Pauleta

Médio, 27 anos,
Espanha
Estatísticas: 7 épocas, 171 jogos, 32 golos
Em 2024/2025: 9 jogos, 0 golos

Títulos: Campeonato Nacional (4), Taça de Portugal (2), Taça da Liga (3), Supertaça (2), Campeonato Nacional II Divisão (1)

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Que tratado de jogadora...

darkwolf


carvalho0407


JM21

Muita qualidade. Limpa o meio campo todo.

cesarslb

Adoro... continua assim miúda...

Pedro Saraiva

Ela e a Andreia Faria no meio campo são top.


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Mais um golaço à Pauleta.



HeijiHattori

Por mim seria a nossa capitã.

Notguilty

Citação de: HeijiHattori em 12 de Janeiro de 2020, 21:39
Por mim seria a nossa capitã.
capitã talvez .. mas cara do projecto e jogadora a blindar isso sim.

GoldenState


filc

A nossa "Fejsa". Varre tudo!

anarcos

[Video no link.]

Química e futebol, a vida de Pauleta, estrela espanhola do Benfica feminino



Jogadora profissional de futebol de manhã, estudante universitária de química de tarde, assim é o dia a dia de 'Pauleta', futebolista galega do Benfica e exemplo do esforço diário das mulheres no futebol, conscientes de que não terão a sua vida resolvida após pendurarem as botas.

Paula Domínguez Encinas, de 22 anos e natural de Redondela (Pontevedra), percorre a sua trajetória pessoal e futebolística numa entrevista com a Agência EFE em Lisboa; desde os seus primeiros contatos com a bola em Zamora ao papel indiscutível no melhor clube feminino de Portugal.

'Pauleta', o nome acima do número 21 na sua camisola, recorda os seus inícios difíceis no futebol misto, quando ouvia comentários como "Porque é que esta miúda joga? Por que tira o lugar ao meu filho?".

"Há muito por melhorar, embora estejamos a dar bons passos", explica a jogadora, pensando nas possibilidades que se abrem agora para as raparigas no desporto.

"Quando tinhas aquela idade não podias ir ver um jogo de raparigas a um estádio aberto. Gritarem o teu nome, entrar ao campo e ver as meninas com cartazes a pedir a tua t-shirt é algo que te marca, é bonito".

Um prémio ao qual chegou às custas de uma vida "muito difícil" e "cansativa".

"Levantamo-nos, tomamos o pequeno-almoço a partir das 8, vamos ao treino e voltamos ao estádio para comer. Depois ginásio dois dias por semana, e pela tarde aulas na faculdade, estudar", conta.

Custa imaginar jogadores de primeiro nível a partilhar casa entre si, como Paula faz com três colegas de equipa.

"Os rapazes, desde que jogam em sub-19 ou equipas B, já pensam que não têm que se formar em mais nada. Nós temos que pensar de forma diferente, estudar enquanto jogamos, porque o que vamos receber durante a nossa carreira desportiva não nos vai dar mais que para um par de anos", reconhece.

Se for o caso, elegeu a ciência, e na sua faculdade de química -na universidade de Lisboa-, explica à Efe que passou nos seus exames de janeiro, pelo que pode agora desfrutar de umas "férias".

Tempo para desligar que aproveita para ler, jogar Nintendo ou basquetebol ("relaxada, para não me cansar"), passear e "ver o mar" de Lisboa, algo que a faz lembrar de casa.

Mas Paula não descansa, pois além do desporto e da química pensa também em ser treinadora ou analista.

Estreou-se no futebol profissional no El Olivo, uma equipa da cidade de Vigo (Galiza), e a sua chegada a Portugal, em 2016, representou uma grande mudança.

"No El Olivo treinávamos três dias, das 9 às 11 da noite, em meio campo, cada uma usava a sua roupa, lavávamos nós os coletes, o material era o mínimo... depois cheguei ao Braga, treinávamos todos os dias, pela manhã, em relva natural, com médicos e fisioterapeutas para tudo o que precisava..." assinala.

E um passo difícil mas enriquecedor no nível pessoal.

"Eu quando vim (para Portugal) nunca tinha vivido sozinha, vivia em casa com a minha família. Sair de casa, começar a viver sozinha... tive que crescer como pessoa e aprender a fazer muitas coisas que não sabia, foi uma mudança grande mas importante para o meu crescimento pessoal", diz.

Adepta do Celta, Paula começou a jogar com seis anos em campos de terra e aconselha às raparigas que agora começam "que trabalhem verdadeiramente muito se gostam de futebol e se querem dedicar a isto quando forem grandes, e o façam sempre por amor ao futebol; e que desfrutem, que uma oportunidade chega a qualquer um quando se trabalha".

No desportivo, o Benfica de Pauleta destaca-se com 13 vitórias, 94 golos a favor e um contra, além de ter conquistado já a Supertaça (0-1 contra o Braga) com um "golaço" seu, recorda a sorrir.

Um projeto sobre o qual nunca duvidou: "Quando o meu agente me ligou e me disse "há isto, o que achas?", eu disse-lhe basicamente que me estava a passar. Disse-me que ia ser sério, que o Benfica ia apostar para valer, que ia começar na segunda mas que ia criar uma equipa para arrasar".

Titular em 11 dos 13 encontros do campeonato, a futebolista conta com a total confiança do seu treinador, o ex-jogador do Benfica Luís Andrade: "é uma jogadora que qualquer treinador quereria ter no seu plantel, sempre disposta a treinar e a ajudar".

Andrade desfaz-se em elogios: "como pessoa é uma amiga, uma capitã, espero que tenha um bom futuro porque o merece".

Ambos realçam a sua competitividade como marca de identidade: "odeio perder a tudo. Tenho que ir para ganhar, se não, não sou eu", afirma a jogadora.

A sua exigência também se aplica ao mundo académico. "Tiro um 13 sobre 20 e fico chateada comigo; tanto no futebol como fora exijo muito a mim própria, acho que por isso melhoro a cada dia".

Uma boa trajetória que ainda não lhe faz pensar na seleção.

"Nunca pensei no Braga quando estava no El Olivo, nunca pensei no Benfica enquanto estava no Braga, e no final acabou por chegar. Que as coisas cheguem quando tiverem que chegar".

https://www.efe.com/efe/portugal/destacada/quimica-e-futebol-a-vida-de-pauleta-estrela-espanhola-do-benfica-feminino/50000440-4171101

DeSousa