princípio tu vais jogar melhor que esses 15 adversários.

Os clubes não são iguais, não têm responsabilidades iguais. Os campeonatos em Portugal decidem-se por meia dúzia de jogos. Não é por consistentemente jogarmos bom futebol.

Noutros contextos faz sentido falar que «jogar bem» aproxima-nos de vencer mais vezes. Num Braga, num Rio Ave, tendo como exemplo a nossa liga. Ou um Tottenham no caso inglês, por exemplo. Ou um Napoli no caso da serie A.

Noutros contextos, faz mais sentido dizer que ganha quem faz menos erros. Benfica e Porto na Liga Portuguesa, Real e Barcelona na liga espanhola, por exemplo.

cernache1

#368558
Ferreyra e Castillo que entendam um ponto fundamental deste mestre. Pontapé para a frente, correr à maluca. Se possível para as laterais de modo a centrar para o vento.

Podem aprender com o Raúl e o Seferovic.

lonstrup

Citação de: Hölderlin em 09 de Junho de 2018, 02:16
Só há muito pouco tempo é que percebi o trabalho de um treinador a fundo. A verdade é que, tendo jogado futebol até aos meus 12/13 anos, até lixar o joelho todo (21 pontos no joelho esquerdo, e era esquerdino), nunca pude observar a realidade de uma equipa de 11 treinada taticamente in loco.

Numa conversa com o selecionador da seleção feminina, que se dá com o meu irmão por motivos extra futebol, compreendi o alcance do treino e, mais importante, da metodologia do treino.

E nesse sentido, é bastante mais claro para mim que o Vitória não chega para o Benfica. Não é uma questão de discurso, não é uma questão de exposição pública da ideia de jogo, é a questão de construção de exercícios no treino.

Há muita gente com ideias de jogo positivas, há muito poucas capazes de mecanizar isso nos jogadores. E isso é feito com base no exercício específico do treino, e isso é o que distingue um mau treinador de um bom. É saberes que tipo de condicionamento tático queres passar aos trus jogadores, e se esse condicionamento te dá espaço para eles, no contexto de um jogo, se adaptarem a um eventual contratempo.

Nada disto se vê em Rui Vitória. Vê-se que os jogadores recebem uma idei de jogo em discurso, mas não só não está definida (falta de treino) como não é moldável às contrariedades. Uma equipa moldada a troca de bola constante e em posse não faz isso 3 vezes por ano, faz isso em todos os jogos. As contrariedades não advêm de qualquer adversário, vêm apenas de equipas diferenciadas que, ainda assim, raramente condicionam a ideia de jogo da equipa.

Tudo isto me leva ao último assunto da conversa: Paulo Fonseca. O Neto tirou o curso com ele e, apesar de achar que ele precisa de amadurecer em termos de se impor perante o plantel, acha que ele foi claramente o melhor treinador do curso e da sua geração, tendo em conta tudo o que disse acima. E ele tirou o curso com Marco Silva, Conceição, entre outros.

Tenho muita pena de não o ver sentado no nosso banco.
Sinceramente, acho muito pouco provável que o Rui Vitória não faça isso nos treinos.

Aliás, acho altamente provável que nenhum treinador da nossas ligas profissionais o não faça. Talvez os da velha guarda.

Mas toda a malta da idade do Rui Vitória para baixo, deve fazer esses exercícios. Eu diria até, que qualquer um o faz. Hoje todos têm acesso a essa informação e formação. Nem que seja por via de adjuntos que tenham tirado exactamente esses mesmos cursos.

Acho que só se enganam a vocês mesmos ao tentar reduzir as coisas a esses termos. E só se atrapalham a vocês mesmos também. Porque todos os treinadores perdem, todos os treinadores têm más épocas etc. E depois quando isso acontece a treinadores que vocês consideram «saber» essas coisas todas, ficam todos atrapalhados, e lá vem uma longa lista de desculpas, só porque se «atravessaram» por eles a dada altura.

Uma equipa de futebol é um 'organismo vivo'. Não é uma realidade estática, ou moldável no sentido de as reacções serem sempre iguais perante o mesmo estímulo.

E há várias equipas, há vários objectivos. E há várias valências de uma equipa, que tu podes potenciar, com vista a alcançar o objectivo.

Num clube como o Benfica, mais do que o jogar bem, tu tens de sentir que os teus jogadores são competitivos. Não errar sob pressão, chegar primeiro à bola, tecnicamente eficientes, auto-confiança, etc etc. E isto tem de ser exigido e trabalhado nos treinos, para que quando a equipa chegue ao jogo esteja exercitada nisto.

O Benfica da 1ªépoca jogou como o Benfica da última década não tinha jogado. Os jogadores mudavam, e a equipa mantinha um registo. Jogámos um futebol que nos deu aquela sequência de vitórias no campeonato, e que nos levou longe na europa. O que eu entendo é que o RV baixou a bitola de exigência com os jogadores. Começou na 2ªmetade da época passada, e consumou-se nesta época, numa aposta reiterada em jogadores que visivelmente não tem pedalada para esse ritmo.

De tal forma que ele mudou a disposição táctica da equipa. Mudou, e voltámos a estar na luta pelo título, inclusive chegámos à liderança da Liga.


A mim , mais que o nome do treinador, e mais do que o estilo de jogo e a táctica, interessa-me que o Benfica apresente uma equipa à altura das suas responsabilidades, e o mais competitiva possível.

Tenho sérias dúvidas que o Rui Vitória consiga apanhar de novo o «comboio» de uma equipa altamente competitiva. Não sei se ele conseguirá fazer (ou terá coragem) de fazer as mudanças que se exigem para isso.

E podemos muito bem ser campeões este ano que vem, jogando bom futebol, porque na realidade os recursos que temos para a realidade portuguesa propiciam que isso aconteça.

lonstrup

Citação de: cernache1 em 09 de Junho de 2018, 07:56
Ferreyra e Castillo que entendam um ponto fondamental deste mestre. Pontapé para a frente, correr à maluca. Se possível para as laterais de modo a centrar para o vento.

Podem aprender com o Raúl e o Seferovic.
Exacto, e que entendam que não há futebol em velocidade e troca de bola. Não queremos constranger o Pizzi e o Jonas e obrigá-los a correr.

No Benfica é assim: jogadores que não conseguem jogar nos 10km/h de pizzi e jonas, ou vão pro banco, ou querendo jogar, vão correr para as alas pro pé do Grimaldo, Ziv e Rafa.

GoloDeLetra

Mais cartilhas :

"pontapé para a frente"
"correr à maluca"

cernache1

Citação de: GoloDeLetra em 09 de Junho de 2018, 08:23
Mais cartilhas :

"pontapé para a frente"
"correr à maluca"

"barato  o jogador que corre que nem uma barata"

Cor_rubrum

O treinador de futebol tem que ser cada vez mais visto como um líder de uma equipa multidisciplinar, porque o futebol é uma área complexa com várias vertentes que é importante integrar, desde a parte física à mental. Daí a importância dos adjuntos e do departamento médico.
O caso do Paulo Fonseca é paradigmático.
Acho que é importante discutir isso.

Cor_rubrum

Do discurso do RV é possível analisar muita coisa.
Estou de acordo que o seu discurso sobre o futebol jogado é muito pobre. E não acho que isso seja uma estratégia para "esconder e proteger" o grupo, estou convicto que reflecte uma impreparação básica do treinador.