Competições Nacionais Femininas 2018/2019

Notguilty

#1095
As irmãs Matilde e Madalena Costa são os mais recentes reforços do Benfica para 2019/2020.

Alguém conhece?

Sei que eram das melhores jogadoras do Fazendense e as unicas convocadas para as sub 14 de portugal dessa equipa.



RED_SHARK38

A Jessica Silva já estará garantida no O. LYON, de acordo com noticias que circulam nos corredores do futebol feminino.

FaithNoMore

Depois da Negrão,o Famalicão contratou Daniela Silva

Gradinni

Citação de: FaithNoMore em 17 de Junho de 2019, 16:51
Depois da Negrão,o Famalicão contratou Daniela Silva
Citação de: anarcos em 13 de Junho de 2019, 15:04
Citação de: JMiguel23 em 13 de Junho de 2019, 13:40
O Famalicão (futuro clube do JM) parece que vai mesmo apostar forte no feminino (e ainda bem, é mais um clube a apostar na "profissionalização" do futebol feminino).
Maria Negrão que foi muito falada para ir para o Benfica afinal parece que vai para o Famalicão. Daniela Silva (Clube de Albergaria) uma das melhores jogadoras fora os "3 grandes do feminino" tambem vai para o Famalicão.

Equipa feminina com três novas jogadoras



A equipa de futebol feminino do Futebol Clube de Famalicão conta com mais três jogadoras para a próxima temporada. Daniela Silva, Maria Negrão e Micaela Matos vão fazer parte da formação estreante na época 2019/2020.
Daniela Silva é uma jovem jogadora de 20 anos que militava na Liga BPI, no Clube Albergaria, e joga a avançado. Maria Negrão, com 15 anos, é um futuro valor do futebol feminino português, é médio e jogava no Sport Clube do Porto. Já Micaela Matos também joga no meio campo e alinhava no campeonato maior da Liga portuguesa, no Valadares Gaia FC.
Três jogadoras jovens que são aposta do Futebol Clube Famalicão para a temporada que se avizinha. A equipa famalicense vai alinhar na II Divisão Nacional.

https://www.fcfamalicao.pt/equipa-feminina-com-tres-novas-jogadoras/


Mikaeil


Puyol


BlankFile

Citação de: Puyol em 18 de Junho de 2019, 18:02
Jéssica Silva no Lyon.

Nada a dizer. Vai para o Campeão Europeu.

A melhor das sortes para ela.

anarcos

Citação de: BlankFile em 18 de Junho de 2019, 18:32
Citação de: Puyol em 18 de Junho de 2019, 18:02
Jéssica Silva no Lyon.

Nada a dizer. Vai para o Campeão Europeu.

A melhor das sortes para ela.

Ter um empresário de topo faz toda a diferença.
E para o Lyon pagar, por hipótese, 5 mil euros por mês a uma jogadora (que no Levante nem calçava) são piners.

anarcos

#1106
[Entrevista muito extensa, mas que pela relevância entendi reproduzir aqui em vez de me limitar a deixar o link. Ponho em spoiler para poupar o scroll.]

Sofia Teles: "Os adeptos estão fartos de polémicas. O futebol precisa de ser mais puro e nós vamos fazer a diferença pela positiva"
No seu segundo ano como diretora do futebol feminino do Sporting de Braga, Sofia Teles viu a equipa minhota roubar o título ao Sporting, depois de já ter erguido a Supertaça no dealbar da época. Para o ano, com a chegada do Benfica, antecipa uma Liga BPI mais complicada, mas nada que intimide a advogada que trocou os tribunais pelo dirigismo de uma modalidade que ainda bate o pé para ser levada a sério. Aos 33 anos, nega ser (muito) refilona com as árbitras e diz não ter ficado surpreendida com a renúncia ao Mundial (que decorre até 7 de julho, em França) de Ada Hegerberg, a primeira Bola de Ouro feminina: "Às vezes é preciso agitar as águas para haver mudanças"

Spoiler

Sofia Teles é diretora do futebol feminino do Sporting de Braga desde 2017/18

Viveu dividida entre os compêndios de Direito e o futebol até ser adulta.
Sim, pode dizer-se que sim. O meu percurso no futebol é um bocadinho fora do normal. Estudei, fiz estágio de advocacia e estava a fazer o mestrado quando decidi que queria começar a jogar futebol de forma mais séria. Joguei cinco anos, mas o futebol foi uma paixão desde sempre. Comecei por jogar com os meus amigos e primos e assisti, desde pequena, a muitos jogos. Prática a sério nunca tive, só mais tarde e numa altura em que o futebol feminino não era o que é agora. Jogava ao final do dia e ao fim de semana. E só se fazia dois ou três treinos por semana.

Começou no Valadares Gaia?
Acabei no Valadares. O meu primeiro clube foi o Salgueiros 08 e depois passei pelos Incansáveis de Gaia. No Valadares iniciei um projeto com mais quatro colegas. Fazíamos uns jogos, até que o presidente do Valadares nos lançou o desafio de formar uma equipa de futebol feminino. Fizeram-se captações e apareceram muitas raparigas. O projeto deu um salto maior quando nos juntámos com uma equipa da zona de Braga e foram para lá a Edite [Fernandes], a Carla Couto, a Mara [Vieira]. Foi sucesso desportivo imediato. Na altura estávamos na II Divisão, subimos na mesma época e fomos à final da Taça de Portugal. Acho que foi a primeira vez que uma equipa da II Divisão foi à final. E, a partir daí, o Valadares manteve-se sempre na I Divisão. A par disso, já estava a estagiar num escritório de advocacia no Porto, com o Dr. Paulo Pimenta, que é agora presidente do Conselho Regional do Porto. E depois fiquei lá a trabalhar...

Ainda trabalhou na Liga Portuguesa de Futebol.
Estive quase um ano a trabalhar no departamento jurídico da Liga e dava apoio ao departamento de competições.

Fez o curso de treinadora?
Não, nunca quis ser treinadora. Nunca me motivou. Gosto mais da parte administrativa e de fazer as coisas acontecerem, de uma forma diferente daquela dos treinadores. Gosto dos bastidores e da gestão estratégica fora das quatro linhas.

É a única diretora mulher?
Não. Há a Ana Filipa [Godinho] no Benfica, a Conceição [Pereira] no Ouriense e também havia a Raquel [Sampaio] no Sporting, que entretanto saiu. Há a Mónica Jorge na seleção. Já não somos uma raridade.

A Sofia e a família são salgueiristas?
Joguei lá porque era perto de casa. Sou do Braga.

Há quanto tempo?
É o meu segundo ano de Braga.

Como encarava a família a sua vontade de jogar futebol?
A paixão era só minha, em minha casa ninguém gosta de futebol, nem a minha irmã. Mas encaravam com naturalidade, apesar de haver algum receio de que me magoasse. Há sempre esse receio quando as meninas começam a jogar. É um desporto como outro qualquer, não se pode ter esses medos.

Então não houve resistência...
Quando era mais novinha também havia um certo preconceito por ser rapariga. Principalmente por parte da minha avó, que me tentava dar bonecas para brincar, mas depressa percebeu que não valia a pena.

Tem 33 anos. Nota que já há uma abertura de mentalidades em relação às mulheres no futebol, desde que começou a jogar?
Ainda há algum preconceito e resistência, embora exista, felizmente, uma maior aposta e incentivo, tanto em termos nacionais como internacionais. E isso vai-se refletindo na adesão cada vez maior das mulheres, não só no futebol feminino, mas também no masculino. O caminho é por aí: ir quebrando barreiras e ganhando espaço.

Quando diz que ainda há resistência, é por uma questão cultural?
É uma questão de mentalidade. E quanto mais cedo se fizer essa mudança de mentalidade nas gerações mais novas, mais depressa cairão as resistências até ser uma escolha natural. Este é também o nosso trabalho aqui em Braga, o de uma maior ligação às escolas, para que no futuro rapazes e raparigas percebem que o futebol é para todos, não é uma modalidade de género. Estamos todos no mesmo barco, que é o futebol.

Que tipo de ações fazem nas escolas?
Fazemos visitas com as jogadoras e jogadores, falamos com os alunos, fazem perguntas, damos respostas.

Têm quantas equipas? Quantas atletas move o futebol feminino do Sporting de Braga?
Em competição, temos três equipas: a A, B e a de sub-19. Somos 66. E também temos algumas meninas na formação a treinar com os rapazes, outras numa equipa só de raparigas. Na formação, o número de praticantes entre eles e elas ainda é muito diferente, embora a adesão tenha vindo a crescer. Teremos 30 das sub-13 para baixo. Parece pouco mas já é significativo.

Já recebeu convites do Sporting e Benfica para ser diretora?
Não. Não recebi.

Tem fama de ser refilona com as árbitras...
Não sou nada [risos]. Não refilo muito, expresso o meu ponto de vista. Falo com elas, mas com muito respeito. Tenho muito respeito pelas equipas de arbitragem.

Nunca foi expulsa?
Uma vez, no Valadares, mas nem sequer foi pelo que disse, foi por ter aberto os braços.

Como jogadora?
Não, já era diretora. Houve um lance, o fiscal de linha marcou fora de jogo, abri os braços e disse que não era fora de jogo. E a árbitro disse que me expulsava, e expulsou.

Não o insultou?
De forma nenhuma. O caminho não é esse. Estamos todas a trabalhar para o mesmo.

Há que marcar a diferença em relação ao futebol masculino?
Temos de ser muito diferentes no futebol feminino a esse nível. Acho que as pessoas estão um bocado saturadas de algumas coisas no futebol. É preciso fazer diferente para atrair mais gente ao futebol feminino.

Os adeptos estão fartos de desculpas, que as culpas sejam sempre dos árbitros...
Estão fartos das polémicas. As pessoas estão cansadas. Temos boas equipas, bons jogadores em Portugal e os estádios infelizmente não estão cheios. E deviam estar. Se pudermos oferecer algo de diferente, por que não? A nossa aposta é num futebol mais positivo.

Qual é a vossa assistência média?
Em casa, aumentámos um bocadinho. Entre os 300 a 500 adeptos. Nos jogos mais mediáticos, contra o Sporting ou o Benfica, os números são muito superiores. No jogo em casa contra o Benfica, estiveram cá cerca de 5000 pessoas; com o Sporting, no último jogo do campeonato, também mais de 4000.

Mais do que em alguns jogos da Liga NOS.
Sim, daí dizer que há saturação. É preciso o futebol voltar a ser mais puro.

Como preparou o Sporting de Braga a época para roubar o título ao Sporting?
Com tranquilidade. Nos últimos anos, o Braga andou muito perto de ganhar. Este ano conseguimos juntar um conjunto de jogadoras que tinham caraterísticas importantes para conseguirmos vencer os títulos...

Perderam algumas jogadoras na época passada...
Saíram algumas e tivemos de ir ao mercado. Não há fórmulas milagrosas de ganhar títulos.

Têm nove estrangeiras.
Tivemos de ir buscar lá fora porque infelizmente em Portugal o mercado ainda é muito curto. O nosso campo de recrutamento não é vasto, nem há muitas jogadoras com qualidade. Mas a nossa aposta não é em jogadoras estrangeiras, até porque o nosso plantel é composto maioritariamente por atletas portuguesas.

A base é curta devido a uma aposta tardia na formação ou porque há muitas atletas a irem para o estrangeiro?
A aposta forte na formação é recente, mas agora até há várias atletas que foram para o estrangeiro e regressaram a Portugal, com a entrada do Sporting, do Braga e agora com o Benfica. Saíam por falta de projetos e de condições financeiras e competitivas aliciantes para elas. A Cláudia Neto, do Wolsburgo, ainda está lá fora. E a Dolores [Silva], que esteve cá, foi para o Atlético de Madrid. Portugal só há pouco começou a apostar forte no futebol feminino, mas as coisas estão a mudar também com o impulso da FPF [Federação Portuguesa de Futebol]. Não são os primeiros passos, mas os frutos não se colhem de imediato.

A Dolores Silva, campeã nacional em Espanha, disse numa entrevista à Tribuna Expresso que o futebol feminino está numa fase de revolução, apesar de longe de ter um tratamento de igualdade em relação ao masculino.
É uma verdade de La Palisse. A projeção do futebool masculino ainda está a anos luz do feminino. A Liga BPI tem 12 equipas, mas apenas há três equipas profissionais no nosso país: Sporting, Braga e Benfica.

Dedicam-se exclusivamente ao futebol?
No Sporting de Braga, algumas estudam, mas a maioria tem por única atividade o futebol.

Quanto ganham em média?
O suficiente para viverem da atividade. Em termos desportivos até é bom que não tenham outra atividade profissional, porque acabam por se dispersar e cansar-se, o que afeta o rendimento competitivo. Mas incentivamos o mais possível as que estudam a concluir os cursos.

Qual é o salário médio no futebol feminino?
Não posso dizer...

O médio, não os máximos...
Não conheço os contratos salariais de todos as jogadoras, nem de todos os clubes, mas talvez rondem em média os €1000.

Ronda os dois salários mínimos...
Com picos para cima e para baixo.

Sentiu como um falhanço terem perdido a 2ª mão das meias-finais da Taça de Portugal com o Benfica, em casa, depois de terem vencido a 1ª mão, fora de casa? Estavam demasiado focadas na prioridade, que era a campeonato?
Esta época tínhamos três objetivos: ganhar a Supertaça, o campeonato e a Taça de Portugal. Concretizámos dois dos objetivos e falhámos um. Não considero que tenha sido um falhanço, mas é óbvio que nos deixou tristes, embora tenha sido uma época muito boa.

Na próxima época quem acha que será o principal adversário, Sporting ou Benfica?
Os nossos adversários são todos os que competem na Liga BPI. Não podemos ser arrogantes. O Estoril roubou-nos pontos em casa. Achar que só temos dois adversários fortes... Empatámos dois jogos em casa: um contra o Estoril, e o último, contra o Sporting.

Com o Sporting e o Benfica em competição vai ser uma época mais complicada?
Possivelmente, mas partimos para a nova época com o objetivo de revalidar o título. É o que o clube nos pede desde início. Trabalhamos para conquistar títulos. Felizmente há mais equipas a entrar e a iniciar projetos de futebol feminino. Será um campeonato mais competitivo, o que é mais apelativo para as jogadoras e para o público. Será mais imprevisível.

O Minho é a região com mais equipas na Liga NOS - cinco - e agora junta uma campeã nacional de futebol feminino. O que explica este fenómeno?
Não tenho uma explicação. É uma região empreendedora, onde as pessoas se empenham em fazer as coisas acontecerem. E trabalham muito para que aconteçam. São fazedores, não se acomodam face às dificuldades. Procuram sempre fazer mais, talvez seja por aí o sucesso da região em termos de exportação em indústrias como o têxtil ou calçado

Já está a preparar a próxima época?
Claro.

Vão estagiar onde?
Costumamos fazer os treinos de pré-época aqui na Cidade Desportiva, em Braga. Temos boas condições, fazemos jogos-treino. Não sentimos necessidade de sair daqui ou de fazer uma concentração para preparar a época. Nem nunca nos foi pedido pelos treinadores. Não sei até que ponto é positivo as jogadoras estarem isoladas de tudo, apenas dedicadas ao futebol. Pode ter as suas vantagens, mas em geral as atletas são muito focadas e a família não é uma dispersão. Sabem o quanto trabalharam para chegar ao patamar competitivo do Sporting de Braga e não querem perder oportunidades.

Que jogadora roubava ao Sporting e ao Benfica, se pudesse?
Nenhuma. As minhas jogadoras dão-me muitas alegrias. Claro que no final de uma época há mexidas, é um processo natural.

O título deu lustro à equipa e uma maior cobiça...
É normal que sejam mais cobiçadas, mas acho que estão felizes em Braga e satisfeitas com o que conseguiram atingir. Nenhuma nos pediu para sair, o que é um motivo de satisfação e sinal que o nosso trabalho está a ser bem feito.

Já se pagam rescisões significativas pela transferência de jogadoras sob contrato?
Ainda não, mas não lhe sei dizer montantes.

Na próxima época vão disputar a Champions. Vão apostar mais em estrangeiras?
Nem mais nem menos. Haverá entradas e saídas mas vamos manter um misto entre as atletas portuguesas e as estrangeiras no plantel.

Quando venceram a Supertaça, em setembro, António Salvador vaticinou que seria o primeiro de muitos títulos. A Sofia entendeu esse desafio como uma mensagem de confiança ou pressão?
Foi uma mensagem de confiança e exigência. O presidente tem apostado muito e tem um carinho especial pelo futebol feminino.

Sabe porquê?
Não, mas sentimos isso.

Se calhar porque percebeu que lhe daria mais depressa o título nacional do que a equipa masculina...
Não sei. Sempre que pode assiste aos jogos e estamos permanentemente em contacto. O acompanhamento é muito grande e nada lhe passa ao lado. Estamos muito agradecidas.

Conta-se que ele tem mau feitio. E com vocês?
Se tem, não se nota.

Quando ganharam o campeonato, disse que esperava que o título inspirasse o plantel masculino
Pode ter dito, mas a mensagem foi novamente de confiança, para que se chegue cada vez mais longe. Faz parte do ADN deste clube procurar ser melhor e ganhar mais vezes. E em relação à equipa masculina há igualmente essa exigência.

Costuma assistir aos jogos da equipa masculina?
Sim, e, em casa, as atletas também. Vivem muito o clube.

Como explica que a equipa masculina tenha andado nos lugares de topo, a espreitar o título, e tenha feito uma reta final tão desastrada?
Acompanho como adepta e observadora. Por vezes há fatores emocionais que podem pesar, não sei se foi por isso ou não. Eventualmente a equipa pode ter acusado alguma pressão, mas não estou por dentro para fazer uma avaliação justa.

Foi um pouco o que aconteceu com a equipa feminina na época passada.
É verdade. Estivemos perto de conquistar tudo e não ganhámos nada. É uma frustração muito grande, que não há como explicar. Todas queriam ganhar, deram o máximo, os treinadores também. Num caso e noutro, penso que o desaire quando assim acontece será mais de ordem emocional do que por razões técnicas. Os jogadores e jogadoras não perderam qualidade, nem desaprendem de jogar de um momento para o outro. O factor emocional, nos jogos mais competitivos ou decisivos, é preponderante. E a experiência também conta muito em jogos que são como finais.


Sofia Teles tem 33 anos e é formada em direito

O que acha da contratação de Maria João Xavier para ser a nova diretora do futebol feminino do Sporting?
Conheço-a bem e tem muita experiência e conhecimento. É uma mais-valia para o Sporting.

Braga, Sporting e Benfica têm diretoras mulheres, mas, curiosamente, em geral, os treinadores são homens...
Isto não pode ser uma casa só de mulheres!

Acontece por o treino ser pouco apelativo para as mulheres?
Não. Julgo que é pelo facto de haver poucas treinadoras em Portugal. A base de recrutamento é curta. Já trabalhei com treinadores e treinadoras, não senti diferença. E temos treinadoras muito competentes, como é o caso da Helena Costa.

A nível das treinadoras o preconceito é maior do que em relação às atletas?
Talvez sim. Nunca pensei nisso dessa forma. Mas em breve também irá mudar, porque têm qualidade. A competência não é uma questão de género. É apenas uma questão de terem mais oportunidades para fazerem o seu caminho. Como a Susana Cova, ex-selecionadora que vai treinar o Sporting.

Em pequena, tinha alguma jogadora que admirasse?
Não, pois na altura nem sabia que existia futebol feminino. Sempre gostei de defesas, porque era a minha posição, e a minha primeira referência foi o Aloísio.

E as jogadoras, preferem ser treinadas por homens ou mulheres?
É-nos indiferente. Mesmo. O que mais procuram num treinador é que seja rigoroso e coerente.

Ada Hegerberg, a primeira vencedora da Bola de Ouro, abandonou a seleção norueguesa e renunciou ao Mundial em curso em nome de melhores condições de trabalho e igualdade de tratamento. Ficou surpreendida?
Não. Esta não é apenas uma luta da Ada. Na seleção americana também já houve uma série de protestos em relação à Federação, na australiana também e noutras equipas nórdicas. As jogadores têm vindo a insurgir-se porque, de facto, trabalham tanto como os homens, no caso dos EUA até conquistam mais títulos, e o reconhecimento que recebem das estruturas dirigentes é muito inferior. Às vezes é preciso agitar as águas para haver mudanças. E o braço de ferro pode ajudar na luta pela igualdade. E a verdade é que assistimos a mudanças nos últimos anos.

O facto de o futebol ser tão popular e global poderá ser um motor da igualdade do género?
O futebol pode ser um exemplo em muitas lutas, e esta é uma delas. Mas não será fácil enquanto o futebol feminino viver na dependência do masculino em termos de receitas, um mundo que move milhões.

O que faz nos tempos livres?
Faço exercício, gosto de ler, estar com os amigos e ir ao cinema de vez em quando.

E férias?
Costumo ir para a aldeia dos meus avós, perto de Viana do Castelo. É o meu retiro para estar em paz. Mas também gosto de viajar. Sou curiosa.
[fechar]

https://tribunaexpresso.pt/entrevistas-tribuna/2019-06-20-Sofia-Teles-Os-adeptos-estao-fartos-de-polemicas.-O-futebol-precisa-de-ser-mais-puro-e-nos-vamos-fazer-a-diferenca-pela-positiva

anarcos


nelsonandre

#1108
Sorteio da UEFA Women's Champions League

Grupo 7: Apollon LFC (CYP), Sturm Graz (AUT), Braga (POR), Rīgas Futbola skola (LVA, anfitrião)

Jogos entre 7 e 13 de Agosto

https://pt.uefa.com/womenschampionsleague/draws/

Calendário da prova
Sorteio da fase de qualificação: 21 de Junho de 2019, Nyon
Fase de qualificação: 7, 10 e 13 Agosto de 2019
Sorteio dos 16 avos-de-final: 16 de Agosto de 2019, Nyon
16 avos-de-final: 11/12 e 25/26 de Setembro de 2019
Sorteio dos oitavos-de-final: 30 de Setembro de 2019, Nyon
Oitavos-de-final: 16/17 e 30/31 de Outubro de 2019
Sorteio dos quartos e meias-finais: 8 de Novembro de 2019, Nyon
Quartos-de-final: 24/25 Março e 12 de Abril de 2020
Meias-finais: 25/26 Abril e 2/3 de Maio de 2020
Final (Viola Park, Viena): 24 de Maio de 2020

Gradinni

Citação de: nelsonandre em 21 de Junho de 2019, 14:26
Sorteio da UEFA Women's Champions League

Grupo 7: Apollon LFC (CYP), Sturm Graz (AUT), Braga (POR), Rīgas Futbola skola (LVA, anfitrião)

Jogos entre 7 e 13 de Agosto

https://pt.uefa.com/womenschampionsleague/draws/

Calendário da prova
Sorteio da fase de qualificação: 21 de Junho de 2019, Nyon
Fase de qualificação: 7, 10 e 13 Agosto de 2019
Sorteio dos 16 avos-de-final: 16 de Agosto de 2019, Nyon
16 avos-de-final: 11/12 e 25/26 de Setembro de 2019
Sorteio dos oitavos-de-final: 30 de Setembro de 2019, Nyon
Oitavos-de-final: 16/17 e 30/31 de Outubro de 2019
Sorteio dos quartos e meias-finais: 8 de Novembro de 2019, Nyon
Quartos-de-final: 24/25 Março e 12 de Abril de 2020
Meias-finais: 25/26 Abril e 2/3 de Maio de 2020
Final (Viola Park, Viena): 24 de Maio de 2020
Penso que o Sturm Graz será o adversário mais complicado mas acho que até foi um sorteio simpático para o Braga