Bruno Lage, Treinador do SL Benfica

Treinador, 48 anos,
Portugal
Equipa Principal: 3 épocas (2019-2020, 2024-), 78 jogos (53 vitórias, 12 empates, 13 derrotas)
Em 2024/2025: 2 jogos (2 vitórias, 0 empates, 0 derrotas)

Equipa B: 1 época, 13 jogos, 0 golos

Títulos: Campeonato Nacional (1), Supertaça (1)

alsohugo

Citação de: slbenfica_croft em Hoje às 09:19níveis de agressividade baixíssimos e níveis de intensidade baixíssimos.

É um problema já com anos. Eu juro que não entendo.

raio

Citação de: Hofstede1904 em Hoje às 09:27Estamos estão desmotivados e cansados desta direção e consequentemente deste Benfica que o festejo do Lage nos parece constrangedor.


Se tivéssemos em euforia, ficávamos com o pau feito com essa raça, agora no estado atual.. meehh...

É que mesmo isso.

Para muitos benfiquistas, sobretudo uma larga franja dos que viveram os anos 80 e 90, este Benfica sequestrado pela trupe secou toda a emoção que o Benfica provocava.

slbenfica_croft

Citação de: alsohugo em Hoje às 09:31
Citação de: slbenfica_croft em Hoje às 09:19níveis de agressividade baixíssimos e níveis de intensidade baixíssimos.

É um problema já com anos. Eu juro que não entendo.

Não se percebe.

E todas as más equipas do BENFICA apresentam estas características de forma vincada.

Alguma coisa não bate certo. É recorrente. É impossível que lá dentro ninguém veja. Os anos passam, jogadores, treinadores, mas isto é recorrente.

E no futebol de alta competição actual é impensável e inaceitável. É suposto que estes jogadores sejam também atletas de alta competição.

fpie

podemos criticar o Lage, mas todos sabemos de quem é a culpa, esse esconde-se, não dá a cara para nada, nem depois de ser enrabado em direto, miseravel

brunovet

A unica coisa que lhe tenho a apontar é que não pode deixar as substituições para os 86 minutos com a equipa toda rebentada. Deu me vibes de schmidt neste aspecto e quase que ia custar pontos.

fdpdc666

E. Vermelha-Benfica, 1-2 Bruno Lage: «Vitória muito importante para dar continuidade»
Treinador do Benfica destaca os três pontos num campo «muito difícil» e também o grande apoio dos 500 adeptos nas bancadas.



Benfica alcançou a sua primeira vitória fora de casa em 2024/25, já com Bruno Lage no banco de suplentes (ANDREJ CUKIC/EPA)

Tal como o Sporting, também o Benfica entrou a ganhar na nova Liga dos Campeões, sendo que esta é a sua primeira vitória fora de casa, em 2024/25, após um empate com o Moreirense e uma derrota em Famalicão, algo que deixou Bruno Lage muito satisfeito.

«São mais três pontos, muito importantes para iniciar este novo formato da Liga dos Campeões e dar continuidade àquilo que nós fizemos no último jogo. Acrescentar uma vitória num campo muito difícil à nossa primeira vitória, eu estava muito confiante», começou por dizer, em entrevista rápida à Sport TV, antes de explicar os festejos efusivos no final da partida.

«Foi essa confiança que transmiti aos jogadores e depois agradecer o apoio aos adeptos, os nossos 500 iam-se fazer ouvir e fizeram-se ouvir. Apoiaram a equipa no momento em que mais precisava e foi muito importante. É isso que temos de fazer, a responsabilidade está toda do nosso lado neste momento. Fazer boas exibições para que os adeptos sintam o orgulho na equipa e foi isso que a equipa conseguiu fazer em campo.»

Devido à lesão de Alexander Bah, sobre a qual o técnico português ainda não tem qualquer informação, o próprio explicou que ficaram condicionados na segunda parte por essa substituição na primeira: «Nós estamos a fazer um trabalho, como disse e vou-me agarrar a esta frase, porque não há mesmo tempo a perder. A sequência de jogos e o tempo tão limitado para treinar a isso obriga, que é nós termos um plano A e irmos preparado soluções que ainda não tivemos tempo para preparar. Estivemos condicionados pela primeira substituição, que tivemos de fazer. A segunda com a entrada do Aursnes e depois ficámos condicionados e tentámos prolongar o máximo possível para fechar o jogo. É este o caminho que temos de fazer, quando temos hipóteses jogamos como equipa, com a qualidade que fizemos durante 60 ou mais minutos, quando não conseguimos, aguentamos.»

Por fim, Bruno Lage voltou a destacar um início de um novo ciclo, esquecendo o anterior: «Vencer ajuda em tudo, financeiramente, estabilidade, valor dos jogadores, valor dos treinadores, por isso o meu foco é sempre aquilo que eu controlo, que é preparar a equipa para vencer e é isso que eu controlo. Independentemente do que tenha sido o outro desfecho, um regresso obriga este clube a ganhar, marcar golos e conquistar títulos. Por isso, independente da forma como fechou, é um ciclo novo e nós todos temos essa responsabilidade de conquistar», finalizou.

Pedro Casteleiro in A Bola

alsohugo

Citação de: slbenfica_croft em Hoje às 09:34
Citação de: alsohugo em Hoje às 09:31
Citação de: slbenfica_croft em Hoje às 09:19níveis de agressividade baixíssimos e níveis de intensidade baixíssimos.

É um problema já com anos. Eu juro que não entendo.

Não se percebe.

E todas as más equipas do BENFICA apresentam estas características de forma vincada.

Alguma coisa não bate certo. É recorrente. É impossível que lá dentro ninguém veja. Os anos passam, jogadores, treinadores, mas isto é recorrente.

E no futebol de alta competição actual é impensável e inaceitável. É suposto que estes jogadores sejam também atletas de alta competição.

E é um problema que se infiltrou noutros momentos. Levam cacetada e quase que nem reclamam.

tiago_alexx

Citação de: brunovet em Hoje às 09:35A unica coisa que lhe tenho a apontar é que não pode deixar as substituições para os 86 minutos com a equipa toda rebentada. Deu me vibes de schmidt neste aspecto e quase que ia custar pontos.

pah, ē so ver a CI depois do jogo , ele explica isso mesmo :

tirou o Bah por lesao, Lancou o Aursnes para segurar o meio campo. Ja so restava mais uma pausa para fazer subs

Motörhead


raymanzarek

Eu que fui completamente contra a sua vinda, tenho de exaltar os seus feitos imediatos num navio em cacos e completamente à deriva.

Taxativa e friamente falando, tem duas vitórias em dois jogos, num contexto completamente adverso e em condições manifestamente miseráveis.

Sem a presença e apoio do seu presidente, com demasiados anti corpos, pautado pela seu (fraco) carisma e com um discurso sempre aglutinante, mas demasiado receoso de falhar, Bruno Lage vai conseguindo unir, com muito cuspo e suor, cacos e pedaços partidos de uma suposta equipa.

Obviamente que todos sabemos que nisso é bom. O pior será à primeira adversidade a sério, quando os jogadores já não estiverem refrescados pela brisa da mudança e se acomodarem, como invariavelmente fazem.

Quando correrem menos, escudados por um presidente "amigo" e incompetente que lhes ampara tudo e que diz que não há qualquer tipo de exigência ou brio.

Não estou a culpar os jogadores na percepção cristalina de não correrem porque querem ou não se esforçarem. O problema é de mentalidade, a mentalidade que impera no Benfica e os faz crer que o que correm e esforçam é mais que suficiente para o símbolo que levam em campo, quando não é.

Infelizmente, não vai ser um treinador com o carisma, presença e intensidade de Bruno Lage que irá mudar isso.

Mas louvo-lhe a vontade e toda esta energia inicial. Precisávamos dela, e merece no mínimo um boost de confiança.

slbenfica_croft

Citação de: alsohugo em Hoje às 09:36
Citação de: slbenfica_croft em Hoje às 09:34
Citação de: alsohugo em Hoje às 09:31
Citação de: slbenfica_croft em Hoje às 09:19níveis de agressividade baixíssimos e níveis de intensidade baixíssimos.

É um problema já com anos. Eu juro que não entendo.

Não se percebe.

E todas as más equipas do BENFICA apresentam estas características de forma vincada.

Alguma coisa não bate certo. É recorrente. É impossível que lá dentro ninguém veja. Os anos passam, jogadores, treinadores, mas isto é recorrente.

E no futebol de alta competição actual é impensável e inaceitável. É suposto que estes jogadores sejam também atletas de alta competição.

E é um problema que se infiltrou noutros momentos. Levam cacetada e quase que nem reclamam.
Faltam líderes, jogadores com personalidade forte...

É um conhecido mal que a maioria não gosta de falar e ainda menos reconhecer.

fdpdc666

Bruno Lage e um Benfica emocional.
Discurso do treinador do Benfica não é necessariamente cativante e, para já, só tem sido exposto a vitórias, mas o comportamento apela a que as bancadas entrem sempre em campo.



Bruno Lage em Belgrado. Foto: IMAGO

Spoiler
Dois jogos depois, a maior vitória de Bruno Lage é a recuperação de alguma confiança em torno da equipa. Os resultados diante do Santa Clara e, sobretudo, na visita ao sempre terrível ambiente do Marakana de Belgrado, sustentam-no. No entanto, é sobretudo pelas dinâmicas acrescentadas, maioritariamente no que diz respeito ao meio-campo, que o crescimento do moral dos benfiquistas deve assentar. Numa Liga em que o primeiro lugar está cinco pontos acima e com esta Champions, que encerra tanto dificuldades quanto eventuais surpresas lá mais para a frente, voltar a acreditar num final feliz pode ser a maior conquista das águias nos próximos tempos. Não garante títulos, todavia poderá ser o princípio de algo.

Os caminhos que daqui partirão só o treinador os conhecerá, se é que já os projetou, mas o que o acrescentou ao modelo existente, transformando o 4x2x3x1 num 4x3x3 assimétrico que permite controlar melhor o espaço à volta de Ángel Di María, merece ser de imediato valorizada. Não só por ser mais um esquema a entrar no seu portfólio, ou seja, a experimentação de algo específico e não necessariamente antes tentado, mas ainda porque, deste logo, o plot twist tem permitido um maior equilíbrio na reação à perda e garantido, ao mesmo tempo, o crescimento da influência de Kokçu, a atravessar o melhor momento desde que chegou à Luz.

O triângulo criado, com o vértice defensivo a ser pisado por Florentino, está a conseguir libertar os outros dois médios, o turco mais no perfil de um 8 e o argentino mais 8,5, e ambos com o pé mais forte por dentro, prontos para ações decisivas, como passes de rotura, envolvimentos em progressão e finalizações. Logo aí, nota-se uma mudança de abordagem: Roger Schmidt dificilmente criaria uma dinâmica para proteger um jogador, por mais importante que este fosse, mesmo com o exemplo positivo que até vem de uma Argentina campeã do mundo e dupla vencedora da Copa América, em que Rodrigo De Paul se torna uma espécie de cão de guarda de Lionel Messi (e antes também de Di María, com a ajuda de MacAllister e Enzo).

Aursnes, pedra essencial para Schmidt, não esteve no primeiro encontro e acabara de regressar para o segundo, e poderá baralhar as contas deste centro de equilíbrio descoberto, tanto defensivo como ofensivo. Resta saber se Lage já tem a resposta que não só lhe permitiria criar espaço para a reentrada do norueguês como, ao mesmo tempo, manter o que avançou na construção do novo modelo. Não jogarão os quatro ao mesmo tempo e Aursnes dificilmente voltará a ser olhado como interior esquerdo – o que a série goleadora de Akturkoglu apenas confirma –, por isso entre Florentino, Kokçu e Rollheiser um poderá estar a prazo.

O elo mais fraco até poderia ser o português. Já o foi antes, com a chegada de Weigl e o mesmo treinador, e que derivará também de um novo posicionamento que lhe retira aquilo que gosta de fazer: pressionar mais à frente. No entanto, o nórdico, perante maior agressividade na pressão, já mostrou igualmente sentir problemas com a bola nos pés. Se sem o turco, se perderia uma boa ligação entre meio-campo e ataque, com o ex-Estudiantes de fora a passividade de Di María sem bola será muito mais exposta, como foi no segundo tempo em Belgrado. Não é uma equação de resolução fácil.

O bloco, entretanto, baixou uns metros e os setores ficaram mais juntos, o que também ajuda uma linha defensiva lenta como a formada por Otamendi e António Silva no controlo da profundidade. Há espaço para atacar e contra-atacar, e ferir os rivais.

Os encarnados não jogaram sozinhos, o ambiente no Marakana não é fácil para ninguém e, no Estrela Vermelha, mora um ou outro jogador de qualidade. Todavia, depois de uma boa primeira parte e com uma boa vantagem alcançada, o Benfica adormeceu. Perdeu critério na saída, descansou em cima do resultado e acabou a sofrer. Praticamente não chegou à baliza de Glazer e, quando a rondou, tomou más decisões sucessivas. Entregou a bola, não soube arrefecer o jogo, consentiu demais. Ainda houve um remate ao poste de Amdouni, porém foi o tal oásis no deserto. E esta quebra, que pode ser trabalhada, não se consegue explicar. Os encarnados deviam ter reentrado para um novo jogo, mas deram a entender que estavam a caminho do aeroporto. Uma dúvida que ficará para os próximos desafios.

A instabilidade nos segundos 45 minutos chegou à defesa. Kaboré não escondeu debilidades e depois Lage, para ajudar Florentino (com Aursnes), tirou a proteção a Di María (ao substituí-lo por Rollheiser). Se a decisão acalmou inicialmente os sérvios, a verdade é que o tempo voltou a trazê-los de volta ao jogo e agora com mais espaço. Com o encontro ainda assim mais ou menos controlado, Otamendi, que até atravessava bom momento na partida, decidiu sair de posição para ajudar António Silva, porém, ao fazê-lo, libertou o espaço que Milson precisava para bater Trubin. Mais um erro do argentino, a juntar a vários nos jogos anteriores, que não encaixam bem com o exemplo de serenidade e liderança que deveria dar em campo. Até quando a tão sublinhada experiência continuará a ser sobrevalorizada?

Bruno Lage quer claramente jogar com o lado emocional do jogo. O seu discurso, embora algo insosso, aponta sempre aos adeptos, já que sentiu que precisará deles do seu lado para fazer com que a equipa entre em velocidade cruzeiro e eventualmente acelere na perseguição dos rivais, já para não falar do que pode ser uma Luz vestida de Inferno na prova milionária. Não digo que não seja genuíno quando bate no peito depois do apito final no Marakana ou levanta os braços após o empate contra o Santa Clara a pedir o empurrão do terceiro anel, apenas que tal poderá ser tão importante quanto o novo triângulo a meio-campo.

Para já, tudo corre bem e não excessivamente bem, o que é bom. Há resultados a que dar continuidade e mantêm-se os alertas para que não se embandeire em arco. Lage não poderia ter desejado melhor reentrada.
[fechar]

Luís Mateus • editor-executivo • in A Bola

brunovet

Citação de: tiago_alexx em Hoje às 09:37
Citação de: brunovet em Hoje às 09:35A unica coisa que lhe tenho a apontar é que não pode deixar as substituições para os 86 minutos com a equipa toda rebentada. Deu me vibes de schmidt neste aspecto e quase que ia custar pontos.

pah, ē so ver a CI depois do jogo , ele explica isso mesmo :

tirou o Bah por lesao, Lancou o Aursnes para segurar o meio campo. Ja so restava mais uma pausa para fazer subs
Justificação que não concordo...aos 75 minutos era tirar di maria, kokcu e pavlidis...e por barreiro, amdouni e cabral. Refrescar a equipa pois nessa altura já não conseguimos ter bola por deficit fisico evidente dessas três unidades...

windows10

Citação de: fdpdc666 em Hoje às 09:51Bruno Lage e um Benfica emocional.
Discurso do treinador do Benfica não é necessariamente cativante e, para já, só tem sido exposto a vitórias, mas o comportamento apela a que as bancadas entrem sempre em campo.



Bruno Lage em Belgrado. Foto: IMAGO

Spoiler
Dois jogos depois, a maior vitória de Bruno Lage é a recuperação de alguma confiança em torno da equipa. Os resultados diante do Santa Clara e, sobretudo, na visita ao sempre terrível ambiente do Marakana de Belgrado, sustentam-no. No entanto, é sobretudo pelas dinâmicas acrescentadas, maioritariamente no que diz respeito ao meio-campo, que o crescimento do moral dos benfiquistas deve assentar. Numa Liga em que o primeiro lugar está cinco pontos acima e com esta Champions, que encerra tanto dificuldades quanto eventuais surpresas lá mais para a frente, voltar a acreditar num final feliz pode ser a maior conquista das águias nos próximos tempos. Não garante títulos, todavia poderá ser o princípio de algo.

Os caminhos que daqui partirão só o treinador os conhecerá, se é que já os projetou, mas o que o acrescentou ao modelo existente, transformando o 4x2x3x1 num 4x3x3 assimétrico que permite controlar melhor o espaço à volta de Ángel Di María, merece ser de imediato valorizada. Não só por ser mais um esquema a entrar no seu portfólio, ou seja, a experimentação de algo específico e não necessariamente antes tentado, mas ainda porque, deste logo, o plot twist tem permitido um maior equilíbrio na reação à perda e garantido, ao mesmo tempo, o crescimento da influência de Kokçu, a atravessar o melhor momento desde que chegou à Luz.

O triângulo criado, com o vértice defensivo a ser pisado por Florentino, está a conseguir libertar os outros dois médios, o turco mais no perfil de um 8 e o argentino mais 8,5, e ambos com o pé mais forte por dentro, prontos para ações decisivas, como passes de rotura, envolvimentos em progressão e finalizações. Logo aí, nota-se uma mudança de abordagem: Roger Schmidt dificilmente criaria uma dinâmica para proteger um jogador, por mais importante que este fosse, mesmo com o exemplo positivo que até vem de uma Argentina campeã do mundo e dupla vencedora da Copa América, em que Rodrigo De Paul se torna uma espécie de cão de guarda de Lionel Messi (e antes também de Di María, com a ajuda de MacAllister e Enzo).

Aursnes, pedra essencial para Schmidt, não esteve no primeiro encontro e acabara de regressar para o segundo, e poderá baralhar as contas deste centro de equilíbrio descoberto, tanto defensivo como ofensivo. Resta saber se Lage já tem a resposta que não só lhe permitiria criar espaço para a reentrada do norueguês como, ao mesmo tempo, manter o que avançou na construção do novo modelo. Não jogarão os quatro ao mesmo tempo e Aursnes dificilmente voltará a ser olhado como interior esquerdo – o que a série goleadora de Akturkoglu apenas confirma –, por isso entre Florentino, Kokçu e Rollheiser um poderá estar a prazo.

O elo mais fraco até poderia ser o português. Já o foi antes, com a chegada de Weigl e o mesmo treinador, e que derivará também de um novo posicionamento que lhe retira aquilo que gosta de fazer: pressionar mais à frente. No entanto, o nórdico, perante maior agressividade na pressão, já mostrou igualmente sentir problemas com a bola nos pés. Se sem o turco, se perderia uma boa ligação entre meio-campo e ataque, com o ex-Estudiantes de fora a passividade de Di María sem bola será muito mais exposta, como foi no segundo tempo em Belgrado. Não é uma equação de resolução fácil.

O bloco, entretanto, baixou uns metros e os setores ficaram mais juntos, o que também ajuda uma linha defensiva lenta como a formada por Otamendi e António Silva no controlo da profundidade. Há espaço para atacar e contra-atacar, e ferir os rivais.

Os encarnados não jogaram sozinhos, o ambiente no Marakana não é fácil para ninguém e, no Estrela Vermelha, mora um ou outro jogador de qualidade. Todavia, depois de uma boa primeira parte e com uma boa vantagem alcançada, o Benfica adormeceu. Perdeu critério na saída, descansou em cima do resultado e acabou a sofrer. Praticamente não chegou à baliza de Glazer e, quando a rondou, tomou más decisões sucessivas. Entregou a bola, não soube arrefecer o jogo, consentiu demais. Ainda houve um remate ao poste de Amdouni, porém foi o tal oásis no deserto. E esta quebra, que pode ser trabalhada, não se consegue explicar. Os encarnados deviam ter reentrado para um novo jogo, mas deram a entender que estavam a caminho do aeroporto. Uma dúvida que ficará para os próximos desafios.

A instabilidade nos segundos 45 minutos chegou à defesa. Kaboré não escondeu debilidades e depois Lage, para ajudar Florentino (com Aursnes), tirou a proteção a Di María (ao substituí-lo por Rollheiser). Se a decisão acalmou inicialmente os sérvios, a verdade é que o tempo voltou a trazê-los de volta ao jogo e agora com mais espaço. Com o encontro ainda assim mais ou menos controlado, Otamendi, que até atravessava bom momento na partida, decidiu sair de posição para ajudar António Silva, porém, ao fazê-lo, libertou o espaço que Milson precisava para bater Trubin. Mais um erro do argentino, a juntar a vários nos jogos anteriores, que não encaixam bem com o exemplo de serenidade e liderança que deveria dar em campo. Até quando a tão sublinhada experiência continuará a ser sobrevalorizada?

Bruno Lage quer claramente jogar com o lado emocional do jogo. O seu discurso, embora algo insosso, aponta sempre aos adeptos, já que sentiu que precisará deles do seu lado para fazer com que a equipa entre em velocidade cruzeiro e eventualmente acelere na perseguição dos rivais, já para não falar do que pode ser uma Luz vestida de Inferno na prova milionária. Não digo que não seja genuíno quando bate no peito depois do apito final no Marakana ou levanta os braços após o empate contra o Santa Clara a pedir o empurrão do terceiro anel, apenas que tal poderá ser tão importante quanto o novo triângulo a meio-campo.

Para já, tudo corre bem e não excessivamente bem, o que é bom. Há resultados a que dar continuidade e mantêm-se os alertas para que não se embandeire em arco. Lage não poderia ter desejado melhor reentrada.
[fechar]

Luís Mateus • editor-executivo • in A Bola


"Só tem sido exposto a vitórias", como quem diz que as vitórias são um fator exógeno ao trabalho da equipa, que não são um resultado do trabalho da equipa e do trabalho dele.

De maneira melhor ou pior, o Benfica teve duas vitórias em dois jogos.
O primeiro jogo foi importante para dar nova vida e novo ânimo à equipa e aos adeptos. Ainda por cima começámos logo a perder.

O segundo jogo foi uma boa vitória, bom resultado numa deslocação difícil, num estádio de onde não é fácil levar pontos, e foi uma entrada com o pé direito na nova Liga dos Campeões. 3 pontos que eram cruciais e que conquistámos.

Se a equipa está a jogar lindamente? Não, mas treinou 2 dias antes do primeiro jogo com o plantel todo, e deve ter treinado mais 2 dias antes deste jogo. Assim será até a equipa ter mais tempo de treino.

Até lá, a equipa tem de ir mostrando carácter e ganhar os jogos mesmo que jogue mal.
Próximo jogo é uma deslocação muito difícil e estamos proibidos de perder mais pontos.

Carrega Benfica.

Rei

Muito bem a trocar os extremos de corredor quando o Estrela procurava explorar o nosso flanco direito. O turco acabou por ajudar muito o Issa. Fosse o Schmidt e ficava a ver. Disse isto a quem estava a ver o jogo comigo. Detalhes importantes.