Judo

[Chico_odv]

https://www.rtp.pt/noticias/desporto/yahima-ramirez-presidente-da-federacao-de-judo-tera-tirado-atleta-do-projeto-olimpico_v1441735

[RPicareta]

GRAND SLAM ABU DHABI 2022 - como foi

A selecção nacional apresentava-se aqui para recuperar pontos perdidos. Com o aliciante de ver como Telma Monteiro e Patrícia Sampaio se encontravam no seu processo de recuperação de lesões.

Rodrigo Lopes começou frente a Henrique Silva, um júnior Brasileiro, e a maturidade foi decisiva para ultrapassar esta luta. Pontuou cedo e soube defender a vantagem, que nesta fase era o mais importante. Devido ao baixo número de atletas a vitória garantia a passagem aos oitavos de final e à garantia de pelo menos 160 pontos.
No segundo combate enfrentou, como esperado, o líder do ranking mundial Yang Yung Wei, de Taiwan. Fez um combate bom, mas aproveitou um momento de confiança para atacar mas sem grande convicção. O adversário agradeceu e continuou até à final, reforçando assim a sua posição de líder do ranking. Já o Rodrigo, soma 160 pontos, mas isso apenas atenua a perda dos 250 pontos que ainda tinha do Bronze em Budapeste faz hoje dois anos exactos. Salvo algum erro de cálculo meu, deverá cair 5 posições no ranking, para 35º.

Anri Egutidze, em -90, tinha um sorteio com mais espaço para sonhar, mas Jamal Petgrave, veio muito melhor preparado. Mais do que o foco, que me pareceu que teve, foram aspectos mais técnicos que deixaram Anri pelo caminho. Nunca soube lidar nem com a velocidade nem com o kumikata do adversário, dando a sensação de ter ido para o combate sem um plano. Sai ao primeiro combate porque o adversário estava melhor preparado, e os 10 pontos acumulados podem-lhe valer uma queda de 3 posições no ranking.

Em -57 a cabeça de cartaz da prova e campeã em título, Telma Monteiro, não foi capaz de ultrapassar a atleta chinesa Qi Cai. Mais do que a questão mental, pesou muito a questão física. Sabemos que a Telma está a recuperar de uma lesão e que essa recuperação pode não estar a decorrer da forma que idealizaria. Mas viram-se aqui laivos do que têm sido os últimos tempos da Telma, e será de esperar que haverá um deslizar de volta ao pré-covid. Para já os 10 pontos de participação deverão tirá-la do top-10.

Em -63 Bárbara Timo, segue a sua senda de atleta portuguesa feminina que mais medalhas em provas de Grand Slam para cima tem papado desde 2019. Fez uma prova em que puxou dos galões de medalhada no Mundial e apenas Lucy Renshall, que deverá ascender a líder do ranking, a conseguiu parar. Soma bons combates e será interessante de ver se consegue arrastar o bom momento até Baku, quase um mês depois do Mundial. Os 700 pontos amealhados devem torná-la a atleta do top-20 com a maior subida.

Para terminar, em +78 Rochele Nunes continuou a demonstrar os bons sinais que tem dado desde a lesão grave que lhe robou metade do ano. Chegou às meias finais, mas defrontou não Lea Fontaine, mas Sophio Somkhishvili, a atleta Georgiana que colocou a nu as limitações da gigante gaulesa. Apesar de eu achar que houve algum proteccionismo arbitral à Georgiana, a verdade é que no último segundo, e com visível cansaço de parte a parte, soube aproveitar para pontuar e deixar a Rochele sem outro remédio que não o de lutar pelo Bronze. No combate do Bronze, Rochele revelou muita calma frente a uma adversário muito, muito forte! Aproveitou bem uma abertura da adversária e arremessou-a ao tapete sem apelo nem agravo para trazer mais uma saborosa bolacha de bronze, que de caminho a deve fazer subir duas posições no ranking.


Em -48, Catarina Costa acabou em 5º, parada pela favorita Julia Figueroa nas meias-finais, e incapaz de ultrapassar a atleta Chinesa, Guo Zongying no combate pelo bronze.

Em -52 Joana Diogo foi incapaz de ultrapassar Yasmin Lima, que chegaria ao 5º lugar, perdendo o bronze par Giufrida. Fiquei com a sensação clara que Joana chega tarde ao circuito e que poderia aspirar a mais com mais rodagem competitiva. Não foi um mau combate, mas a Brasileira estava melhor equipada.

Em -78 Patrícia Sampaio regressou após mais uma lesão. As atletas italiana, como previsto, apresentou-se muito fortes e bem preparadas e foi impossível de ultrapassar. Sai com 160 pontos e sem lesões. Importante para encarar a qualificação que tem pela frente.


Com esta prova, o quadro de medalhas em Grand Slams ou provas de dificuldade superior,
desde Janeiro de 2019 (quando Rochelle e Bárbara chegaram) fica assim:

Bárbara Timo    7 (1 ouro, 2 prata, 4 bronze)
Jorge Fonseca    6 (3 ouro, 1 prata, 2 bronze)
Rochele Nunes    6 (2 prata, 4 bronze)
Catarina Costa    5 (1 ouro, 4 bronze)
Anri Egutidze    3 (3 bronze)
Telma Monteiro    2 (1 ouro, 1 bronze)
Patrícia Sampaio 1 (1 bronze)
Joana Ramos    1 (1 bronze)
Rodrigo Lopes    1 (1 bronze)

Se convertermos em pontos, com os mesmo critérios do ranking:
Jorge Fonseca   7300
Bárbara Timo   5600
Rochele Nunes   3400
Catarina Costa   3000
Anri Egutidze   2000
Telma Monteiro   1900
Patrícia Sampaio 500
Joana Ramos    500
Rodrigo Lopes    500

[RPicareta]

https://www.rtp.pt/noticias/desporto/yahima-ramirez-presidente-da-federacao-de-judo-tera-tirado-atleta-do-projeto-olimpico_v1441735

Falta aqui um dado, que o COP terá de esclarecer, e que se relaciona com o prolongamento até 2021 dos contratos de um projecto que era para ser até 2020.

Falando pelo que se via no tapete, eu sempre me questionei é como é que ela sequer integrou o projecto Tóquio! A Joana Ramos, que andou a tapar vagas para miúdas mais novas rodarem, também andava em 5os e 7os lugares, mas ao menos era no circuito IJF, não no circuito de Opens...

[Chico_odv]

https://www.rtp.pt/noticias/desporto/yahima-ramirez-presidente-da-federacao-de-judo-tera-tirado-atleta-do-projeto-olimpico_v1441735

Falta aqui um dado, que o COP terá de esclarecer, e que se relaciona com o prolongamento até 2021 dos contratos de um projecto que era para ser até 2020.

Falando pelo que se via no tapete, eu sempre me questionei é como é que ela sequer integrou o projecto Tóquio! A Joana Ramos, que andou a tapar vagas para miúdas mais novas rodarem, também andava em 5os e 7os lugares, mas ao menos era no circuito IJF, não no circuito de Opens...

Estás muito bem "informado"... trabalhas na FPJ?

[RPicareta]

Estás muito bem "informado"... trabalhas na FPJ?

O meu problema é o contrário, é falta de informação, porque não sei como foi abordado o prolongamento dos contratos que inicialmente tinham sido assinados até 2020. Quando os Jogos de 2020 ocorreram, já era suposto estar em vigor o programa de preparação para 2024, só que o Covid mudou tudo.

Quando se fala de participar a expensas próprias, de acordo com as regras da IJF para o Covid, estamos a falar de pelo menos 3 testes PCR em menos de 14 dias, e isolamento nos 3 dias antes da provas em hotel determinado pela organização, tudo a expensas do contingente ou do atleta. Numa situação em que os fundos fossem escassos, e fosse preciso limitar a preparação a quem iria de facto aos Jogos, não fazia sentido nenhum que sendo a Patrícia Sampaio a escolhida, se tivesse de dispender verba com a Yahima.

Mas, como na questão da verba para a preparação da Telma, compete à FPJ demonstrar o que se passou.

[Chico_odv]

Rochele Nunes dedica medalha a Ana Hormigo e à Telma Monteiro.

[Jack Gonçalves]

https://www.rtp.pt/noticias/desporto/yahima-ramirez-presidente-da-federacao-de-judo-tera-tirado-atleta-do-projeto-olimpico_v1441735

Falta aqui um dado, que o COP terá de esclarecer, e que se relaciona com o prolongamento até 2021 dos contratos de um projecto que era para ser até 2020.

Falando pelo que se via no tapete, eu sempre me questionei é como é que ela sequer integrou o projecto Tóquio! A Joana Ramos, que andou a tapar vagas para miúdas mais novas rodarem, também andava em 5os e 7os lugares, mas ao menos era no circuito IJF, não no circuito de Opens...

A Joana foi 5a num mundial antes dos jogos por isso tinha os meios para ir às competições.
Mas falta enviar os mais novos a competições fortes... consigo pensar nalguns exemplos...


A Timo não vai a Baku.

[RPicareta]

A Joana foi 5a num mundial antes dos jogos por isso tinha os meios para ir às competições, mas a questão ali não era a Joana, mas a Yahima.
Mas falta enviar os mais novos a competições fortes... consigo pensar nalguns exemplos...


A Timo não vai a Baku.

O 5º lugar da Joana foi o outlier da campanha para os Jogos. O único argumento para ela andar lá é que Portugal não tinha mais ninguém na categoria (a Joana Diogo e a Siderot na altura faziam -48 e a Wilsa Gomes -57). No fim faltou-nos um masculino de "-73" para ter a equipa completa e ficamos a pensar porque é que o Oleinic andou 2 anos no projecto antes de se reformar, arruinando assim a carreira do João Crisóstomo.

Sobre mais novos nas competições concordo inteiramente. Seja para somarem pontos de participação seja para somarem experiência e aferir-se melhor o que se deve treinar. E eu consigo pensar em muitos exemplos!

Obrigado pela correcção sobre a Bárbara. 

[Chico_odv]

https://www.abola.pt/nnh/2022-10-24/judo-ipdj-anuncia-auditoria-extraordinaria-a-federacao/961858

[Thorondor]

Vai IPDJ, fode essa cabrona!!!

[baar99]

https://www.abola.pt/nnh/2022-10-24/judo-ipdj-anuncia-auditoria-extraordinaria-a-federacao/961858

O peso que a Telma tem e que obriga a existir uma coisa dessas.

O Secretário de estado podia era fazer isso a todas. Ia encontrar muitas surpresas negativas e algumas positivas.

[RPicareta]

Primeiro ranking de qualificação Olímpica.

[Croissant]

Se a auditoria cruzar dados a direção cai fácil.

[RPicareta]

GRAND SLAM BAKU 2022

Antevisão

Rodrigo Lopes
Tem revelado uma maturidade nas últimas provas que permite encarar com alguma esperança o duelo inicial com o jovem Azeri Rovshan Aliev, que está não só no seu caminho, como à sua frente no ranking mundial. Se ultrapassar este adversário terá à sua frente o favorito Espanhol, Francisco Garrigos. Previsão: com algum optimismo, 160 pontos.

Anri Egutidze
Defronta no primeiro combate um adversário Alemão que em teoria estará ao seu alcance. Não se deve no entanto deslumbrar com a diferença no ranking, algo que é fácil de acontecer. Os Germânicos apresentam-se nestas competições normalmente muito bem preparados. Passando este adversário, será previsível que defronte o fortíssimo Italiano Cristian Parlati. Não se espera que ultrapasse esta fase e se o fizer será um bom dia, independentemente do resultado. Previsão: 160 pontos.

Jorge Fonseca
Tem aqui a primeira oportunidade de limpar a má imagem que deixou no Mundial, se estiver ao seu melhor nível terá todas as condições de chegar à final e recuperar a liderança do ranking mundial. Previsão: 1000 pontos

Catarina Costa
Entra directamente nos oitavos de final, mas precisará de pelo menos uma vitória para que a viagem cimente a sua posição no ranking. Entra como cabeça de série e em teoria terá aqui uma boa oportunidade de igualar os embates directos com Marusa Stangar. Se ultrapassar esse primeiro combate, estará encaminhada para mais uma saca de pontos a fazer esquecer o Mundial, e quiçá uma medalha. Previsão: 500 pontos.

Telma Monteiro
Apesar de ter caído para fora do top-10, aparece como segunda cabeça de série. Isso dá logo a entender que o nível das adversárias deve-lhe ser mais acessível, apesar de Christa Deguchi impôr sempre respeito, e portanto tudo dependerá essencialmente da sua condição física. Se o progresso tiver sido substancial desde Abu Dhabi, será de esperar uma medalha. Consegue evitar as adversárias mais complicadas (Nora Gjakova e Christa Deguchi) antes da final, mas a possibilidade de defrontar Ilieva, ainda no grupo, ou Mina Libeer nas meias, são verdadeiras aferições do que pode ambicionar. Previsão: 360 pontos.

Patrícia Sampaio
Emma Reid para começar o dia não será o melhor combate que poderia desejar. Deu bons sinais em Abu Dhabi e se ultrapassar esta adversária, da ascendente escola britânica, terá aberta a via para lutar por medalhas. Previsão: 10 pontos

Rochele Nunes
Permito-me sonhar com a final onde se vingará de Sophio Somkhishvili. Previsão: 700 pontos.

[Jayson Tatum]

Vamos ter a Telma na final em Baku!