(http://www.abload.de/img/cndidodeoliveiraaqutc.jpg)
Nome Completo: CÂNDIDO Fernandes Plácido DE OLIVEIRA
Posição: Médio Centro
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 25-09-1886
Data de Falecimento: 23-06-1958
Número da Camisola: ?
Pé Preferido: Direito
Épocas ao serviço do Benfica: 6
Total de Jogos pelo Benfica: 32
Total de Golos pelo Benfica: 5*
Títulos pelo Benfica:
4 Campeonatos de Lisboa (1915/1916; 1916/1917; 1917/1918; 1919/1920)
1914/1915
Jogos: 8
Golos: 3
1915/1916
Jogos: 5
Golos: 0
1916/1917
Jogos: 5
Golos: ?*
1917/1918
Jogos: 3
Golos: 0
1918/1919
Jogos: 4
Golos: 1
1919/1920
Jogos: 7
Golos: 1*Possivel falta de alguns golos, pois em certas épocas não é possivel identificar com certeza alguns marcadores de golos nos inicios do século XX.
Gostaria de realçar que mestre Cândido de Oliveira foi o priemiro capitão da selecção nacional portuguesa em 1921. Jogador que simbolizava o expirito revolucionário do Benfica foi preso político tendo estavo sob cativeiro no Tarrafal entre 1942 e 44. Em 1945, juntamente com outro ex-benfiquista, António Ribeiro dos Reis, fundou o jornal A Bola, com o qual colaboraria até à sua morte.
Foi o seleccionador nacional na célebre campanha da equipa de todos nós nos jogos olímpicos de Amesterdão em 1928.
Citação de: pcssousa em 01 de Fevereiro de 2011, 17:45
Jogador que simbolizava o expirito revolucionário do Benfica foi preso político tendo estavo sob cativeiro no Tarrafal entre 1942 e 44. Em 1945, juntamente com outro ex-benfiquista, António Ribeiro dos Reis, fundou o jornal A Bola, com o qual colaboraria até à sua morte.
Então e o clube do regime?! :confused:
Um simbolo do nosso desporto.
Citação de: Covenant em 01 de Fevereiro de 2011, 17:55
Um simbolo do nosso desporto.
Um dos maiores Portugueses do século XX!
(http://img.photobucket.com/albums/v209/nettwerk/benfica/coliveira.jpg)
Fonte: "Equipamentos com História - Volume II", editado pelo jornal "A Bola".
Julgo que chegou a ser presidente da Assembleia Geral do Benfica.
Começou a jogar na primeira equipa com apenas 17 anos. Notável. Uma lenda do Benfiquismo.
Como treinador do... Sporting.
(http://img.photobucket.com/albums/v209/nettwerk/football/coliveira.jpg)
Fonte: revista "A Bola - 60º Aniversário"
E pronto, chega disto.
Citação de: Saïd Old Roof em 08 de Abril de 2012, 23:38
E pronto, chega disto.
Oi? Então? Não vais upar mais nada? :cry2:
(http://4.bp.blogspot.com/-B6ZFHOB0ZOU/T_Eza_PR4CI/AAAAAAAACME/ggpgslzJbyU/s1600/HslbI+319.jpg)
O Meu avo foi treinado por ele quando esteve na académica. :metal:
Faleceu na Suécia enquanto fazia a cobertura do Mundial que daria a conhecer ao Mundo um dos maiores de sempre do futebol, um menino de seu nome Edson Arantes do Nascimento...
Pelé :bow2:
Grande Senhor do futebol português, e um dos nossos pioneiros.
Uma vénia a Cândido de Oliveira!
Um grande jogador e grande homem do nosso desporto.
Saiu para cumprir um sonho de fundar um clube na sua instituição mais querida: a Casa Pia.
Um homem notável, pensador, treinador. Treinou o Sporting de forma nobre mesmo contra o seu Benfica. Fundador do Jornal "A Bola".
Faleceu durante a cobertura do Mundial de 1958.
Paz à sua alma e honra à sua memória.
Enorme :) Que contribuição para o desporto português.
Deve andar às voltas no túmulo por ver A Bola como está...
Enorme :)
Grande Mestre!
http://www.youtube.com/watch?v=fZL3ZES9BTI
(http://www.portugalferroviario.net/ohnoffris/slb/recortes/580624-coliveira.png)
Fonte: "Diário de Lisboa" de 24 de Junho de 1958.
Paz à sua alma.
Pena que nunca tenha sido treinador do Benfica. Presumo que tenha sido fruto das circunstâncias. Apesar de ter saído para fundar o Casa Pia Atlético Clube, presumo que foi sempre Benfiquista. Tempos de ouro em que Cosme Damião treinou Candido de Oliveira e Ribeiro dos Reis. Todos chegaram à honra máxima do lugar de capitão da equipa de honra. Apenas Cândido de Oliveira nunca foi treinador.
Reparo agora que nunca deixei nenhuma mensagem neste tópico. Hora de corrigir.
Cândido de Oliveira é seguramente uma das personagens do século XX português que mais me impressiona. Homem de grande, grande dimensão.
Numa altura em que Mestre Cândido tem sido recordado e em que o excelente blog de referência "em defesa do Benfica" abordou este tema, queria dedicar-lhe também meia dúzia de palavras, para que o Universo Benfiquista tenha uma melhor noção de quem foi este nosso antigo jogador.
Corria o ano de 1942, em Janeiro a selecção nacional portuguesa, orientada por Cândido de Oliveira, vence a neutral Suiça por 3-0, antes de entrar num interregno forçado pela Grande Guerra.
No Pacífico, a ofensiva japonesa em Pearl Habor empurra os americanos para a Guerra. Na Europa, os ingleses bombardeiam impiedosamente Lubek e Colónia e os combates em Estalinegrado e Sul de França são sangrentos.
Em Portugal, o marechal Carmona é reeleito presidente da República, enquanto os aliados impõem um severo bloqueio económico por o Governo de Salazar manter relações políticas, económicas e diplomáticas com as principais potências fascistas.
É tempo dos racionamentos, dos aumentos de preços, da escassez de bens essenciais, da mobilização massiva das forças policiais. Um surto grevista assola o país e a ditadura aperta as tenazes em redor de toda e qualquer ideia considerada subversiva que fermente no país, considerando muitos cidadãos como "agitadores profissionais a soldo de Moscovo".
Cândido Fernandes Plácido de Oliveira, a quem os amigos alcunhavam de Chumbaca, graças à sua estampa física corpulenta e atarracada, o primeiro capitão da selecção nacional portuguesa de futebol e seleccionador nacional em exercício, o homem responsável pela introdução do WM na selecção, era um indefectível apoiante dos movimentos de insurreição que se espalhavam pelo país. Democrata convicto, toma posições públicas contra os regimes de Hitler, Mussolini e Franco e não perdoa a Salazar a sua colagem a tais ideais fascistas. A sua coragem intelectual só tem paralelo na sua coragem física.
Inúmeras vezes foi preso pela infame PVDE, que originaria a PIDE. É brutalmente torturado e espancado, partem-lhe todos os dentes e é enviado no Verão desse mesmo ano de 1942 para a Colónia Penal do Tarrafal.
Situado na zona pantanosa da ilha de Santiago em Cabo Verde, o campo do Tarrafal não tinha água potável, comunicações com outra parte da ilha e era o local de mais intenso paludismo de Cabo Verde. Grande parte dos deportados faleceram vítimas da doença e os que regressaram vieram subjugados pela sua variante crónica. Ali se encontrou Mestre Cândido com outras grandes figuras, como Bento Gonçalves, Edmundo Pedro ou Júlio Fogaça. Por lá escreveu o livro "Tarrafal - O Pântano da Morte" que, obviamente só seria publicado depois do 25 de Abril de 74. Nele se pode ler:
"Dentro do Campo não se vive! Aguarda-se a morte! É uma morte lenta mas certa. Apenas uma questão de tempo... (...) procure-se conhecer todos os casos, enfim, de doença ou carência operados pelo pântano do Tarrafal e pelo duro regime prisional, e só então poderemos avaliar em toda a grandeza a obra do Governo do dr. Salazar como meio de exterminar o antifascismo em Portugal!".
18 duros meses passou Mestre Cândido no campo de concentração. Voltaria, cofundaria, junto com o camarada e também Benfiquista, Ribeiro dos Reis, o jornal "A Bola", considerada a Bíblia, lida mesmo por aqueles que não gostavam de desporto tal a riqueza da sua escrita.
Faleceria em 1958, enquanto acompanhava para o jornal o Mundial de Futebol onde se consagraria a selecção brasileira na qual pontificavam jogadores que tinham sido por si orientados no Flamengo. Didi, "o folha seca" foi eleito o melhor jogador da prova. Pelé, um miúdo de 17 anos passou a ser apontado por todos como o futuro melhor de sempre. Mestre Cândido já não estava entre nós para o presenciar.
Mais que um desportista, um homem do futebol, da cultura, um capitão do SL Benfica, Cândido de Oliveira foi um herói de Portugal. Benfiquista até morrer, angustiou por nunca ter treinado o seu Benfica, ele que foi "vítima" da máxima do amigo Ribeiro dos Reis de "quem sai por vontade própria do Benfica não deve voltar por vontade do Benfica". Foi um dos que acompanhou o fundador Cosme Damião até ao seu fim.
Paz à sua alma.
Artur José Pereira, António Ribeiro dos Reis e Cândido de Oliveira.
Três gigantes do nosso futebol.
(http://i59.tinypic.com/1rulue.png)
Um Benfiquista de sempre (ARR) e dois ex-Benfiquistas (AJP e CO).
Texto de Rui Miguel Martins para o portal Portugoal.
Citação
(http://www.portugoal.net/images/Book-Corner/Candido-de-Oliveira.jpg)
Most people recognise the name Cândido de Oliveira from the Super Cup match that marks the beginning of the season in Portugal, but who exactly is the man who lends his name to the trophy?
To put it simply, no other person has had a more significant impact on the evolution of football in the country.
Born at the tail end of the 19th century, Oliveira's legacy can still be felt throughout the Portuguese game today. PortuGOAL profiles the remarkable achievements of a man ahead of his time.
Early life and career
Cândido de Oliveira was born in a small town in Alentejo region named Fronteira on 24 September, 1896. He lost both his parents at a young age and was placed in Casa Pia, a network of schools for disadvantaged children. The experience would help shape his life and career.
It was at Casa Pia where he got his football education, playing for the school in local competitions. In 1914, he joined Benfica. As a player, Oliveira was an unremarkable midfielder but still managed to put together an impressive career.
"He was fundamentally a captain. He was widely respected, read the game well and had a tendency to resist authority," Ricardo Serrado writes in História do Futebol Português.
He captained Benfica in the late 1910s, before cutting ties with the club reportedly over their refusal to allow him to take on some coaching duties. In 1920, he returned to his roots by co-founding Casa Pia Atlético Clube with several former Benfica players.
In their first season, the club won the Lisbon Regional Championship, which was the most competitive league in the country at the time, with an undefeated record. In 1921, Portugal played Spain in their first international match, a 3-1 loss. He was the natural choice to captain the team.
Retirement and transition to coaching
After he hung up his boots in 1925, Oliveira took a job as an employee of Portugal's national mail delivery service. He had previously completed courses in commerce and telegraphs while at Casa Pia. He also worked as a referee.
But it was obvious that he was destined for a career in coaching. He was part of Portugal's coaching staff throughout the 1920s and was appointed manager for the first time in 1926. The Seleção would soon enjoy a series of positive results.
In 1928, the country participated in its first international competition at the Olympic Games in Amsterdam. The team impressed, beating Chile and Yugoslavia in style, before a shock defeat to Egypt. He stepped down the following year before returning in 1935.
In the same year, he travelled to England to attend a coaching course organized by the FA and even spent time working as an intern at Arsenal. He soon introduced a training schedule for his players, which for the first time this was done in Portugal.
It seemed to work as Portugal underwent an improvement in their results, which included beating historical rivals Spain for the first time.
Portugal narrowly missed out on qualifying for the 1938 World Cup after losing out to Switzerland in a playoff. He left the post again in 1945, before returning briefly in 1952. In 31 official matches for Portugal, he recorded eight victories, nine draws, and 14 defeats.
Tactical evolution
He was also the first to introduce the WM formation in Portugal with Belenenses in 1937/38, with great success. Michael Cox writes in A Journey through Portuguese Football:
Oliveira's 1936 book, Football, Técnica e Tática, was a thorough deconstruction of the WM formation. It was widely read amongst Portuguese coaches, which had obvious practical benefits – but the more subtle impact of Oliveira's studious approach to the game was to prompt a particularly methodical way of thinking about the game. "As with artistic or musical genius, the skill in football does not develop without careful and rational learning, and intense, persistent practice," he wrote in the aforementioned book. Coaches were inspired, while journalists were encouraged to educate, as well as entertain, their readers.
At club level, Oliveira had his best years with Sporting CP winning league titles in 1947/48 and 1948/49. He also had spells at FC Porto, Académica and Brazilian club Flamengo.
Prisoner at Tarrafal
Oliveira was a man of strong convictions and personal integrity. During World War Two, he was recruited by a special force connected to the British Spy Service named Shell. Their task was to organise a resistance in case of a German invasion of Portugal.
When the authorities got wind of this in 1942, he was arrested and sent to the infamous prison camp at Tarrafal in Cape Verde, where he would be tortured on several occasions. He was eventually released in 1944 when Portugal's relationship with the Allies improved.
He wrote a book about his experiences at the camp named Tarrafal, o Pântano da Morte (Tarrafal, the Death Swamp) which was published posthumously in 1974.
Oliveira was allowed to return to the national team. He was on the touchline in March 1945 when Portugal and Spain played to a 2-2 draw in the inaugural match at the Estádio Nacional, one of the flagship projects of António Salazar's dictatorship.
But Oliveira remained an outspoken opponent of the Estado Novo regime for the rest of his life. It is possible that he participated in a failed coup attempt known as the Movimento da Mealhada in October 1946. His relationship with the British likely kept him from being imprisoned again.
Death of a journalist
Oliveira developed a solid reputation writing articles for several newspapers in the 1930s and early 1940s. He worked as a correspondent at the 1938, 1950 and 1958 World Cups. In 1945, he co-founded A Bola, still one of the most popular sports dailies in Portugal. And he was also the author of several books about the game.
He was never afraid to share his opinion and at times openly criticized the political regime for what he saw as their meddling in football. Among his grievances was the government's control over transfers, a lack of labour rights for the players and a law that prohibited clubs signing players under the age of 18.
And he had no illusions about Portugal and where it stood in the context of football at the time. He was a vocal supporter of professionalism, arguing that it would help improve the quality of the Portuguese game. In 1957, he began a campaign to introduce a requirement for coaching licences, which was becoming increasingly common in football. The ministry of education agreed to begin classes the following year.
In 1958, while covering the World Cup in Sweden for A Bola, he was treated for lung inflammation at a hospital in Stockholm after complaining of pain. Defying doctor's orders, he returned to work. Not even his poor health could keep him away from the sport he loved.
Unfortunately, his condition worsened and he was re-admitted. Oliveira died of pneumonia a few days later at the age of 61. The Portuguese state honoured his memory in 1995 by awarding him the Ordem do Mérito (Order of Merit) for his contribution to sport and society. Few have been so deserving.
http://www.portugoal.net/classics-topmenu/550-candido-de-oliveira-portugal-s-football-pioneer
Um grande homem, grande anti-fascista, grande ser humano, sabia que era casapiano mas não tinha certezas absolutas ou pelo menos não me lembrava que o seu clube de coração era o Benfica!!!Fico feliz com isso. Descansa em paz Cândido!!!
(http://www.portugalferroviario.net/ohnoffris/slb/recortes/501016-coliveira.png)