Manuel da Conceição Afonso (Presidente)

Manuel da Conceição Afonso

Nome completo
Manuel da Conceição Afonso
Posição
Presidente
Data de morte
23 Maio 1966
País
Portugal
Período na presidencia
-
-
-

Mandatos

Direcção

1º - Presidente (18 Jul 1930 / 6 Set 1931)
Direcção de Manuel da Conceição Afonso
2º - Presidente (6 Set 1931 / 7 Ago 1932)
Direcção de Manuel da Conceição Afonso
3º - Presidente (7 Ago 1932 / 20 Ago 1933)
Direcção de Manuel da Conceição Afonso
4º - Presidente (4 Nov 1936 / 25 Jul 1937)
Direcção de Manuel da Conceição Afonso
5º - Presidente (25 Jul 1937 / 31 Jul 1938)
Direcção de Manuel da Conceição Afonso
6º - Presidente (19 Jan 1946 / 25 Jan 1947)
Direcção de Manuel da Conceição Afonso


Por administrador a Sábado, 4 Novembro 2023

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Nome Completo: MANUEL DA CONCEIÇÃO AFONSO
Nacionalidade: Português
Data de Nascimento: ?
Data de Falecimento: ?
Cargo: Presidente
Eleito: 1º Mandato - 15-08-1930 / 06-09-1931
           2º Mandato - 06-09-1931 / 07-08-1932
           3º Mandato - 07-08-1932 / 20-08-1933
           4º Mandato - 03-11-1936 / 25-07-1937
           5º Mandato - 25-07-1937 / 25-07-1938
           6º Mandato - 19-01-1946 / 30-07-1946

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Manuel da Conceição Afonso
Era encadernador de profissão e foi um dos grandes presidentes do clube, tendo sido eleito para o cargo em 15 de Agosto de 1930, 6 de Setembro de 1931, 7 de Agosto de 1932, 3 de Novembro de 1936, 25 de Julho de 1937 e 19 de Janeiro de 1946. Foi um dos sócios que mais participou na vida da colectividade. Em 1926, 1927 e 1928 foi vice-presidente da Assembleia Geral; e, 1927 ocupou lugar na Comissão dos Estatutos e Regulamento, tal como nos dois anos seguintes. Anteriormente, em 1925, representou o clube na Federação Portuguesa de Hóquei. Em 1929 foi vogal da Direcção da Associação de Futebol de Lisboa e fez parte da Comissão das Festas das Bodas de Prata do clube, da qual viria a pedir a demissão.

Entre 1927 e 1930 fez parte de diversas associações desportivas em representação de SLB, tendo sido galardoado com a medalha de 1ª classe "Águia de Ouro" em 20 de Agosto de 1933. Entretanto, em 27 de julho de 1930, desempenhou o cargo de vice-presidente da Direcção e em 1936 fez parte da Comissão de Iniciativas e Propaganda. Em 1940 foi eleito presidente da Direcção da Associação de Futebol de Lisboa, tal como em 1941. No ano seguinte foi vice-presidente da Assembleia Geral da mesma e em 1943 seu presidente. Em 1951 voltou ao clube, fazendo parte do Conselho Consultivo e Jurisdicional. Depois fez parte da Comissão de Honra do Novo Parque de Jogos até 1954, para passar em 29 de Novembro de 1958 a membro da Assembleia de Representantes, findando a sua participação benfiquista em 1959 na Comissão de Concessão de Distinções Honoríficas. Faleceu a 23 de Maio de 1966, depois de dedicar quase toda a vida ao seu clube de sempre.


http://www.slbenfica.pt/Clube/Historia/Presidentes/presidentes.asp

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O BENFICA, A DEMOCRACIA E O ESTADO NOVO

Ao contrário do que alguns querem fazer crer, nunca o Benfica foi o clube do regime deposto em 25 de Abril de 1974. Antes pelo contrário. No Benfica já havia democracia quando ela chegou ao País (eram célebres as assembleias gerais e as eleições no Clube) e nele chegaram a lugares de destaque conhecidas figuras da oposição.

Além disso, o Benfica inaugurou campos a 5 de Outubro e não a 28 de Maio, como outros o fizeram!...

"O Benfica era o clube do Regime". Este é um dos ataques de que o Benfica continua a ser vítima, relacionando o clube com o Estado Novo, regime que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974. Nada mais falso. O Benfica foi mesmo o clube que menos ligações teve com a ditadura e que mais dores de cabeça provocou a Salazar. Embora, nos últimos anos, por via das suas vitórias europeias e de ter Eusébio nas suas fileiras, tivesse dado bastante jeito ao regime, a propósito da sua política ultramarina. O Benfica nunca se serviu do regime (antes pelo contrário); o Benfica foi aproveitado pelo regime, depois de por ele prejudicado ao longo de muitos anos.

Eleições democráticas

Bastará recordar o facto de, num país onde vigorava uma ditadura e onde as eleições não eram livres, o Benfica ser um verdadeiro oásis, com as suas assembleias gerais bem concorridas e democráticas e com as eleições para escolha dos seus dirigentes, sempre muito participadas. Ainda antes de haver democracia no País já ela era praticada no Benfica!

Presidentes oposicionistas

As raízes populares do Benfica, que têm a ver com a sua fundação (bem diferente da do Sporting, por exemplo), nunca deixaram de se fazer sentir. E, ao contrário do que se verifica nos outros clubes grandes (Sporting, FC Porto, até Belenenses), os sócios que ascenderam à presidência do clube são de vários extractos sociais, desde um operário (Manuel da Conceição Afonso) a um aristocrata (Duarte Borges Coutinho), um e outro grandes presidentes que passaram pelo Clube.

Mais que uma vez teve o Benfica declarados oposicionistas ao antigo Regime como presidentes, casos mais flagrantes do referido Manuel da Conceição Afonso, de Félix Bermudes, do brigadeiro Tamagnini Barbosa e do capitão Júlio Ribeiro da Costa, que não se quis recandidatar, uma vez que reconheceu que a sua presença à frente do Clube estava a fazer com que este fosse seriamente prejudicado pelas entidades oficiais. Recorde-se que, na altura, a organização desportiva nacional estava fortemente dependente dos organismos oficiais e, nomeadamente, da Direcção-Geral dos Desportos, na época, conhecida por "Direcção-Geral do Sporting", tal a força que o clube de Alvalade nela tinha... Nela e em várias outras instâncias do anterior regime, como se pode apreciar através da composição do Conselho Leonino à data de 25 de Abril de 1974...

Outro exemplo elucidativo da distância que o Benfica mantinha do Estado Novo: o primeiro director do jornal do Benfica, entre 1942 e 1945, foi José Magalhães Godinho, conhecido oposicionista, que chegou mais tarde a presidente da Comissão Central do Clube.

Mas o Benfica teve também como dirigentes e sócios de relevo figuras afectas ao antigo Regime. No Clube não se faziam descriminações.

Sem campos de jogos
Enquanto o Sporting nasceu rico e nunca teve problemas com os seus campos de jogos, em terrenos doados pelos seus aristocráticos fundadores, e o FC Porto foi bastante ajudado na construção dos seus estádios, o Benfica passou por inúmeras dificuldades, saltando de uns pontos para outros da cidade.

Teve que deixar o campo em Benfica em 1923 para a construção de uma rua de acesso à antiga Escola do Magistério Primário que só viria a ser uma realidade em... 1992!

Foi expropriado do seu campo das Amoreiras para construção do viaduto de acesso à auto-estrada para o Estádio Nacional, tendo então que arrendar o antigo campo do Sporting, no Campo Grande. E só quase 50 anos depois da sua fundação conseguiu (e mesmo assim durante muitos anos a título precário) os terrenos na Luz, onde finalmente pode implantar o seu Estádio.

Uma questão de datas

Curiosas (e reveladoras!) as datas simbólicas utilizadas pelos clubes. O Estádio das Antas foi inaugurado a 28 de Maio (de 1952), dia comemorativo da revolução que deu origem ao Estado Novo. O antigo campo do Sporting que o Benfica viria a ocupar em 1941 ficava no topo do Campo Grande, então conhecido como Campo 28 de Maio.

Não só o Benfica nunca assim o designou (era, simplesmente, o campo do Campo Grande) como o inaugurou a... 5 de Outubro, data comemorativa da implantação da República e bem pouco do agrado do regime que então dirigia o País!

E ainda...

Há muitos outros exemplos que refutam claramente eventuais ligações do Benfica ao antigo Regime.

Desde as bandeiras do Benfica que substituíram as da antiga União Soviética (proibidas) aquando das manifestações populares que se seguiram à vitória
aliada na II Guerra Mundial (1945) à proibição dos jornais falarem nos vermelhos" quando se referiam ao Benfica, passando a denominá-los "encarnados".

Desde o silenciamento progressivo do antigo hino do Clube, composto por Félix Bermudes em 1929, denominado "Avante pelo Benfica!" ao facto do Estádio da Luz apenas ter sido utilizado pela selecção nacional 17 anos depois da sua inauguração, em 1971, ao invés dos estádios do Sporting, FC Porto e Belenenses, que várias vezes viram neles jogar a selecção nacional. Isso nas
décadas de 50 e 60, quando a maioria dos jogadores da selecção era do Benfica! Era esta a "forte influência" do Benfica durante o Estado Novo?

ARTIGOS RELACIONADOS
Duas opiniões insuspeitas

Numa crónica publicada no jornal "Record", em Maio de 2000, Alfredo Barroso,
conhecido sportinguista e homem da oposição ao Antigo Regime, criticava os
acontecimentos verificados em Assembela Geral recente do Benfica, no tempo da gerência de Vale e Azevedo, e, a dada altura, escrevia: "E, no entanto, nos tempos da outra senhora, o Sport Lisboa e Benfica chegou a ser considerado como uma referência democrática, um oásis onde coexistiam vozes de todas as origens políticas e em que algumas figuras notórias da oposição ao Estado Novo chegaram a ser membros dos órgãos sociais do clube. Digo isto com tanto mais admiração e à vontade, quanto é certo que sempre fui adepto do Sporting Clube de Portugal, o qual, pelo contrário, era conhecido pelas suas notórias ligações ao Estado Novo e foi quase sempre dirigido por figuras mais ou menos proeminentes da extrema-direita do regime salazarista.

Para grande desespero de alguns adeptos que, por carolice ou amor à camisola, nunca viraram a casaca, apesar dos dichotes e bicadas (mais que justas) de muitos adeptos do Benfica."

Uma opinião insuspeita e clara, como a de Vasco Lourenço, um dos militares de Abril, presidente da Associação 25 de Abril, que, em entrevista ao jornal "Record", publicada nesse preciso dia, de 2007, se afirmava sócio do Sporting há quase 40 anos, e com lugar cativo. A dada altura, respondendo a uma questão do jornalista relativamente a clubes que teriam sido beneficiados pelo (antigo) regime, Vasco Lourenço, embora considerando que nenhum era favorecido, reconhecia: "Os benfiquistas e os portistas
ainda hoje recordam aquele episódio do Góis Mota que, durante um Atlético-Sporting, entrou no balneário do árbitro com uma pistola para o ameaçar.

No tempo do Salazar, aí pelos anos 50, o Sporting era o preferido, porque muitas pessoas do regime eram adeptas do clube. Góis Mota, Casal Ribeiro, entre outros. Anos mais tarde, o Belenenses era o clube do regime por causa de Américo Tomás. Mas era injusto dizer-se isso, porque ele era sócio e tentava proteger o clube, mas o Belenenses não usufruía de nenhum benefício.
Foi mais uma imagem que se criou. O Benfica sempre foi o clube do povo, e o Sporting mais de elites", concluiu este adepto do Sporting.

«Viva o Benfica»... no cinema

No livro «Vítimas de Salazar», no capítulo referente à Censura (cap. 1, págs. 42 e 43), Irene Pimentel, uma das autoras, conta o que se passou em Portugal aquando da II Guerra Mundial e a forma como a população tentava manifestar o seu apoio aos Aliados.

Transcrevemos: "Locais privilegiados de difusão de propaganda foram também as salas de cinema, onde a projecção de documentários sobre a guerra provocava reacções entre os espectadores, que, perante a omnipresença da PVDE [antecessora da PIDE], arranjavam meios subtis de expressão.
O refugiado político Karl Retzlaw, que chegou a Portugal no Verão de 1940, relatou uma ida ao cinema, contando que, à entrada e dentro da sala, estavam polícias, prontos a intervir, caso surgissem manifestações do público. Numa ocasião, quando Hitler surgiu no écran, o público começou a arrastar os pés, quando surgiu Mussolini, os espectadores tossiram, e quando apareceram os monarcas ingleses, gritaram em uníssono: «Viva o Benfica!», identificando o popular clube de futebol com a Inglaterra."

Mais uma prova de que o Benfica nunca foi o clube do antigo regime, muito antes pelo contrário...

(...)

http://magalhaes-sad-slb.blogs.sapo.pt/46262.html

Saïd Old Roof

Vá, uma ilustraçãozita, que fica sempre bem...


Fonte: "SLB Campeão - Volume I", colecção editada pelo jornal "A Bola".

Já agora, o último mandato acabou a 30 de Julho, com o pedido de demissão em protesto pelo facto da AFLisboa ser dirigida por uma comissão administrativa imposta pelo Estado Novo.

Universo Benfica

#4


Data de Nascimento: 1890
Data de Falecimento: 23-05-1966

1º mandato:

Presidente da Direcção: Manuel da Conceição Afonso
Presidente da Mesa da Assembleia Geral: João Carlos Mascarenhas de Melo (1º) e Cosme Damião (2º e 3º)
Presidente do Conselho Fiscal: Pedro Augusto Rocha



Fake Blood


Recebendo a taça de campeão nacional, 1936/37.

Kudos to RedVC



Festivus