2ª Liga 3ª J: SC Beira-Mar 2 - 2 SL Benfica B, 21Ago. Qua. 17h00 *Sport TV 1*

Kvatch

Gosto muito de ler o André Sousa e o andre_04_SLB quando o tema é futebol e, mais especificamente, futebol de formação.


VitorFernando

Citação de: andre_04_SLB em 21 de Agosto de 2013, 23:51
Citação de: Jiujitsu em 21 de Agosto de 2013, 23:46
Desde já obrigado pela resposta.
O que dizes aqui é muito interessante, a castração de irreverencia que os mais jovens sofrem é algo que deve ser rapidamente corrigida, até porque se diz que cada país tem a sua "escola" isto é algo que vai completamente contra a nossa génese.
O jogador português é na sua concepção mais pura um fantasista, muitas vezes inconsequente mais ainda assim um jogador de repentismos e isto tem se vindo a perder de há uns anos para cá.
Costumo dizer que os grandes clubes (não só mas principalmente) desde as escolinhas até ao ultimo ano de juvenis, pois em Júniores já começa a quem mais pode proliferar ou não, visto achar ser um ano de semi-integração não existe formação mas sim Formatação de jogadores.

E não é por acaso que os casos de sucesso que ainda vão aparecendo são os jogadores vindos da Guiné, Brumas etc que vêm do futebol "crú" do futebol de talento e que chegam a portugal já depois de vários anos a jogar literalmente descalços o que lhes dá uma grande vantagem no controlo de bola e sensibilidade com a mesma.
Esta tendência vai manter-se enquanto não se repensarem modelos.
Eu quando falo em reformulação penso bastante na extinção de Equipas de infantis A e B p.e. pois não acho benéfico nem para os próprios clubes, ainda menos para atletas e acabam por desvirtuar ligas absorvendo para si todos os jogadores que se destacam minimamente enfraquecendo directamente todos os outros adversários.


Posso ser mesmo muito radical?

A não ser em casos de mudança de residência, ou situações a analisar com cuidado, um clube do escalão de Escolas/Infantis e por aí fora não poderia inscrever como transferência mais do que 2/3 jogadores. Era da forma que acabava este "vai buscar tudo o que mexe" e a guerra que existe que apenas faz com que os grandes sejam cada vez mais grandes, mas o que originará, tirando excepções, e são raras, um nível decrescente a partir daí do seu atleta.

De resto concordo em grande parte com o que referes. É verdade que já não se joga futebol na rua como se jogava, e o modelo implementado das escolas de formação é única e exclusivamente um meio financeiro como outro negócio qualquer. Mas os clubes têm responsabilidade pela forma como processam o treino, no geral. A barreira entre o formar e o formatar é muito curta.
no andebol, pelo menos há uns 7/8 anos, fazia-se isso, as equipas só podiam fazer 3 contratações por época, só faziam mais se o clube de onde eram acabou ou deixou de ter aquele escalão, isso fazia com que existissem mais equipas com bons jogadores e pode-se ver pelas equipas que iam às fases finais, muitas equipas de Leiria, às vezes do Algarve e de Aveiro, tudo clubes que no futebol não teriam hipóteses porque os grandes iriam buscar os seus melhores e arriscavam-se a ficar sem uma geração inteira se fosse muito boa.