João Gabriel (Diretor Comunicação)

Sir

As falhas na comunicação são, realmente, uma das pechas deste Benfica. O Benfica não tem aquilo a que se chama uma "boa imprensa", não tem descanso, não tem a opinião pública do seu lado... Isso é muito importante. Hoje em dia, e depois de derrotas como a de ontem, é óbvio que não se trata meramente de um fenómeno sociológico...mas a desmotivação dos benfiquistas está directamente relacionada com isso.

Leiam este livro do João Gabriel:
http://www.primebooks.pt/pt/index.php?prod=128&catnome=&cat=

franciscoafonso

Citação de: Sir em 12 de Abril de 2008, 14:58
As falhas na comunicação são, realmente, uma das pechas deste Benfica. O Benfica não tem aquilo a que se chama uma "boa imprensa", não tem descanso, não tem a opinião pública do seu lado... Isso é muito importante. Hoje em dia, e depois de derrotas como a de ontem, é óbvio que não se trata meramente de um fenómeno sociológico...mas a desmotivação dos benfiquistas está directamente relacionada com isso.

Leiam este livro do João Gabriel:
http://www.primebooks.pt/pt/index.php?prod=128&catnome=&cat=
Muito bom. Está na minha lista de livros para serem lidos uma segunda vez.

charlie slb

 :slb2: meus amigos parece que foi nomeado um novo director para a comunicação social e chama-se João Gabriel .Sei que é um ao nível. Finalmente e isto só acontece porque é amigo do Rui Costa, finalmente dizia eu é escolhido alguem que é benfiquista e que pode representar o clube com elevação tenha ele a coragem de tratar os assuntos com coragem e sem medo . tem conhecimentos foi acessor do presidente da rep tem os filhos nas escolas do slb é educado .Tenhamos esperança

Bola7

fantástico...á falta de argumentos tecnicos...

Ouriço

Uff, temos o clube de volta!!!!!!!! Já vou dormir descansado.


miglle

O presidente se tivesse neurónios teria sempre um director desportivo e um assessor de imprensa .. servia para se manter no silêncio.

Vários dariam a cára para esta luta, menos ele. Assim se pouparia mta demagogia e labreguice e credibilidade.

Allen76Iverson3

Agora temos as condições reunidas para voltarmos a ser o que já fomos...demolidores.

O glorioso voltou!!

:whistle2:

nosfas


flsb

É Benfiquista e um bom profissional .Agrada-me a escolha .

heroisdomar


Batuta Vermelha

Mas para que precisamos de um director de comunicação se no SLb o presidente cada vez q lhe colocam um micro á frt desata a dizer asneiras, só se fizer parte das competências do novo director andar atrás do presidente com uma mordaça. hehehehheheheheh

Bola7

Citação de: Batuta Vermelha em 14 de Abril de 2008, 12:02
Mas para que precisamos de um director de comunicação se no SLb o presidente cada vez q lhe colocam um micro á frt desata a dizer asneiras, só se fizer parte das competências do novo director andar atrás do presidente com uma mordaça. hehehehheheheheh
:cool2:

Corrosivo

Leiam hoje a entrevista ao João Gabriel na Bola.

Acho que ele falou muito relativamente ao Apito Dourado e ao Pinto da Costa.

Nota-se que é uma daquelas pessoas que fala bem e tem resposta para tudo

Manuel Costa



NOVO DIRECTOR DE COMUNICAÇÃO DO BENFICA ACREDITA NO PROJECTO QUE ABRAÇOU

«Temos razões para olhar o futuro com optimismo»

Entrevista de José Manuel Delgado

João Gabriel, 42 anos, jornalista premiado no início da década de 90, adjunto de Jorge Sampaio para a comunicação social nos dez anos de Belém, é o novo Director de Comunicação do Benfica e mostra, na entrevista que se segue, possuir um projecto concreto e definido para aquela área, cada mais importante na vida de qualquer instituição, em plena era de globalização. É uma entrada em cena serena nas ideias mas, ao mesmo tempo, plena de vocação atacante — nomeadamente no que concerne aos Apitos...

— Depois do jornalismo, passou pela comunicação na área política e chega agora ao futebol, num momento não muito feliz para o Benfica. Não considera ser essa uma aposta arriscada?

— Arriscado é andar na rua todos os dias! Não tenho essa perspectiva! Venho para fazer algo que sei fazer, que sempre fiz na vida: comunicação. É indiferente se estamos na política, no futebol ou num universo empresarial. É evidente que há detalhes próprios de cada uma dessas áreas, o segredo é adaptar o nosso conhecimento ao terreno que pisamos.

— Mas chega ao Benfica precisamente no fim de uma época que todos querem esquecer?

— Não concordo. Esta época será uma época que todos devemos recordar no futuro! Esquecer é próprio de quem foge da realidade, o que não é manifestamente o caso dos responsáveis do Benfica. Uma época decepcionante? Com certeza que sim, mas temos razões para ser optimistas em relação ao futuro!

— Reforçar o Departamento de Comunicação era uma prioridade?

— A comunicação é, cada vez mais, uma área sensível que é - necessário cuidar. Eu venho apenas reforçar uma estrutura já existente. Esse é o caminho que todos os grandes clubes vêm seguindo.

— A sua entrada coincide com o assumir de novas funções de Rui Costa. Foi dele que partiu o convite?

— Há uma relação de amizade com mais de catorze anos que levou o Rui Costa a lembra-se de mim, mas o Rui não convidou o amigo — se assim fosse não estaria aqui — convidou o profissional, porque é disso que se trata, um Clube como o Benfica não vive, nem sobrevive, com uma estrutura de 'amigos', constrói-se numa base profissional e com profissionais.

— De qualquer forma você é um homem de confiança de Rui Costa...

— Errado. Sou o Director de Comunicação do Benfica, que é coisa bem diferente. O Rui Costa estruturou com o Presidente uma equipa de trabalho da qual eu faço parte. Não serei o Director de Comunicação de A, B ou C, mas do clube.

— Não conhecia Luís Filipe Vieira, até agora?

— Já me tinha cruzado com o Presidente em algumas circunstâncias, mas de facto não o conhecia.

— Uma das críticas mais recorrentes que se ouvem é que o presidente do Benfica provoca um efeito de 'erosão' à sua volta...

— Curiosamente também era uma crítica que faziam ao actual Presidente da República, e no entanto o tal efeito de erosão levou-o até à Presidência da República. Vamos lá ver, as coisas desportivamente não têm corrido como seria o desejo desta Direcção, e é evidente que os resultados desportivos — ou neste caso a ausência deles — esses sim provocam desgaste e erosão. Mas não podemos limitar a nossa análise aos resultados desportivos, porque isso seria manifestamente injusto! Há uma coisa que deve ser dita. Houve um património que esta direcção e a anterior, com Manuel Vilarinho, recuperaram: a credibilidade, o bom-nome e a marca Benfica. Não se pense que é um trabalho menor!

— Mas não deixa de ser verdade que tem havido um crescendo de críticas ao desempenho de Viera...

— É um direito consagrado na Constituição portuguesa, a liberdade de expressão. Todos tem o direito de se manifestar, independentemente, do que dizem e da forma como o fazem. Mas há um princípio de vida que a minha experiência profissional anterior me confirmou: aqueles que assumem a crítica por rotina e modo de vida - que só sabem dizer mal - é porque, no passado, nunca foram capazes de construir nada.

Canal Benfica

— Do seu ponto de vista é indispensável, nesta fase, o Benfica avançar com um canal TV?

— É um projecto estruturante! Quem não perceber isso é porque então não percebe as potencialidades do clube e as vantagens de ter um meio com a força que representa uma televisão dentro do universo empresarial do Benfica. Uma televisão permite estabelecer vários tipos de parcerias comerciais, maximizar a exposição da marca e, não menos importante, trata-se de um meio de afirmação do Clube primeiro em Portugal e, no futuro, além fronteiras.

— Teve responsabilidades na escolha do director do canal?

— Isso não é relevante. Há pessoas no Benfica com competência suficiente que conduziram o processo de selecção. Não sou daqueles que partilha da opinião que os jogadores de um plantel se devem 'comprar' em função de um determinado treinador. Os jogadores devem ser comprados em função da sua utilidade ao clube. Neste caso da televisão é exactamente a mesma coisa!

— O que é que do seu ponto de vista é mais importante fazer na comunicação do Benfica, nestes primeiros tempos?

— Blindar o clube. Somos nós que temos de decidir os tempos, a forma e os meios de divulgação dos factos mais relevantes e que marcam a o dia-a-dia do Benfica. Esse timing tem de voltar a ser do Benfica.

— Mas muitas vezes não são «fugas» da própria estrutura?

— Pode acontecer e temos de lutar contra isso, mas há uma outra realidade contra a qual é muito difícil lutar. Muitas vezes, na ausência de factos, surgem notícias com base em fontes duvidosas que mais não são do que pura especulação.É claro que num processo como este há sempre um grande número de notícias publicadas com erros grosseiros, que são imprecisas ou, pior, são totalmente falsas...

— Mas que podem ser desmentidas ou clarificadas...

— Poder podem, mas se assumíssemos essa postura o departamento de comunicação não faria mais nada! Já houve um primeiro-ministro que sentiu necessidade de desmentir que tivesse dormido uma sesta! Não queremos chegar aí...

— Mas o tempo não acaba por confirmar ou desmentir essas notícias?

— Isso é verdade, mas há um problema nesse intervalo - maior ou menor - de tempo: os comentários, analises, e críticas que passam a ser feitos com base nessas notícias acabam por sair de forma contaminada e distorcida, por partirem de pressupostos errados. Mais grave ainda, uma vez confirmado o erro, poucos, muito poucos, são aqueles que são capazes de o reconhecer. Infelizmente, este não é um problema exclusivo do futebol, acontece também na política e no mundo empresarial.

— Já se deparou com alguma destas situações depois de ter chegado?

— O caso do treinador é bem elucidativo do que acabo de dizer. A quantidade de nomes e de supostos contactos que foram referidos na imprensa e que nunca aconteceram é impressionante.

— Que nomes estão nessa situação?

— A única coisa que posso dizer é que o Rui Costa só falou sobre essa matéria na conferência de imprensa em que foi apresentado. Depois disso nunca mais disse nada e é isso que importa reter.

Comentadores desportivos

— Costuma ler e ouvir os comentadores/analistas desportivos?

— Já o fazia antes, portanto, não é novidade. Há uma série de pessoas que levo a sério, porque sei que a analise é feita com rigor e boa fé, mas também há um certo número de comentadores que estão sempre a ouvir o 'eco' do que escrevem ou dizem, julgam-se tão indispensáveis que começa a faltar-lhes humildade e a noção de que nem sempre têm razão.

— Alguém em particular?

— Não vou por aí, não vale a pena. O que digo é o seguinte: qualquer crítica — independentemente de na nossa avaliação ser justa ou não — deve ser aceite, desde que tenha sido feita, repito, com boa fé. Acontece, porém, que por detrás da imagem de isenção de alguns dos nossos comentadores, esconde-se uma relação demasiado próxima com alguns agentes desportivos e isso deve ser denunciado! Mas voltando, ainda, atrás, algumas notícias chegam ao público sem que se conheça a fonte e o jornalista difunde-a sem saber que está a fazer passar a mensagem de alguém...

O «caso» Makukula

— Algum caso de que se lembre que se enquadre no que acabou de descrever?

— O caso Makukula, há poucas semanas é um bom exemplo. Não é normal que das declarações — compreensíveis — de um jogador, insatisfeito pela sua condição de suplente, resultem três manchetes com a palavra 'revolta' e todas elas aludindo a uma situação que não se viveu nos balneários da Amadora.

— Mas houve declarações de desconforto de Makukula...

— Que são naturais, um jogador no Benfica que não se manifeste insatisfeito por ser suplente está na equipa errada! Mas daí até chegar à palavra «revolta» estampada nas primeiras páginas dos três desportivos não me parece inocente. Até porque, repito, nada se passou na Amadora. Alguém 'soprou' esta polémica para os jornais.

— Mas quem?

— Seguramente de pessoas que beneficiam com estas polémicas e que porventura já tiveram responsabilidades no Clube..

— Quem?

— Não vou personalizar, mas há algumas pessoas demasiado interessadas em explorar negativamente a vida interna do Clube, na maior parte das vezes especulando sobre situações que não foram vividas. Como foi o caso!

O título do FC Porto

— O F.C Porto é um justo vencedor do campeonato?

— Diria que não sofre contestação, mas não utilizaria a palavra justiça.

— Porquê?

— A Justiça é um valor que comporta alguma subjectividade. O sucesso do Porto, hoje, advém em grande medida de um processo de consolidação que foi feito num tempo que está a ser alvo de investigação. Houve justiça nas várias vitórias de Marion Jones nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000? Quando ela ganhou, ninguém pôs a questão, mas quando se verificou — alguns anos depois — que as vitórias eram resultado de práticas ilícitas, onde ficou a justiça para aquelas que ela derrotou nesses Jogos? É disso que se trata!

Apitos, Final e Dourado

— Essa resposta remete para os processos Apito Dourado e Apito Final. Como tem acompanhado esses casos?

— Com o interesse que a matéria merece.

— Como é que a nível da comunicação se combatem os efeitos negativos de processos como estes?

— Só há uma maneira. Estando fora deles.

— Como qualifica o desfecho do Apito Final?

— O futebol português tem de seguir em frente, mas tem de fechar algumas portas que foram abertas. Se não for assim estaremos sempre a olhar para trás. A Comissão Disciplinar da Liga limitou-se a cumprir o seu papel.

— Continua na ordem do dia, não só em Portugal, uma eventual exclusão do FC Porto da Liga dos Campeões...

— Há princípios e regulamentos internacionais que a UEFA terá, pelo menos, de verificar a compatibilidade deles com a decisão da justiça desportiva portuguesa, sendo certo que houve quem se tenha conformado com a decisão da Comissão Disciplinar da Liga. Como alguém escreveu há poucos dias, o facto de não se recorrer de uma determinada punição, só se pode entender porque a medida da culpa é maior que a medida da pena!

— Os responsáveis do F.C Porto acusam o Benfica de querer ganhar fora de campo o que não conseguiram dentro?

— Clarificar esta situação não é do interesse do Benfica, mas sim da FPF e do futebol português. Por outro lado é bom não esquecer que a CD da Liga deu como provado que houve uma equipa que, efectivamente, tentou ganhar fora de campo, e que conste não foi por ter recorrido para a UEFA...

— Acredita que, à imagem do Apito Final, também haverá condenações no Apito Dourado?

— Temos de distinguir dois planos nesta matéria. Houve uma série de comportamentos pouco éticos que estão documentados, que foram denunciados e que, basicamente, colocaram uma mancha de suspeição sobre os resultados de alguns clubes durante um determinado período de tempo. O que a justiça está a fazer agora é outra coisa. Cabe-lhe apurar um nexo de causa/efeito e estabelecer se houve ilícito e se desse ilícito resultou a adulteração da verdade desportiva.

— O Presidente do F.C Porto insinuou ainda recentemente que o Apito Dourado mais não é do que uma guerra Norte - Sul. Como comenta?

— É o regresso a um chavão antigo e sem sentido. O país não é divisível por mais que alguns queiram acenar para aí. Portugal é um todo e a justiça aplica-se de modo idêntico em todo o território, qualquer que seja o local. Aliás, não deixa de ser um contra-senso que o F.C Porto se queira afirmar como um clube nacional e o seu presidente, precisamente o seu presidente, insista em reduzi-lo a uma realidade regional com este discurso. É demasiado redutor. Acredito que há muita gente dentro do FC Porto que não se revê neste tipo de discurso regionalista.

— Leu o Livro de Carolina Salgado?

— Folheei apenas algumas páginas, não se pode dizer que se trate de uma grande obra literária, mas creio que a sua autora não esperava ganhar com ele nenhum prémio Nobel. O relevante aqui é que o Ministério Público viu no livro um instrumento de investigação criminal.

— Pinto da Costa afirma que esta a ser vítima de uma perseguição por parte do Ministério Público...

— É uma opinião tão legítima como qualquer outra. O que não se pode é mudar de opinião consoante a situação em que estamos.

antes DAS DECISÕES dos TRIBUNAIS
Escutas devastadoras
Tema quente é o do impacto na opinião pública do Apito Dourado. João Gabriel lembra, a propósito, que «independentemente do que forem as decisões judiciais, e por muito que alguns apontem desvios processuais, recursos e por aí fora, há factos cuja prova está feita. São indesmentíveis e denunciam o que foi a prática de alguns dirigentes desportivos durante anos.» Sem se deter, passa a exemplos concretos: «As escutas telefónicas! O que os advogados de alguns desses arguidos estão a fazer — grande preocupação desde o início — é contestar a utilização das escutas telefónicas como meio de prova, mas nenhum deles contesta o seu conteúdo ou a veracidade das mesmas.» Daí que João Gabriel parta para uma constatação inevitável: «Alguns estão apenas apostados em impedir que estas provas sejam usadas em tribunal, mas o que já ninguém, hoje, tem dúvidas, é que houve comportamentos menos sérios. A justiça determinará a sua ilicitude!»



AS CONSTANTES QUEIXAS DA ARBITRAGEM
Apenas constatação...
A comunicação do Benfica tem-se apoiado, em grande medida, nos na culpabilização da arbitragem. «Nenhum dirigente desportivo pode atirar a primeira pedra» diz João Gabriel, lembrando que «quando o mal bate à nossa porta, é normal essa reacção! Já todos o fizeram. A final da Taça de Portugal é prova evidente do que acabo de dizer.» Quanto a Luís Filipe Vieira, João Gabriel afirma que «limitou-se a constatar que em diferentes campos e durante semanas consecutivas houve decisões erradas que objectivamente prejudicaram o Benfica». Foi essa a razão dos encarnados terem perdido o campeonato? «Seguramente não», apresta-se a dizer o Director de Comunicação «mas ajudou a construir a diferença pontual com que terminou o campeonato! O erro faz parte do futebol, ninguém é imune. Agora, o erro deve constituir a excepção e não a regra».


A Bola