Vata

Avançado, 63 anos,
Angola
Equipa Principal: 3 épocas (1988-1991), 80 jogos (4807 minutos), 39 golos

Títulos: Campeonato Nacional (2), Supertaça (1)

Geovanni95

Faz hoje 26 anos que marcou aquele golo ao Marselha.  :slb2:

Semper Fidelis

Citação de: Geovanni95 em 18 de Abril de 2016, 19:49
Faz hoje 26 anos que marcou aquele golo ao Marselha.  :slb2:

foi há 26 anos...na sala estava eu e o meu irmão...eu supersticioso como sempre estava com um anel que achava ser da sorte colocado no dedo mas nada...canto...passa-me um vipe pela tola e digo ao meu irmão: "toma! põe tu no teu dedo! é agora!" e vai daí o Vata esticou a cabeça...dos dedos da mão :D

https://www.youtube.com/watch?v=R3WP_YilYPY

Çula

Fui parar ao Benfica, em 1988, porque no fim da época joguei contra eles pelo Varzim, no Estádio Nacional, e empatámos a dois. Marquei dois golos logo no início e foi isso que fez com que me contratassem. Quando cheguei fomos fazer uma tournée na América. Era o Magnusson, Ricky, César Brito, eu era o último avançado. O mais engraçado é que fizemos o primeiro jogo, perdemos e eu estava de fato de treino, nem contaram comigo para jogar.

Depois, contra uma equipa da Colômbia, o Ricky estava lesionado, acho que já estávamos a perder 2-0, e o Jesualdo virou-se, olhou para mim e perguntou:

– Qual é a tua posição?
– Jogo à frente.
– Jogas à frente? Estava à procura de avançados, onde é que tu estavas?
– Ó Mister, eu estava aqui sentado com vocês.
Pede-me para entrar e ver se conseguia fazer qualquer coisa. Respondi que ia fazer aquilo que pudesse. Mal entrei, a primeira bola que chutei bateu na barra. Quando o jogo acabou, o Jesualdo diz:
– Estava à procura de avançados que marcassem golos e tu estavas aí sentado e não dizias nada?
– Mister, então o jogador é que vai dizer ao treinador se o pode pôr a jogar?
– Não, é que só jogaste quinze minutos, chutaste à barra, deste um golo a marcar ao Magnusson. Acho que se tens jogado logo de início não perdíamos.

Eu disse-lhe "olhe, estou aqui para trabalhar, quando quiser pode meter-me a jogar". Na altura estavam à procura de um avançado para jogar ao lado do Magnusson e ninguém olhava para mim como a pessoa ideal para jogar com ele. Tinha vindo de uma equipa pequena e a minha história não era tão grande como a do resto dos jogadores que encontrei no plantel.

Quando voltámos a Portugal já comecei a sentir a confiança do grupo. Começou aquilo de eu entrar e, com a equipa que o Benfica tinha, era mais fácil entrar e marcar. Já ia com 12 ou 13 golos e o Toni diz-me que se houvesse um livre eu tinha de chutar, se fosse penalty, tinha de marcar. Respondi que não precisava disso, livres e penalties quem marcava melhor era o Valdo. E fui na mesma o melhor marcador do campeonato. Saí do Benfica sem marcar de bola parada.

Depois, quando o Eriksson chegou, lembro-me que estava lesionado, não dava mesmo para jogar. Ele liga-me para casa e convoca-me. Cheguei lá e perguntei "Mas porquê? Eu não posso jogar". Ele respondeu que se eu estivesse ali sentado no banco com ele, sabia que ia ganhar o jogo. Respondi "o que o Mister pensa eu não vou discutir". E ia, fui duas ou três vezes. Uma delas foi com o Marítimo, a equipa já tinha ido e eu tive de apanhar outro avião à noite para o Funchal. Estava muito mau tempo, mas ganhámos 2-1.

Aconteceram-me muitas coisas boas no Benfica. Foi muito, muito positivo, só tive alegrias.

Bakero

Não estou bem a ver que jogo com o Marítimo o Vata se está a referir  :huh:

Com o Eriksson, em 89/90 empatámos 1-1, em 90/91 ganhámos 2-0 e em 91/92 foi 4-0. Em nenhum desses jogos estava mau tempo...

Mas pronto, de qualquer maneira Vata foi o Mantorras original com essas entradas como substituto e a marcar golos decisivos  :). E claro "a mão de Vata" será sempre imortal, por mais que os anos passem...

Darkboy

"Estou na história do futebol com Maradona, Henry e Messi"

Vata ficou famoso pelo golo com a mão ao Marselha e com a mesma emoção de há 26 anos garante: "Foi com o peito!" Vive agora na Austrália e quer descobrir talentos para o Benfica

A noite de 18 de abril de 1990 mudou a vida de um discreto avançado angolano, muitas vezes utilizado como arma secreta pelo então treinador do Benfica, Sven-Göran Eriksson. Vata Matanu Garcia, ou simplesmente Vata, o nome de guerra que entrou para o baú de memórias do futebol. Os encarnados precisavam de um golo frente ao Marselha, no Estádio da Luz, para garantirem o apuramento para a final da Taça dos Campeões Europeus e, aos 82 minutos, após um canto de Valdo, lá estava ele a desviar para a baliza do incrédulo Jean Castaneda.

O estádio explodiu de alegria com mais de 120 mil espectadores a reativarem o inferno da Luz que, por essa altura do jogo, já começava a descrer num golo milagroso. Mais de 26 anos depois dessa noite, Vata, hoje com 55 anos e a residir em Melbourne, na Austrália, falou ao DN.

Assim que atendeu o telefone não conteve as gargalhadas. "A melhor recordação de Portugal? Ah! Ah! Ah! Ah!" Parecia que já estava à espera da pergunta para a qual tinha resposta na ponta da língua, mas ainda assim preferiu fazer dois dribles antes de rematar: "A primeira grande recordação foi ter jogado no Benfica, a segunda foi ter sido melhor marcador do campeonato... A terceira? (mais risos) claro, aquela meia-final com o Marselha."

A noite que jamais esquecerá começou com um aviso premonitório. "Quando eu entrei em campo na segunda parte, o Mozer, que era o patrão da defesa do Marselha, disse-me: "Não vens para aqui estragar a minha festa!"", recordou... parecia que estava a adivinhar. "Ele conhecia-me bem, tínhamos sido companheiros de equipa na época anterior e sabia do que eu era capaz", contou. "Ele ficou magoado com aquele golo, mas somos amigos e agora quando conversamos rimos do que aconteceu."

Mas Vata é um nome aziago sobretudo para os franceses e o próprio ex-jogador teve a oportunidade de confirmar isso mesmo quando visitou França em 2014. "Ninguém me esqueceu e não me perdoam. O engraçado é que falaram comigo como se o jogo tivesse sido ontem, com mágoa... diziam-me: "Vê bem o que nos fizeste!"."

Ao falar assim, parece que Vata já assume que utilizou a mão para marcar ao Marselha. Só que quando o DN lhe pergunta se assim foi, a resposta foi automática: "Com a mão? Não! Foi com o peito. Estou de consciência tranquila e tenho dito sempre o mesmo, mas respeito a opinião de todos, pois aquele era um momento importante da vida de muita gente."

O que importa para Vata é que a sua marca "vai perdurar por muito tempo" e não tem dúvidas de que aquele golo ao Marselha o tornou famoso: "Entrei para a história do futebol europeu e mundial, pois quando falam em golos célebres citam sempre o meu e os de Maradona, Thierry Henry e Messi." Porquê? Porque todos eles marcaram golos importantes com a mão, El Pibe à Inglaterra, o francês à Rep. Irlanda e da estrela do Barcelona no dérbi com o Espanyol em 2007.

"Com Valdo e Chalana era fácil"

Vata vive com a família na cidade de Melbourne, onde até há pouco tempo treinava a equipa de sub-20 do Werribee City. "O futebol faz parte da minha vida. Vim para a Austrália em 2001, depois estive três anos na Indonésia como treinador [do Deltras e Persija]. Voltei a seguir a Melbourne e em 2010 fui para Angola trabalhar com a Federação para incrementar o futebol de praia. Mas por causa de um problema familiar tive de voltar à Austrália. Tenho dois filhos, um com 9 e outro com 12 anos, e faço de mãe e de pai para eles", revelou.

Apesar de estar do outro lado do mundo, Vata não esquece os amigos que fez em Portugal e no Benfica. "Há pouco tempo falei com o Magnusson pelo Facebook, e quando estive em Lisboa, em 2014, encontrei vários amigos como o Valdo, Hernâni, Paneira, Diamantino, Veloso, Schwarz, Samuel e outros. E sabe uma coisa? Estivemos a falar e tudo o que vivemos estava ali bem vivo, afinal a nossa relação enquanto jogadores era muito forte, o grupo era fantástico", revela. "Devo-lhes muito. Tinha grandes jogadores ao meu lado. Só tinha de esperar que o Valdo, o Chalana e outros fizessem o seu trabalho para depois rematar a bola para dentro da baliza. E é por isso que as pessoas não se esquecem de mim."

O Benfica continua a fazer parte da sua vida. Acompanha os jogos, apesar das onze horas de diferença entre Lisboa e Melbourne, e não esconde a satisfação de ver o clube conquistar títulos. "Só falta fazer uma boa figura na Champions, porque de resto o Benfica está a dominar o futebol português", assumiu, não hesitando depois quando questionado se o Vata de há 26 anos tinha lugar no atual plantel de Rui Vitória: "Claro que jogava. No meio de grandes jogadores é mais fácil empurrar a bola para a baliza." Ainda assim, destaca o papel desempenhado por Jonas. "É um avançado fantástico, mas só se parece comigo por marcar muitos golos", diz, com mais uma sonora gargalhada.

O Benfica até bem pode voltar a fazer em breve parte da vida de Vata num futuro próximo. "De vez em quando colaboro com o clube. Estou sempre em contacto com o Gonçalo Nuno, diretor internacional das camadas jovens, e estou a pensar indicar alguns jovens para irem treinar ao Seixal para que se possam desenvolver e, quem sabe, serem aproveitados pelo Benfica", revelou, garantindo que "há bons talentos na Austrália... só precisam de trabalhar de forma diferente".

www.dn.pt/desporto/interior/estou-na-historia-do-futebol-com-maradona-henry-e-messi-5580117.html

Calcio

Ninguém dá os parabéns ao homem!?

Parabéns! :)

Alexandre1976

Parabens Sr.Vata.

StarWars


Alexandre1976

Veio do Varzim após a fuga de Aguas e Dito para o curral.Acompanhou o Miranda que na altura diziam que era o grande reforço vindo da equipa poveira.

Mikaeil


EPluribusUnum


mMateus

Muitos Parabéns VATA ...  :bow2:

Alexandre1976

Parabens atrasados Sr.Vata.

areal

Verdadeiro rato de área.

Motörhead

Parabéns Vata. Faz 30 anos hoje aquela mão mítica. So atrás desta vem depois a do Maradona.