Binya

Médio, 41 anos,
Camarões
Equipa Principal: 2 épocas (2007-2009), 39 jogos (2568 minutos), 0 golos

Bakari

O Bynia tem tudo pra render uns milhões ao Benfica, se ele fôr ao CAN vai dar cartas e mostrar-se ao mundo do futebol.

Dixi

Parece que o nsalta ainda não colocou as imagens do Ricardo Carvalho no youtube.

http://www.youtube.com/profile?user=nsalta

Lampi

Citação de: Leandro Sampaio em 26 de Dezembro de 2007, 20:50
Citação de: MANOCAS37 em 26 de Dezembro de 2007, 20:49
será que as pessoas que aplidaram o Binya de Assassino tambem vão chamar assim o Ricardo Carvalho ?
O Carvalho é o maior

Não é bem comparável mas... o Ricardo Carvalho é um jogador com grande experiencia ao contrário do Bynia que é um puto logo a entrada do Ricardo Carvalho é bem mais grave.

VALEBEM

 Espero que o Binya não vá à CAN... Muita falta nos vai fazer...

Lampi

Citação de: VALEBEM em 26 de Dezembro de 2007, 23:36
Espero que o Binya não vá à CAN... Muita falta nos vai fazer...

Pois faz mas... eu espero que vá para calar muitos users aqui do forum que percembem tanto de futebol como de tintas para o cabelo:

Era Preto loiro logo é igual ao BETO.


JoMi¹¹

Citação de: VALEBEM em 26 de Dezembro de 2007, 23:36
Espero que o Binya não vá à CAN... Muita falta nos vai fazer...

Eu espero que va por dois motivos, primeiro pk lhe vai dar experiencia internacional e mais reputação/valorização e depois pk creio ser uma porta aberta para um dos medios centros juniores do benifca.

Qualquer maneira, reconheço a falta que vai fazer.

LuigiSLB83

Será Fellipe Bastos o seu substituo?

Se for é mais um jogador muito jovem a precisar de tempo de adaptação. Não vai ser nada fácil.

VALEBEM

 Estive a falar com um primo meu, que vive no Brasil, e que me falou muito bem do Fellipe Bastos...
O meu primo é fanático pelo Corinthians, e acompanhou de perto a Copa São Paulo de juniores deste ano, e disse-me maravilhas do nosso novo jogador... Diz-me que é um grande jogador de meio campo, com grande capacidade de passe, e com boa capacidade de remate (marca bem os livres, ao que parece).

LuigiSLB83

A confirmar-se a integração de Fellipe Bastos no plantel senior acho injusto para com o Leandro Pimenta ou o David Simão.

JoMi¹¹

Citação de: LuigiSLB83 em 26 de Dezembro de 2007, 23:55
A confirmar-se a integração de Fellipe Bastos no plantel senior acho injusto para com o Leandro Pimenta ou o David Simão.

Tambem acho.

Disse-o logo quando ele foi anunciado.

Kostov

Citação de: LuigiSLB83 em 26 de Dezembro de 2007, 23:44
Será Fellipe Bastos o seu substituo?

Se for é mais um jogador muito jovem a precisar de tempo de adaptação. Não vai ser nada fácil.

O Fellipe Bastos é Médio Defensivo?...
Esclarece-me em relação às características dele sff.

Kostov

Citação de: Lampi em 26 de Dezembro de 2007, 23:35
Citação de: Leandro Sampaio em 26 de Dezembro de 2007, 20:50
Citação de: MANOCAS37 em 26 de Dezembro de 2007, 20:49
será que as pessoas que aplidaram o Binya de Assassino tambem vão chamar assim o Ricardo Carvalho ?
O Carvalho é o maior

Não é bem comparável mas... o Ricardo Carvalho é um jogador com grande experiencia ao contrário do Bynia que é um puto logo a entrada do Ricardo Carvalho é bem mais grave.


Tens razão. Mas, por outro lado, também se tem que considerar que ao longo da sua carreira teve sempre uma conduta correcta.

sanfinense

2007-12-22 - 00:00:00

Entrevista: Binya
Sou duro mas não sou maldoso


Fernando Ferreira

'Sou polivalente. Jogo a médio defensivo e a ofensivo. Também já joguei a central', afirma Binya
Binya chegou a Portugal e foi jogar no E. Amadora com o nome de Gilles. Camacho, quando o viu jogar, pediu o seu regresso ao Benfica. É um jogador voluntarioso e sente-se injustiçado na polémica entrada sobre o jogador do Celtic. "Não lesionei ninguém", defende-se.


- Correio Sport – Chegou ao Benfica como um desconhecido. Nos Camarões goza de um estatuto diferente?

- Binya – Iniciei-me num pequeno clube, mas foi no Tonerre de Yaoundé que fiz quase toda a minha formação como futebolista. O Tonerre e o Cânon de Yaoundé são os maiores clubes dos Camarões, estão habituados a ganhar títulos, mesmo a nível continental. Depois, também, joguei sempre pela selecção, nas camadas mais jovens, por isso não era propriamente um desconhecido.

- E como foi parar à Argélia, um país futebolisticamente 'esquecido' nos últimos anos?

- Emissários do Mouloudia de Oran viram-me jogar e apresentaram-me uma proposta. Achei por bem aceitar, pois todos queremos melhorar a nossa vida. O futebol é cada vez mais universal.

- Foi ganhar muito dinheiro?

- Nem pensar. As condições eram melhores, mas a Argélia não deixa de ser um país africano, apesar de ter imensos recursos naturais, como gás e petróleo.

- O país estava em guerra nessa altura?

- Não, a guerra já tinha terminado. Pessoalmente, não assisti a nenhum acto de terrorismo, só fiquei a saber de coisas que me contaram, antes da minha chegada. Fui muito bem recebido na Argélia e era um ídolo para os adeptos do Mouloudia. Gostavam muito da minha forma de jogar. Passei lá tempos que nunca esquecerei.

- Conhecer Eurico Gomes foi o melhor que lhe podia ter acontecido...

- Sim, ele treinava outro clube, mas assim que me viu jogar ficou impressionado. Pediu informações sobre mim e queria contratar-me. Depois, reencontrei-o no Moulodia. Falou comigo, disse-me que tinha qualidades e de certeza me adaptaria facilmente ao futebol português. Deixou-me trabalhar tranquilamente durante um ano. Eurico Gomes foi um treinador muito importante para a minha evolução como futebolista e trabalhar com ele permitiu-me preparar tranquilamente o salto para a Europa.

- O destino era, afinal, o Benfica ou o Estrela da Amadora?

- Fui para o Estrela porque me disseram que seria complicado para mim começar pelo Benfica e teria de rodar. O plantel já tinha jogadores em excesso e todos de grande qualidade, enquanto eu era ainda um desconhecido. O Benfica autorizou o Estrela a testar-me no seu plantel e ficar comigo por empréstimo, caso eu agradasse. Estou muito agradecido às pessoa do Estrela da Amadora. Trataram-me muito bem enquanto lá estive e o treinador, Daúto Faquirá, incentivou-me muito.

- A chegada de José António Camacho ao Benfica também foi providencial para si...

- Antes disso, com Fernando Santos, fizemos um jogo-treino contra o Benfica, mas ele não me disse nada. Continuei a trabalhar e, felizmente, surgiu nova oportunidade, após a vinda do mister Camacho. Ele viu-me jogar e achou que eu devia fazer parte do plantel. Deu-me a oportunidade e tudo fiz para não defraudá-lo. Trabalhei muito até chegar a minha vez e começar a jogar.

- Já conhecia alguns dos companheiros de equipa?

- Conhecia o Zoro, ele é francófono como eu e foi importante ter alguém com quem falasse a mesma língua. E havia o Rui Costa, que tinha visto jogar pela televisão. Mas a adaptação não foi difícil. No primeiro, segundo ou terceiro dia, não estamos à-vontade. Mas depois, essa sensação passa.

- Qual deles o impressionou mais pelas suas qualidades técnicas?

- Bem, por aquilo que representa, Rui Costa é um símbolo e é sempre um regalo vê-lo jogar. É uma honra, para mim, jogar ao lado de uma figura como ele, pois só o conhecia pela televisão. Mas no plantel do Benfica há muitos bons jogadores, quase todos são internacionais.

- Na Argélia, jogou como médio ofensivo, mas aqui, muitos duvidam que tenha capacidade técnica para actuar nessa posição...

- Eles que me vejam jogar ali e depois falem. Na pré-época, enquanto trabalhei com o Estrela, era utilizado nessa posição. Sou um jogador polivalente, faço essas duas posições e também posso jogar como central, como sucedeu algumas vezes no Moulodia.

- Fora de campo é muito reservado, mas nos jogos tem fama de ser muito duro...

- Sou uma pessoa tranquila, muito observadora, e essas características têm a ver com a minha natureza, reflectem o que foi a minha vida em África. Sou um jogador duro, mas não maldoso. Não disputo os lances com intenção de magoar adversários.

- Mas acabou crucificado devido ao lance com o jogador do Celtic. Já retirou as devidas ilações de tudo o que se passou?

- Estou em processo de adaptação ao futebol português, que é duro e muito disputado, e quis marcar posição. Nesse lance, posso ter levado longe de mais a minha combatividade no calor do jogo, mas não houve premeditação em lesionar quem quer que fosse. Deram uma imagem muito má de mim, talvez por não me conhecerem, mas sendo um jogador combativo, não sou maldoso. É algo que não voltará a acontecer, pois tenho evoluído em todos os sentidos e estou a ganhar maturidade no futebol europeu.

- Camacho afirmou que estava a ser tão criticado por não ser um futebolista famoso. Concorda?

- Ele é mais observador de que eu e conhece melhor o mundo do futebol. Se o disse, é porque sentiu que era isso que estava a acontecer. Tive essa entrada, mas não lesionei o jogador do Celtic.

- Curiosamente, foi nessa altura convocado para a selecção dos Camarões. Foi um bom tónico para esquecer os problemas?

- Foi a primeira vez que me convocaram para a selecção principal, por isso foi um momento de grande alegria. Aconteceu numa altura em que todo o mundo falava de mim pelas piores razões, havia alguma desconfiança à minha volta. Até por essa razão, foi muito importante terem-me chamado à selecção.

- Samuel Eto'o tem-lhe prestado todo o seu apoio...

- Os meus companheiros da selecção apoiaram-me imenso, durante o estágio na Alemanha. São futebolistas, sabem que essas coisas podem acontecer num jogo de futebol. Samuel (Eto'o) é um jogador conhecido mundialmente, uma voz respeitada e sabe que eu seria incapaz de magoar intencionalmente um colega de profissão. Estou-lhe agradecido. Pela minha parte, vou continuar a trabalhar para ser cada vez melhor jogador e apurar aspectos de jogo que ainda não domino tão bem.

- A selecção trouxe-lhe mais visibilidade?

- Sim, sobretudo no meu país. Nos Camarões, é difícil verem os jogos do Benfica pela televisão, que dá pouca informação sobre o futebol português. Mas desde que comecei a jogar no Benfica, recebi muitas chamadas de amigos e familiares. Muita gente procura informação sobre mim na Internet. Agora, fui novamente pré-seleccionado para o jogo amigável com a selecção da Galiza.

- De um momento para o outro, o Benfica ficou a dez pontos do FC Porto. Que aconteceu?

- É futebol, sabemos que os adeptos estão tristes, mas nós também. Vamos continuar a trabalhar. Na vida, tudo é possível, se não acreditarmos, não chegaremos a lado nenhum.

- As indefinições do início da época e a troca de treinadores com a Liga em andamento pode ter influenciado?

- Temos um grande treinador e todos juntos chegaremos longe. O Benfica é uma grande família e todos unidos, jogadores, técnicos e dirigentes, daremos a volta à situação. É uma questão de tempo.

- Vive com a família em Lisboa?

- Por enquanto estou só, a minha mulher continua nos Camarões. Mas vou aproveitar agora estas mini-férias e deslocar-me ao meu país para passar o Natal com a família.

O LANÇA-CHAMAS (Opinião do jornalista João Querido Manhã)

Dois dos últimos golos que o Benfica conseguiu marcar na Liga resultaram de lances muito invulgares nos tempos que correm e que transportam os mais velhos para os tempos dos chamados 'quintais', campos pequenos onde era possível colocar a bola à mão em zonas de perigo, imitando uma característica muito britânica do jogo, o recurso às técnicas mais simples e rudimentares.

Gilles Binya, um camaronês desconhecido que este ano aportou, literalmente, à Luz, tem uma força interior descomunal que consegue projectar lançamentos laterais longuíssimos, colocando a bola directamente na pequena área, a 25 metros. Durante algumas semanas adivinhou-se o potencial dos arremessos de Binya, uma espécie de lança-chamas para a zona do golo, mas demorou a encontrar a correspondência devida, correndo-se o risco de um potencial tão interessante vir a redundar numa bizarria sem resultados práticos. Talvez faltassem treino e crença aos colegas de Binya que sabem jogar de cabeça, mas Luisão já aproveitou, Rodriguez acaba de aproveitar e só falta Katsouranis e Cardozo entenderem-se com os mísseis artesanais desta espécie de herói acidental, caído no goto dos adeptos pela sua entrega ao jogo, pela atitude combativa mas tranquila e até por uma certa injustiça nas avaliações técnicas e disciplinares de que vem sendo alvo.

Aos 23 anos, estimulado pelas observações do treinador português Eurico Gomes no seu clube argelino de Oran, o Mouloudia, onde estava desde 2004, vindo do Tonnerre da cidade natal de Yaoundé, Binya aventurou-se pela porta ocidental da Europa e prestou provas no Estrela da Amadora, no último defeso. As indicações foram de tal forma positivas que a palavra correu célere e Fernando Santos avalizou a sua contratação pelo Benfica, embora sem coragem de o integrar no plantel das estrelas. Estava decidido a emprestá-lo ao 'estrelinha' de Daúto Faquirá, quando chega José Antonio Camacho e logo anula o acordo de cedência, embora ninguém se aventurasse a desenhar-lhe um futuro mais risonho do que o de Tueba Menayame, outra força da Natureza que ali arribou nos anos 80.

A vaga de lesões obstou a que Binya tivesse escapado a essa primeira injustiça da dispensa inicial. Mas quando o regresso de Petit o afastou do jogo com o FC Porto, a arbitrariedade do treinador não foi menos desajustada do que o alegado exagero do castigo da UEFA, pela entrada assassina sobre a tíbia do escocês Scott Brown do Celtic. Camacho e o Benfica consideram que Binya é vítima de uma apreciação agravada que o discrimina, relativamente a jogadores mais consagrados que nunca seriam punidos da mesma forma, pelas mesmas infracções.

Ora, quando se trata de escolher os melhores para jogar, Binya também nunca esteve em pé de igualdade. E praticamente em todos os jogos que efectuou mereceu notas positivas e elogios, com a mesma regularidade dos cartões amarelos, resultantes de alguns descontrolos momentâneos nas suas rotinas de luta pela posse da bola, por vezes também algo incendiária. Uma entrega ao jogo que a SAD considera própria de um "jogador à Benfica", com a capacidade cada vez mais rara de inflamar a Luz. 
António Pereira


mellamotom

o gajo parece bue inteligente pela entrevista, e se é verdade que joga bem a atacar tambem, temos aqui ouro ainda mais dourado do que pensavamos...

PS: o fernando santos deixalo ir po amadora requer justificaçao mesmo...

Alento