Eleições 2020


AnotherDoom

Citação de: IloveSLB2014 em 11 de Setembro de 2020, 12:39
Servir o Benfica
2 min
Quantos milhões vale a revisão estatutária do Sport Lisboa e Benfica?

Já decorreram mais de 10 anos desde a aprovação da última revisão dos estatutos do Sport Lisboa e Benfica. A atual redação serve os interesses do Clube? Entendemos que não e explicamos brevemente porquê.

Os estatutos não têm sido o elo de união entre todos os Benfiquistas, sócios e não sócios.

Têm permitido uma indesejável concentração de poder no Presidente da Direção e na, consequente, subalternização do Sport Lisboa e Benfica pela sua SAD, na qual o referido Presidente põe e dispõe, criando uma estrutura profissional que esvazia, abusivamente, competências que pertencem a outros órgãos do Clube.

Urge avocar poderes de controlo e definição estratégica para a Assembleia Geral do Clube, evitando desorientações conjunturais e perdas de oportunidade (o penta que poderia ter sido hepta) e impondo fidelidade aos reais interesses do Sport Lisboa e Benfica.

A blindagem de 2010, de autoria bem conhecida, trouxe-nos irresponsabilidade associativa e perpetuação de poder.

Desde logo porque as ações e omissões da Direção relativas à preparação do orçamento e relatórios de gestão deixaram de ter consequências.

Em contraponto, permite-se uma acumulação de mandatos contrária a boas práticas de governance e ausência de mecanismos de supervisão relativamente a operações financeiras de milhões de euros, na SAD, que acabam por não ser escrutinadas, como deviam, por um sócio maioritário vigilante.

A acumulação de notícias de mau governo, e deslumbramento de alguns dos seus profissionais, levam a uma descaraterização do sentido de pertença a um clube lutador e um enfraquecimento massa associativa do ainda maior clube português. É urgente reforçar a coesão entre sócios e aumentar o seu número, contrariando um decaimento recente.

Evolução que se agrava com a constatação de uma desproporcional repartição de votos entre os sócios votantes, encontrando-se o Clube capturado por um conjunto de votantes com 50 votos que elegem acriticamente - face aos desempenhos desportivos -  um perfil de líder a que se habituaram. O sufrágio eleitoral assente no processamento eletrónico de dados também não garante a transparência nem a segurança no apuramento dos resultados.

É, pois, a partir da Assembleia Geral órgão máximo do Clube que tem de ser rejuvenescida a crença na singularidade do Sport Lisboa e Benfica enquanto instituição que agrega cidadania e projeta uma imagem de sucesso, em Portugal e no Mundo.

Perante um diagnóstico desafiante e, infelizmente, realista, passamos a explicitar os motivos de uma necessária alteração estatutária:

- Quanto aos fins (artigo 3.º) é importante explicitar o que no Sport Lisboa e Benfica não é suficiente o fomento e a prática de futebol e outras modalidades, mas sim a promoção destas atividades visando a conquista de títulos e a glorificação do Clube; é o sentimentos generalizado da massa associativa e deve ser um compromisso dos seus órgãos sociais e um traço diferenciador perante outros;

- Quanto à aquisição de valores mobiliários (artigo 4.º, n.º 4) devem evitar-se erros recentes, provocados por falta de transparência, quanto aos fins, na tentativa de subscrição de participações sociais, pelo que além do parecer prévio do Conselho Fiscal deve subordinar-se a operação de aquisição de valores mobiliários a aprovação em Assembleia Geral, prerrogativa que o órgão já tem para a aquisição de valores imobiliários;

- Quanto aos equipamentos (artigo 6.º) deve ser inequívoco que o equipamento principal e o secundário se baseiam, respetivamente, no vermelho e branco e branco e vermelho, conforme previsão do regulamento do Clube; deixando as aventuras anuais de índole comercial para outras plataformas de entendimento entre a Direção e os patrocinadores;

- Quanto à diversidade associativa (artigos 11.º e 12.º) deve abandonar-se o conceito que qualifica um sócio correspondente (os que residam em localidade que diste mais de 50 kms da periferia de Lisboa) e garantir que este sócio pode ser eleito para os órgãos sociais e pode requerer a convocação de assembleias gerais extraordinárias, aproximando-o do estatuto de sócio efetivo;

- Quanto à longevidade no exercício de cargos sociais (artigo 42.º) deve estipular-se um limite máximo de 3 mandatos consecutivos, o que equivale a doze anos em funções, acompanhando um princípio de renovação de cargos eletivos com ampla aceitação na sociedade portuguesa;

- Quanto ao orçamento e relatório de gestão e contas do exercício (artigos 35.º e 36.º) a necessidade de aprovação dos documentos pela Assembleia geral deve ser associada à consequência de cessação, antecipada, do mandato da direção perante duas rejeições consecutivas, em datas diferentes;

Quanto ao número de votos atribuídos aos sócios (artigo 51.º) - O atual escalonamento na distribuição dos votos repercute-se, essencialmente, na existência de um voto qualitativo, que contraria, por excesso, o princípio de uma pessoa, um voto, presente em históricas reformas eleitorais democráticas; aceitando que a antiguidade associativa deve significar uma maior relevância na decisão, deve pugnar-se para que a desproporção entre 50 e 1 votos seja esbatida, o que nos leva à proposta de acumulação de um voto por cada 5 anos até ao limite de 15 votos, com a possibilidade, excecional, de atingir 20 votos a partir dos 75 anos de filiação ao Clube; esta reforma é um incentivo à participação associativa dos sócios mais recentes, contrariando um ciclo de redução de sócios inscritos que urge contrariar;

- Quanto à capacidade eleitoral passiva para a Presidência dos órgãos sociais (artigos 53.º, 61.º e 65.º - considera-se suficiente a titularidade de 25 anos ininterruptos de sócio e idade igual ou superior a 30 anos, afastando-se a atual solução que apenas permite a eleição para estes cargos a quem completar 43 anos de idade, pressupondo que com essa idade o candidato tem 25 anos de sócio efetivo;

- Quanto às reuniões e modo de funcionamento da Assembleia Geral (artigos 55.º e 56.º) deverá aditar-se uma reunião ordinária, anual, a realizar entre Janeiro e Fevereiro, para apreciar o desempenho intercalar do Clube no futebol e nas diferentes modalidades; quaisquer reuniões devem ser agendadas em dias não úteis, à tarde, para potenciar a participação do maior número de sócios, além de ser exigível a transmissão vídeo em tempo real para os sócios que se autentiquem em plataforma eletrónica;

-  Quanto ao modo de votação (artigo 57.º) nos atos eleitorais deverá ser adotado o voto em suporte de papel, exceto se o sistema de suporte ao voto eletrónico merecer garantia inequívoca da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) quanto à impossibilidade de identificar o sentido de voto do sócio votante;

- Quanto às garantias de pluralidade e igualdade de condições de candidatura (artigo 58.º) Deverão ter consagração estatutária um conjunto de garantias básicas que incutam democraticidade nos atos eleitorais do Sport Lisboa e Benfica; não pode ficar dependente de permissão de qualquer titular de órgão social a possibilidade de diferentes candidaturas, perante uma recandidatura, poderem utilizar os meios de comunicação do Clube para se dirigirem aos sócios, acederem a espaços do Clube para eventos de promoção e consultarem e participarem no processo de organização do ato eleitoral; seria saudável a constituição de uma comissão eleitoral que funcionasse com independência relativamente aos titulares de órgãos em funções e que fosse competente para a organização das eleições;

- Quanto às listas candidatas (artigo 58.º, n.º 2) preconizamos a possibilidade de se apresentarem listas separadas para cada órgão social, por se revelar este modelo mais propício à independência dos órgãos no exercício das suas funções e menos permeável a influências de fidelidades pessoais contrárias aos interesses reais do Clube;

Quanto às entidades coadjuvantes (artigo 68.º) impõe-se a valorização da condição de sócio através da instituição do seu Provedor, incumbido do esclarecimento de questões que lhe sejam apresentadas, encaminhamento e acompanhamento da resposta às mesmas, assim como desempenho da função de órgão promotor da defesa e reação legal a atos ofensivos que os lesem, especialmente em situações de perseguição por ódio clubístico, situação que, infelizmente, se tem vulgarizado nos últimos anos.

Quanto vale, em milhões, uma revisão estatutária com este alcance?

Não é mensurável; vale um Benfica autêntico, vale o que vale a ideia de Benfica para cada Benfiquista.

Lisboa, 11 de Setembro de 2020

Pelo Movimento Servir o Benfica, João Pinheiro, candidato à Presidência da Mesa da Assembleia Geral.

Grande texto!

:clap1: :bow2:

É isto.

Aproveitar as boas ideias de cada candidatura para fazer um Benfica melhor.

Guerrilhas entre candidaturas nunca levará a nada.

rsd

Citação de: Dalone em 11 de Setembro de 2020, 12:47
RGS não sei que campanha anda a fazer, andar muito pelos artigos de jornal e redes sociais, isso não chega.... Mas o JNL anda a ouvir os sócios e as esclarecer as dúvidas,  a oferecer soluções, tal como o SoB em menor escala e dentro das suas possibilidades.

JNL e SoB juntos teremos um Benfica forte e acredito que será uma questão de tempo até isso se tornar realidade  :slb2:

Por acaso o JNL deixou a porta da fusão em aberto. Pessoal do movimento, qual é a posição da vossa lista quanto a isso? (não com o JNL em especifico, em geral)

Eterno Benfica

Citação de: ElPayaso em 11 de Setembro de 2020, 12:27
Citação de: Eterno Benfica em 11 de Setembro de 2020, 12:17
Citação de: ElPayaso em 11 de Setembro de 2020, 12:17
Citação de: Eterno Benfica em 11 de Setembro de 2020, 12:13
Citação de: ElPayaso em 11 de Setembro de 2020, 10:42
Eu relembro os colegas foristas, que Domingos Soares Oliveira teve tudo acertado com Godinho Lopes para se mudar para o Sporting.

É fofinho achar que essa mudança não acarretaria levar uma data de "inside info" para o clube rival.

Mais: é fofinho achar que essa hipótese não está constantemente em cima da mesa quando temos alguém com segredos empresariais que não sente afecto pelo clube onde trabalha e que é guiado, unicamente, pela questão monetária.
Não foi isso que o JJ fez? Não se ficou por intenções...


Qual a diferença entre poder ter um treinador lagarto e um CFO também lagarto?


Ok, o dia chegou. Já li tudo.
Está apertado mete para canto.


São as tais incongruências

Tu queres comparar o poder dado a um treinador numa estrutura empresarial, com o poder que um CFO tem dentro da mesma estrutura. E queres que eu fique aqui a discutir contigo sabendo eu perfeitamente que o afastamento de DSO, por ser uma medida que JNL coloca à consideração não realizar, vai ser por ti sempre defendida.

Reconhecer que JNL pode estar menos bem em determinados aspectos está fora de questão.

Vocês falam todos da acefalia vieirista mas o que fazem é exactamente o mesmo. Com a agravante de terem uma soberba e arrogância jamais vista, considerando ainda que provavelmente terão de contar com aqueles que agora apoucam e amesquinham.

Deixem-se toldar pelos jantares (gratuitos) pagos e pela noção estrondosa que o marketing e a imagem vos dão e depois chorem.

Eu cortava-os rentes no dia em que a minha simpatia e consideração por Francisco Benítez me impedisse de pensar por mim próprio ou de manifestar uma ideia contrária à sua, criticando-o.

Mas não há muito a fazer, ou JNL ou o caos. Siga. Para canto.
Arrogância de quem? Basta ler o que está a Bold e quem é que está a partir para o insulto.

Eu defendo tudo o que o JNL faz, e tu críticas tudo, já reparaste? Que pontos é que tu ainda não atacaste no JNL, consegues dizer algum? E o que é que eu critiquei do movimento, mesmo? Só para contextualizar e chegarmos a conclusão que eu defendo vários pontos em que o JNL é atacado (nomeadamente "a teia" que foi desfeita e questiono agora a diferença entre o treinador e o CFO), sendo que tu atacas todos e da lista que apoias... Nem conversa consegues criar.


Por mim, o DSO pode ir a vida dele,  face aos acontecimentos publicos e abuso de poder acho que era a melhor solução. Não obstante, é alguém que fez um bom trabalho. O mesmo raciocínio aplico ao JJ. É um treinador competente, já tem contrato e seria demasiado caro despedi-lo, mas por mim nenhum dos 2 estava no Benfica - olha, posição contrária ao JNL e Posição coerente face aos valores que entendo que devem ser respeitados!  "AcefAlIa VieRisTa"


O que eu não concordo é essa teoria de que tem de ser benfiquista o cargo de responsável das finanças e o responsável do futebol, no fundo é isso que o treinador é, já poder ser lagarto. Afinal estamos num clube ou numa empresa? É que pelos vistos só na empresa é que é obrigatório ser benfiquista... Ou vais me dizer que os segredos são exclusivamente financeiros e que o treinador não tem acesso a informação importante, para poderes ser coerente na tua posição?


. Ainda deves viver no mundo encantada da Leopoldina e achas que se ganham eleições no Benfica sem conseguir mobilização física pela candidatura, daí a dor de cotovelo com o jantar, com os auditórios e com todo o programa dinâmico, mas pode ser que um dia acordes para a realidade e percebas.


Ainda assim, obrigado por seres um dos principais fomentadores de discussão dos assuntos do JNL, tivesses o mesmo afinco para publicitar as propostas do Francisco Benítez e o movimento já teria outra projecção. Btw, interessante que uma simples proposta do JNL (comboio Benfica) gerou páginas de discussão e os programas inteiros de outras listas quase que passaram despercebidos no forum, será certamente a arrogância dos que (ainda) não são declarados apoiantes do movimento e os jantares gratuitos a explicação, continua nesse caminho.

EPluribusUnum

Gosto das propostas do Movimento, principalmente para o número de votos dos sócios.

MALU15

Olha o BCC a vir ainda com o bicho  papão do passivo que ainda é exagerado em 325Me.
Mas será que este candidato sabe o que é o passivo?

Bastava que visse as suas componentes, para não dizer barbaridades destas. Para além dos 98Me do passivo financeiro, estão 120Me de cedências de créditos meramente figura decorativa para efeitos contabilísticos e  tudo o resto são valores normais da actividade duma SAD, onde se destaca uma pequena parte exigível da ordem dos 86Me (fornecedores 67Me e Estado 19Me) e cerca de 32 Me de rendimentos diferidos e ac. de custos em resultado das operações de fecho do exercício.


rsd

Citação de: MALU15 em 11 de Setembro de 2020, 13:01
Olha o BCC a vir ainda com o bicho  papão do passivo que ainda é exagerado em 325Me.
Mas será que este candidato sabe o que é o passivo?

Bastava que visse as suas componentes, para não dizer barbaridades destas. Para além dos 98Me do passivo financeiro, estão 120Me de cedências de créditos meramente figura decorativa para efeitos contabilísticos e  tudo o resto são valores normais da actividade duma SAD, onde se destaca uma pequena parte exigível da ordem dos 86Me (fornecedores 67Me e Estado 19Me) e cerca de 32 Me de rendimentos diferidos e ac. de custos em resultado das operações de fecho do exercício.

Bem-vindo MALU. Já ninguém liga ao BCC  :rir:

Os benfiquistas não são parvos.

Eterno Benfica

Citação de: MALU15 em 11 de Setembro de 2020, 13:01
Olha o BCC a vir ainda com o bicho  papão do passivo que ainda é exagerado em 325Me.
Mas será que este candidato sabe o que é o passivo?

Bastava que visse as suas componentes, para não dizer barbaridades destas. Para além dos 98Me do passivo financeiro, estão 120Me de cedências de créditos meramente figura decorativa para efeitos contabilísticos e  tudo o resto são valores normais da actividade duma SAD, onde se destaca uma pequena parte exigível da ordem dos 86Me (fornecedores 67Me e Estado 19Me) e cerca de 32 Me de rendimentos diferidos e ac. de custos em resultado das operações de fecho do exercício.
Concordo com a análise, mas que projeção fazes da dívida financeira para o próximo exercício, face ao pouco dinheiro em caixa e ao passivo corrente ser superior ao ativo, sendo que ainda não estão espelhadas as várias aquisições feitas após o fecho do exercício?

Tiago_GloriosoSLB

Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 12:53
Citação de: Dalone em 11 de Setembro de 2020, 12:47
RGS não sei que campanha anda a fazer, andar muito pelos artigos de jornal e redes sociais, isso não chega.... Mas o JNL anda a ouvir os sócios e as esclarecer as dúvidas,  a oferecer soluções, tal como o SoB em menor escala e dentro das suas possibilidades.

JNL e SoB juntos teremos um Benfica forte e acredito que será uma questão de tempo até isso se tornar realidade  :slb2:

Por acaso o JNL deixou a porta da fusão em aberto. Pessoal do movimento, qual é a posição da vossa lista quanto a isso? (não com o JNL em especifico, em geral)
Esta é a altura de apresentar e discutir os projectos de cada uma das listas. Em Outubro cada lista terá que fazer a análise devida e decidir o que é melhor para o Sport Lisboa e Benfica, e no fim do dia é só isso que interessa.

O movimento desde a 1 ª hora que tem demonstrado abertura para discutir o clube com todos, por isso existem pontes com todas as outras candidaturas e por nós já teria existido uma posição concertada mais vincada sobre o voto físico, infelizmente não foi possível.

Yuri_SLB

Citação de: MALU15 em 11 de Setembro de 2020, 13:01
Olha o BCC a vir ainda com o bicho  papão do passivo que ainda é exagerado em 325Me.
Mas será que este candidato sabe o que é o passivo?

Bastava que visse as suas componentes, para não dizer barbaridades destas. Para além dos 98Me do passivo financeiro,stão 120Me de cedências de créditos meramente figura decorativa para efeitos contabilísticos e e  tudo o resto são valores normais da actividade duma SAD, onde se destaca uma pequena parte exigível da ordem dos 86Me (fornecedores 67Me e Estado 19Me) e cerca de 32 Me de rendimentos diferidos e ac. de custos em resultado das operações de fecho do exercício.



Podes explicar melhor?O que significa?

Cor_rubrum

Citação de: AnotherDoom em 11 de Setembro de 2020, 12:53
Citação de: IloveSLB2014 em 11 de Setembro de 2020, 12:39
Servir o Benfica
2 min
Quantos milhões vale a revisão estatutária do Sport Lisboa e Benfica?

Já decorreram mais de 10 anos desde a aprovação da última revisão dos estatutos do Sport Lisboa e Benfica. A atual redação serve os interesses do Clube? Entendemos que não e explicamos brevemente porquê.

Os estatutos não têm sido o elo de união entre todos os Benfiquistas, sócios e não sócios.

Têm permitido uma indesejável concentração de poder no Presidente da Direção e na, consequente, subalternização do Sport Lisboa e Benfica pela sua SAD, na qual o referido Presidente põe e dispõe, criando uma estrutura profissional que esvazia, abusivamente, competências que pertencem a outros órgãos do Clube.

Urge avocar poderes de controlo e definição estratégica para a Assembleia Geral do Clube, evitando desorientações conjunturais e perdas de oportunidade (o penta que poderia ter sido hepta) e impondo fidelidade aos reais interesses do Sport Lisboa e Benfica.

A blindagem de 2010, de autoria bem conhecida, trouxe-nos irresponsabilidade associativa e perpetuação de poder.

Desde logo porque as ações e omissões da Direção relativas à preparação do orçamento e relatórios de gestão deixaram de ter consequências.

Em contraponto, permite-se uma acumulação de mandatos contrária a boas práticas de governance e ausência de mecanismos de supervisão relativamente a operações financeiras de milhões de euros, na SAD, que acabam por não ser escrutinadas, como deviam, por um sócio maioritário vigilante.

A acumulação de notícias de mau governo, e deslumbramento de alguns dos seus profissionais, levam a uma descaraterização do sentido de pertença a um clube lutador e um enfraquecimento massa associativa do ainda maior clube português. É urgente reforçar a coesão entre sócios e aumentar o seu número, contrariando um decaimento recente.

Evolução que se agrava com a constatação de uma desproporcional repartição de votos entre os sócios votantes, encontrando-se o Clube capturado por um conjunto de votantes com 50 votos que elegem acriticamente - face aos desempenhos desportivos -  um perfil de líder a que se habituaram. O sufrágio eleitoral assente no processamento eletrónico de dados também não garante a transparência nem a segurança no apuramento dos resultados.

É, pois, a partir da Assembleia Geral órgão máximo do Clube que tem de ser rejuvenescida a crença na singularidade do Sport Lisboa e Benfica enquanto instituição que agrega cidadania e projeta uma imagem de sucesso, em Portugal e no Mundo.

Perante um diagnóstico desafiante e, infelizmente, realista, passamos a explicitar os motivos de uma necessária alteração estatutária:

- Quanto aos fins (artigo 3.º) é importante explicitar o que no Sport Lisboa e Benfica não é suficiente o fomento e a prática de futebol e outras modalidades, mas sim a promoção destas atividades visando a conquista de títulos e a glorificação do Clube; é o sentimentos generalizado da massa associativa e deve ser um compromisso dos seus órgãos sociais e um traço diferenciador perante outros;

- Quanto à aquisição de valores mobiliários (artigo 4.º, n.º 4) devem evitar-se erros recentes, provocados por falta de transparência, quanto aos fins, na tentativa de subscrição de participações sociais, pelo que além do parecer prévio do Conselho Fiscal deve subordinar-se a operação de aquisição de valores mobiliários a aprovação em Assembleia Geral, prerrogativa que o órgão já tem para a aquisição de valores imobiliários;

- Quanto aos equipamentos (artigo 6.º) deve ser inequívoco que o equipamento principal e o secundário se baseiam, respetivamente, no vermelho e branco e branco e vermelho, conforme previsão do regulamento do Clube; deixando as aventuras anuais de índole comercial para outras plataformas de entendimento entre a Direção e os patrocinadores;

- Quanto à diversidade associativa (artigos 11.º e 12.º) deve abandonar-se o conceito que qualifica um sócio correspondente (os que residam em localidade que diste mais de 50 kms da periferia de Lisboa) e garantir que este sócio pode ser eleito para os órgãos sociais e pode requerer a convocação de assembleias gerais extraordinárias, aproximando-o do estatuto de sócio efetivo;

- Quanto à longevidade no exercício de cargos sociais (artigo 42.º) deve estipular-se um limite máximo de 3 mandatos consecutivos, o que equivale a doze anos em funções, acompanhando um princípio de renovação de cargos eletivos com ampla aceitação na sociedade portuguesa;

- Quanto ao orçamento e relatório de gestão e contas do exercício (artigos 35.º e 36.º) a necessidade de aprovação dos documentos pela Assembleia geral deve ser associada à consequência de cessação, antecipada, do mandato da direção perante duas rejeições consecutivas, em datas diferentes;

Quanto ao número de votos atribuídos aos sócios (artigo 51.º) - O atual escalonamento na distribuição dos votos repercute-se, essencialmente, na existência de um voto qualitativo, que contraria, por excesso, o princípio de uma pessoa, um voto, presente em históricas reformas eleitorais democráticas; aceitando que a antiguidade associativa deve significar uma maior relevância na decisão, deve pugnar-se para que a desproporção entre 50 e 1 votos seja esbatida, o que nos leva à proposta de acumulação de um voto por cada 5 anos até ao limite de 15 votos, com a possibilidade, excecional, de atingir 20 votos a partir dos 75 anos de filiação ao Clube; esta reforma é um incentivo à participação associativa dos sócios mais recentes, contrariando um ciclo de redução de sócios inscritos que urge contrariar;

- Quanto à capacidade eleitoral passiva para a Presidência dos órgãos sociais (artigos 53.º, 61.º e 65.º - considera-se suficiente a titularidade de 25 anos ininterruptos de sócio e idade igual ou superior a 30 anos, afastando-se a atual solução que apenas permite a eleição para estes cargos a quem completar 43 anos de idade, pressupondo que com essa idade o candidato tem 25 anos de sócio efetivo;

- Quanto às reuniões e modo de funcionamento da Assembleia Geral (artigos 55.º e 56.º) deverá aditar-se uma reunião ordinária, anual, a realizar entre Janeiro e Fevereiro, para apreciar o desempenho intercalar do Clube no futebol e nas diferentes modalidades; quaisquer reuniões devem ser agendadas em dias não úteis, à tarde, para potenciar a participação do maior número de sócios, além de ser exigível a transmissão vídeo em tempo real para os sócios que se autentiquem em plataforma eletrónica;

-  Quanto ao modo de votação (artigo 57.º) nos atos eleitorais deverá ser adotado o voto em suporte de papel, exceto se o sistema de suporte ao voto eletrónico merecer garantia inequívoca da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) quanto à impossibilidade de identificar o sentido de voto do sócio votante;

- Quanto às garantias de pluralidade e igualdade de condições de candidatura (artigo 58.º) Deverão ter consagração estatutária um conjunto de garantias básicas que incutam democraticidade nos atos eleitorais do Sport Lisboa e Benfica; não pode ficar dependente de permissão de qualquer titular de órgão social a possibilidade de diferentes candidaturas, perante uma recandidatura, poderem utilizar os meios de comunicação do Clube para se dirigirem aos sócios, acederem a espaços do Clube para eventos de promoção e consultarem e participarem no processo de organização do ato eleitoral; seria saudável a constituição de uma comissão eleitoral que funcionasse com independência relativamente aos titulares de órgãos em funções e que fosse competente para a organização das eleições;

- Quanto às listas candidatas (artigo 58.º, n.º 2) preconizamos a possibilidade de se apresentarem listas separadas para cada órgão social, por se revelar este modelo mais propício à independência dos órgãos no exercício das suas funções e menos permeável a influências de fidelidades pessoais contrárias aos interesses reais do Clube;

Quanto às entidades coadjuvantes (artigo 68.º) impõe-se a valorização da condição de sócio através da instituição do seu Provedor, incumbido do esclarecimento de questões que lhe sejam apresentadas, encaminhamento e acompanhamento da resposta às mesmas, assim como desempenho da função de órgão promotor da defesa e reação legal a atos ofensivos que os lesem, especialmente em situações de perseguição por ódio clubístico, situação que, infelizmente, se tem vulgarizado nos últimos anos.

Quanto vale, em milhões, uma revisão estatutária com este alcance?

Não é mensurável; vale um Benfica autêntico, vale o que vale a ideia de Benfica para cada Benfiquista.

Lisboa, 11 de Setembro de 2020

Pelo Movimento Servir o Benfica, João Pinheiro, candidato à Presidência da Mesa da Assembleia Geral.

Grande texto!

:clap1: :bow2:

É isto.

Aproveitar as boas ideias de cada candidatura para fazer um Benfica melhor.

Guerrilhas entre candidaturas nunca levará a nada.

Este tipo de assuntos é que importa discutir, por gente lúcida e que ama o Benfica.
O resto, ou seja a  luta pela medalha de prata é apenas caricato.



rsd

Citação de: Tiago_GloriosoSLB em 11 de Setembro de 2020, 13:10
Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 12:53
Citação de: Dalone em 11 de Setembro de 2020, 12:47
RGS não sei que campanha anda a fazer, andar muito pelos artigos de jornal e redes sociais, isso não chega.... Mas o JNL anda a ouvir os sócios e as esclarecer as dúvidas,  a oferecer soluções, tal como o SoB em menor escala e dentro das suas possibilidades.

JNL e SoB juntos teremos um Benfica forte e acredito que será uma questão de tempo até isso se tornar realidade  :slb2:

Por acaso o JNL deixou a porta da fusão em aberto. Pessoal do movimento, qual é a posição da vossa lista quanto a isso? (não com o JNL em especifico, em geral)
Esta é a altura de apresentar e discutir os projectos de cada uma das listas. Em Outubro cada lista terá que fazer a análise devida e decidir o que é melhor para o Sport Lisboa e Benfica, e no fim do dia é só isso que interessa.

O movimento desde a 1 ª hora que tem demonstrado abertura para discutir o clube com todos, por isso existem pontes com todas as outras candidaturas e por nós já teria existido uma posição concertada mais vincada sobre o voto físico, infelizmente não foi possível.


Mas eu não estou a pedir que o Movimento diga que vai fazer uma fusão, com quem e em que dia.

Estou a perguntar se existe essa abertura. Por exemplo, o RGS penso que já demonstrou que da parte dele não existe.

Guardião Encarnado

Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 13:23
Citação de: Tiago_GloriosoSLB em 11 de Setembro de 2020, 13:10
Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 12:53
Citação de: Dalone em 11 de Setembro de 2020, 12:47
RGS não sei que campanha anda a fazer, andar muito pelos artigos de jornal e redes sociais, isso não chega.... Mas o JNL anda a ouvir os sócios e as esclarecer as dúvidas,  a oferecer soluções, tal como o SoB em menor escala e dentro das suas possibilidades.

JNL e SoB juntos teremos um Benfica forte e acredito que será uma questão de tempo até isso se tornar realidade  :slb2:

Por acaso o JNL deixou a porta da fusão em aberto. Pessoal do movimento, qual é a posição da vossa lista quanto a isso? (não com o JNL em especifico, em geral)
Esta é a altura de apresentar e discutir os projectos de cada uma das listas. Em Outubro cada lista terá que fazer a análise devida e decidir o que é melhor para o Sport Lisboa e Benfica, e no fim do dia é só isso que interessa.

O movimento desde a 1 ª hora que tem demonstrado abertura para discutir o clube com todos, por isso existem pontes com todas as outras candidaturas e por nós já teria existido uma posição concertada mais vincada sobre o voto físico, infelizmente não foi possível.


Mas eu não estou a pedir que o Movimento diga que vai fazer uma fusão, com quem e em que dia.

Estou a perguntar se existe essa abertura. Por exemplo, o RGS penso que já demonstrou que da parte dele não existe.

Como foi dito, existe abertura para tudo entre todos os candidatos da "oposição" desde que exista concordância de ideias chave.

É o que tenho dito ao longo das últimas páginas.

rsd

Citação de: Guardião Encarnado em 11 de Setembro de 2020, 13:27
Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 13:23
Citação de: Tiago_GloriosoSLB em 11 de Setembro de 2020, 13:10
Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 12:53
Citação de: Dalone em 11 de Setembro de 2020, 12:47
RGS não sei que campanha anda a fazer, andar muito pelos artigos de jornal e redes sociais, isso não chega.... Mas o JNL anda a ouvir os sócios e as esclarecer as dúvidas,  a oferecer soluções, tal como o SoB em menor escala e dentro das suas possibilidades.

JNL e SoB juntos teremos um Benfica forte e acredito que será uma questão de tempo até isso se tornar realidade  :slb2:

Por acaso o JNL deixou a porta da fusão em aberto. Pessoal do movimento, qual é a posição da vossa lista quanto a isso? (não com o JNL em especifico, em geral)
Esta é a altura de apresentar e discutir os projectos de cada uma das listas. Em Outubro cada lista terá que fazer a análise devida e decidir o que é melhor para o Sport Lisboa e Benfica, e no fim do dia é só isso que interessa.

O movimento desde a 1 ª hora que tem demonstrado abertura para discutir o clube com todos, por isso existem pontes com todas as outras candidaturas e por nós já teria existido uma posição concertada mais vincada sobre o voto físico, infelizmente não foi possível.


Mas eu não estou a pedir que o Movimento diga que vai fazer uma fusão, com quem e em que dia.

Estou a perguntar se existe essa abertura. Por exemplo, o RGS penso que já demonstrou que da parte dele não existe.

Como foi dito, existe abertura para tudo entre todos os candidatos da "oposição" desde que exista concordância de ideias chave.

É o que tenho dito ao longo das últimas páginas.

Obrigado. Boas notícias, na minha opinião  O0

Guardião Encarnado

Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 13:28
Citação de: Guardião Encarnado em 11 de Setembro de 2020, 13:27
Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 13:23
Citação de: Tiago_GloriosoSLB em 11 de Setembro de 2020, 13:10
Citação de: rsd em 11 de Setembro de 2020, 12:53
Citação de: Dalone em 11 de Setembro de 2020, 12:47
RGS não sei que campanha anda a fazer, andar muito pelos artigos de jornal e redes sociais, isso não chega.... Mas o JNL anda a ouvir os sócios e as esclarecer as dúvidas,  a oferecer soluções, tal como o SoB em menor escala e dentro das suas possibilidades.

JNL e SoB juntos teremos um Benfica forte e acredito que será uma questão de tempo até isso se tornar realidade  :slb2:

Por acaso o JNL deixou a porta da fusão em aberto. Pessoal do movimento, qual é a posição da vossa lista quanto a isso? (não com o JNL em especifico, em geral)
Esta é a altura de apresentar e discutir os projectos de cada uma das listas. Em Outubro cada lista terá que fazer a análise devida e decidir o que é melhor para o Sport Lisboa e Benfica, e no fim do dia é só isso que interessa.

O movimento desde a 1 ª hora que tem demonstrado abertura para discutir o clube com todos, por isso existem pontes com todas as outras candidaturas e por nós já teria existido uma posição concertada mais vincada sobre o voto físico, infelizmente não foi possível.


Mas eu não estou a pedir que o Movimento diga que vai fazer uma fusão, com quem e em que dia.

Estou a perguntar se existe essa abertura. Por exemplo, o RGS penso que já demonstrou que da parte dele não existe.

Como foi dito, existe abertura para tudo entre todos os candidatos da "oposição" desde que exista concordância de ideias chave.

É o que tenho dito ao longo das últimas páginas.

Obrigado. Boas notícias, na minha opinião  O0

Mas isso diz o Movimento desde o início.