Diogo Ribeiro - Natação

TeamRocket37

https://www.chlorus.pt/alberto-silva-e-o-novo-selecionador-jose-machado-mantem-se-na-estrutura

Alberto Silva é o novo selecionador.

O brasileiro Alberto Silva é o novo selecionador de natação para o ciclo olímpico 2021-2024, cuja apresentação está agendada para esta sexta-feira, pelas 16h00, no Complexo de Piscinas do Jamor, anunciou esta quinta-feira a Federação Portuguesa de Natação.

A nova equipa técnica, liderada por "Albertinho", será constituída ainda pelo preparador físico Igor Silveira e pelo especialista em Biomecânica Sami Elias. Serão responsáveis pelos Centros de Treino de Alto Rendimento do Jamor e de Formação para o Alto Rendimento em Rio Maior.

O fisioterapeuta Daniel Moedas e o médico Rui Escaleira também fazem parte da estrutura da nova equipa técnica.

José Machado, diretor-técnico nacional, passa a assumir o cargo de diretor desportivo.

Segundo nota de imprensa da FPN, "os nadadores integrados no projeto de preparação olímpica podem continuar a gerir a sua preparação enquadrada pelos respetivos treinadores, em consonância com os valores atribuídos pelo Comité Olímpico como apoio à preparação".

Currículo desportivo da nova equipa técnica:

Alberto Pinto da Silva

– Treinador da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos entre 2004 e 2021;

– 2 Medalhas Olímpicas: Cesar Cielo (Bronze 50m Livres) e Thiago Pereira (Prata 400m Estilos), ambas em conquistadas em Londres 2012;

– 2 Recordes do Mundo nos 50m Livres, em piscina de 50 metros, obtido em 18/12/2009 com o nadador Cesar Cielo e 4x200m Livres Masculinos em piscina de 25 metros no Mundial de Hangzhou, China, em 2018;

– 24 Medalhas em Campeonatos do Mundo:

– 6 em piscina de 50 metros (2 conquistadas por Cesar Cielo, 3 por Thiago Pereira, 1 em estafeta 4x100m Livres Masculinos;

– 18 em piscina de 25 metros (por Gustavo Borges, Cesar Cielo, Felipe França, Nicholas Santos, Thiago Pereira, 4x100m Livres, 4x200m Livres, 4x100m Estilos todas masculinos e Estafeta 4x100m Estilos Misto);

– Medalhas em Campeonatos Universitários, em Mundial Militar, em Mundial Júnior, em Jogos Panamericanos, PanPacífico, Taça Latina e Sul-americano;

– Head Coach do Brasil desde 2006 no Mundial de Shangai;

– Supervisor do Esporte Clube Pinheiros SP e maior vencedor de campeonatos nacionais no Brasil.

Igor Silveira

– Especialista em Treino Desportivo pela UNIFESP;

– Preparador Físico desde 2013 do Esporte Clube Pinheiros – SP;

– Trabalho realizado com atletas medalhados em Campeonatos do Mundo, Campeonatos da Europa, Pan Americano, Pan Pacífico, Mundial Militar, Universitários e obtendo o melhor resultado da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016 (5 nadadores apurados);

– Recorde do Mundo em Estafetas 4x200m Livres, em 2018, no Campeonato do Mundo de Hangzhou, na China.

Samie Elias

– Bacharelato em Desporto pela Universidade de São Paulo.

– Especialista em Biomecânica na Seleção Olímpico a Tóquio 2020

– Especialista em Biomecânica na Equipa Brasileira presente em 3 Campeonatos do Mundo

(WCL Budapeste em 2017, WCS Hangzhou em 2018 e WCL Gwanju em 2019);

– Especialista em Biomecânica na Equipa Brasileira nos Jogos Pan- Americanos em Lima 2019;

– 7 medalhas em Mundiais de Natação Adaptada (em 2015 e 2017) e 7 medalhas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016;

– 10 medalhas em Mundiais, 19 medalhas em Pan-Americanas, 3 medalhas em Pan-Pacífico em 2018;

– Recorde do Mundo 50m Mariposa (Nicholas Santos);

– Recorde do Mundo em Estafeta 4x200m Livres em 2018 em Hangzhou/China (Breno Correia, Luiz Altamir e Leonardo Santos).

TeamRocket37

Citação de: TeamRocket37 em 06 de Setembro de 2022, 11:57
https://www.chlorus.pt/alberto-silva-e-o-novo-selecionador-jose-machado-mantem-se-na-estrutura

Alberto Silva é o novo selecionador.

O brasileiro Alberto Silva é o novo selecionador de natação para o ciclo olímpico 2021-2024, cuja apresentação está agendada para esta sexta-feira, pelas 16h00, no Complexo de Piscinas do Jamor, anunciou esta quinta-feira a Federação Portuguesa de Natação.

A nova equipa técnica, liderada por "Albertinho", será constituída ainda pelo preparador físico Igor Silveira e pelo especialista em Biomecânica Sami Elias. Serão responsáveis pelos Centros de Treino de Alto Rendimento do Jamor e de Formação para o Alto Rendimento em Rio Maior.

O fisioterapeuta Daniel Moedas e o médico Rui Escaleira também fazem parte da estrutura da nova equipa técnica.

José Machado, diretor-técnico nacional, passa a assumir o cargo de diretor desportivo.

Segundo nota de imprensa da FPN, "os nadadores integrados no projeto de preparação olímpica podem continuar a gerir a sua preparação enquadrada pelos respetivos treinadores, em consonância com os valores atribuídos pelo Comité Olímpico como apoio à preparação".

Currículo desportivo da nova equipa técnica:

Alberto Pinto da Silva

– Treinador da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos entre 2004 e 2021;

– 2 Medalhas Olímpicas: Cesar Cielo (Bronze 50m Livres) e Thiago Pereira (Prata 400m Estilos), ambas em conquistadas em Londres 2012;

– 2 Recordes do Mundo nos 50m Livres, em piscina de 50 metros, obtido em 18/12/2009 com o nadador Cesar Cielo e 4x200m Livres Masculinos em piscina de 25 metros no Mundial de Hangzhou, China, em 2018;

– 24 Medalhas em Campeonatos do Mundo:

– 6 em piscina de 50 metros (2 conquistadas por Cesar Cielo, 3 por Thiago Pereira, 1 em estafeta 4x100m Livres Masculinos;

– 18 em piscina de 25 metros (por Gustavo Borges, Cesar Cielo, Felipe França, Nicholas Santos, Thiago Pereira, 4x100m Livres, 4x200m Livres, 4x100m Estilos todas masculinos e Estafeta 4x100m Estilos Misto);

– Medalhas em Campeonatos Universitários, em Mundial Militar, em Mundial Júnior, em Jogos Panamericanos, PanPacífico, Taça Latina e Sul-americano;

– Head Coach do Brasil desde 2006 no Mundial de Shangai;

– Supervisor do Esporte Clube Pinheiros SP e maior vencedor de campeonatos nacionais no Brasil.

Igor Silveira

– Especialista em Treino Desportivo pela UNIFESP;

– Preparador Físico desde 2013 do Esporte Clube Pinheiros – SP;

– Trabalho realizado com atletas medalhados em Campeonatos do Mundo, Campeonatos da Europa, Pan Americano, Pan Pacífico, Mundial Militar, Universitários e obtendo o melhor resultado da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016 (5 nadadores apurados);

– Recorde do Mundo em Estafetas 4x200m Livres, em 2018, no Campeonato do Mundo de Hangzhou, na China.

Samie Elias

– Bacharelato em Desporto pela Universidade de São Paulo.

– Especialista em Biomecânica na Seleção Olímpico a Tóquio 2020

– Especialista em Biomecânica na Equipa Brasileira presente em 3 Campeonatos do Mundo

(WCL Budapeste em 2017, WCS Hangzhou em 2018 e WCL Gwanju em 2019);

– Especialista em Biomecânica na Equipa Brasileira nos Jogos Pan- Americanos em Lima 2019;

– 7 medalhas em Mundiais de Natação Adaptada (em 2015 e 2017) e 7 medalhas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016;

– 10 medalhas em Mundiais, 19 medalhas em Pan-Americanas, 3 medalhas em Pan-Pacífico em 2018;

– Recorde do Mundo 50m Mariposa (Nicholas Santos);

– Recorde do Mundo em Estafeta 4x200m Livres em 2018 em Hangzhou/China (Breno Correia, Luiz Altamir e Leonardo Santos).

Se calhar principal razão pela evolução da natação portuguesa.

TeamRocket37

https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/media-list/videos/2022/09/06/natacao-benfica-diogo-ribeiro-regresso-mundial-juniores-tres-medalhas-de-ouro

Diogo Ribeiro: "Sem o Benfica não teria feito o que fiz"

Com três medalhas de ouro e um recorde mundial na bagagem, fruto da brilhante participação no Campeonato do Mundo de Juniores em Lima, no Peru, o nadador benfiquista Diogo Ribeiro regressou nesta terça-feira, 6 de setembro, a Lisboa. "O Benfica tem-me apoiado bastante, sem ele eu não teria feito o que fiz neste ano. Hoje há jogo [no Estádio da Luz], vou estar com o Presidente, vai ser uma enorme honra para mim. Quero agradecer-lhe por estar a apostar na natação, é uma excelente aposta e espero que continue assim", disse o atleta, à chegada, nas primeiras declarações à Comunicação Social que o aguardava no aeroporto Humberto Delgado.


foxto

Porquê o destilar de tanto ódio? Na chegada do Diogo a SIC faz uma reportagem com alguma duração e nunca, mas nunca oo nome do Benfica é mencionado!



Dandy

Citação de: Eduardo Gomes em 06 de Setembro de 2022, 12:19






   Tem de ir para o Alverca ganhar caparro.

   Tá muito fininho. Leva um encosto e até voa.







TeamRocket37


Migas75

Parabéns campeão, muito orgulho!

TeamRocket37

https://swimchannel.net/br/yokochi-ou-ribeiro-quem-e-o-melhor-de-sempre-em-portugal/

Yokochi ou Ribeiro, quem é o melhor de sempre em Portugal?
Está lançado o debate e justifica-se: quem é o melhor nadador português de sempre? O histórico Alexandre Yokochi ou o candidato Diogo Ribeiro? Swim Channel apresenta uma análise profunda em duas partes

Parte I

Quem é o melhor nadador luso de sempre? Será o único português – em ambos os sexos – a chegar à élite da final olímpica nos anos 80? Ou o 'miúdo' que na sua categoria conquistou há dias três títulos mundiais mais um máximo do planeta em juniores?

E ainda bem que estamos a ter este debate, pois significa que tivemos Alexandre e temos Diogo. Justiça seja feita também aos anteriores "desafiadores" ao título de 'melhor de sempre', e que ficaram próximo, mas ainda não ultrapassaram Alexandre 'O Grande'.

Eles foram dois, na minha opinião: José Couto e Alexis Santos, dois dos melhores da Europa durante vários anos; e num patamar próximo, mas logo a seguir, outros gigantes da modalidade como Diogo Carvalho, Simão Morgado, Nuno Laurentino, e mais recentemente Gabriel Lopes. Tenho em conta nesta análise a preponderância que as competições em piscina longa (50 metros) têm na nossa modalidade.

Tal como quando surgiu o génio de Ronaldo debatemos se (já) seria melhor que o rei Eusébio. Hoje há quem já não tenha dúvidas; outros ainda 'votam' no 'pantera negra'.

40 anos separam os dois

Mas atenção: é muito difícil comparar resultados obtidos em épocas tão diferentes. A prata de Yokochi (em japonês pronuncia-se 'Yokotchi') no Europeu Júnior de 1980 na Suécia aconteceu 41 anos antes da conquista do mesmo metal por Diogo em Itália.

Um nasceu em 1965, outro em 2004; 39 anos separam, pois, os dois génios da modalidade no país. Métodos e condições de treino incomparavelmente diferentes, evolução de diferentes ciências (da biomecânica à medicina, fisioterapia, nutrição, psicologia...), quantidade, frequência e características das competições existentes, que são hoje muito mais.

Por exemplo, só nos anos 90 começam o Europeu e depois o Mundial de piscina curta; não havia Mundial Júnior (primeira edição em 2006) na época do benfiquista Alexandre (curiosamente o mesmo clube do Diogo), portanto nunca saberemos se seria medalhado.

Mas foi vice-campeão europeu júnior com apenas 15 anos e quase seis meses; Diogo foi-o com 16 anos, a três meses e pouco dos 17; além do bronze no Europeu absoluto com apenas 17 anos, único dos seis medalhados de Portugal em natação e águas abertas que ainda era júnior quando subiu ao pódio; Yokochi foi prata na mesma competição com 20 anos (segundo mais novo medalhado).

Antes de mais análise, é importante contextualizar o que foi a dupla Alexandre Felske Tadayuki Yokochi e Shintaro Yokochi, seu pai – japonês – e que sempre o treinou: foram absolutamente excecionais num Portugal dos anos 80, que tinha uma (!) piscina olímpica coberta parte do ano na região de Lisboa, a velhinha piscina municipal dos Olivais, que por vezes ficava interditada por semanas ou meses quando o balão insuflável que a cobria estava rasgado ou vinha abaixo por outro motivo.

O génio do pai Yokochi

Aquilo que o 'mister' Yokochi (chamado assim 'à moda´do futebol, onde os treinadores são 'mister'), trouxe às ciências do treino em Portugal foi inédito, inclusive a nível mundial. Recordo-me bem de algumas vezes – seria eu ainda nadador 'velho' ou já jornalista jovem – equipas de reportagem da NHK (canal de TV estatal do Japão) ou outros canais virem a Lisboa fazer reportagens com o técnico do Sol Nascente, cuja técnica de bruços com que treinou o filho era inovadora a nível global, sendo Alexandre melhor que os melhores japoneses por exemplo (daí o interesse do seu país).

A técnica foi criada – ou direi 'adaptada' – a partir do modelo usado à época por raros nadadores mundiais, entre eles o campeão olímpico Jozsef Szabo (Hungria) país que teve vários brucistas de renome nos anos 80 e 90, graças a outro dos grandes nomes do treino da época, Tamas Szechy (treinou ainda os campeoníssimos de bruços Norbert Rozsa e Karoly Guttler, e o fantástico Tamas Darnyi, recordista mundial dos 200m e 400m estilos).

Numa das entrevistas que deu, a uma revista de desporto nacional (penso que do anterior Instituto do Desporto) 'mister' Yokochi referia que "treinar, mais que uma ciência, é uma arte". Nunca mais esqueci essa frase.

Tive o privilégio de privar muito perto com pai e filho ao longo de muitos anos, e sempre fui tratado com exemplar cortesia e respeito, especialmente pelo pai, com quem penso até ter conversado mais vezes que com o filho.

Pude admirar de perto o seu nível de organização e método, que eram únicos à época; primeiro no Sport Algés e Dafundo – onde o 'mister' começou a trabalhar, tendo logo levado atletas aos Jogos Olímpicos de Tóquio 1964 – e entre parte dos anos 70 e até aos anos 90 no Benfica, onde a disciplina que impunha era mítica, deixando um legado imenso de olímpicos e recordistas nacionais.

Associado aos métodos inovadores do pai estavam, claro, o talento físico e mental únicos do introvertido Alexandre, mergulhado nos seus livros de química inorgânica, que lhe pedi uma vez para me explicar o que era...na altura fiquei quase na mesma.

O diamante Ribeiro

Quatro décadas depois nasce Diogo Matos Ribeiro, numa época completamente diferente, mas tendo também (no Náutico de Coimbra – CNAC – e no Clube União 1919) técnicos de uma geração bem mais nova mas muito instruída, como Rita Gonçalves e – entre os 11 e os 16 anos – André Vaz, que o tornou em grande parte aquilo que é hoje; além do experiente Vítor Raposo nos meses que antecederam o Europeu Júnior de 2021.

Todos os técnicos a quem pergunto o nível de talento e potencialidades do Diogo me contam histórias e exemplos de marcas incríveis em treino, de uma capacidade de adaptação ao estímulo e sensibilidade técnica raros. Mas também há quem, reconhecendo este 'diamante', me diga que tem de se ter cautela e ponderação, pois o 'menino de ouro' (como lhe chamou o seu treinador Alberto Silva há dias) precisa de muito e próximo acompanhamento.

Voltemos então ao debate. Quem é o melhor? Elaborei um quadro comparativo para que cada um/a possa avaliar e tentar concluir; no quadro incluo todas as melhores classificações de ambos ao longo das suas carreiras, bem mais curta no caso do triplo campeão mundial, claro.

Mas a sua apresentação e conclusões ficam para a Parte II, a publicar muito em breve.

paulomaia1972

Citação de: TeamRocket37 em 09 de Setembro de 2022, 11:33
https://swimchannel.net/br/yokochi-ou-ribeiro-quem-e-o-melhor-de-sempre-em-portugal/

Yokochi ou Ribeiro, quem é o melhor de sempre em Portugal?
Está lançado o debate e justifica-se: quem é o melhor nadador português de sempre? O histórico Alexandre Yokochi ou o candidato Diogo Ribeiro? Swim Channel apresenta uma análise profunda em duas partes

Parte I

Quem é o melhor nadador luso de sempre? Será o único português – em ambos os sexos – a chegar à élite da final olímpica nos anos 80? Ou o 'miúdo' que na sua categoria conquistou há dias três títulos mundiais mais um máximo do planeta em juniores?

E ainda bem que estamos a ter este debate, pois significa que tivemos Alexandre e temos Diogo. Justiça seja feita também aos anteriores "desafiadores" ao título de 'melhor de sempre', e que ficaram próximo, mas ainda não ultrapassaram Alexandre 'O Grande'.

Eles foram dois, na minha opinião: José Couto e Alexis Santos, dois dos melhores da Europa durante vários anos; e num patamar próximo, mas logo a seguir, outros gigantes da modalidade como Diogo Carvalho, Simão Morgado, Nuno Laurentino, e mais recentemente Gabriel Lopes. Tenho em conta nesta análise a preponderância que as competições em piscina longa (50 metros) têm na nossa modalidade.

Tal como quando surgiu o génio de Ronaldo debatemos se (já) seria melhor que o rei Eusébio. Hoje há quem já não tenha dúvidas; outros ainda 'votam' no 'pantera negra'.

40 anos separam os dois

Mas atenção: é muito difícil comparar resultados obtidos em épocas tão diferentes. A prata de Yokochi (em japonês pronuncia-se 'Yokotchi') no Europeu Júnior de 1980 na Suécia aconteceu 41 anos antes da conquista do mesmo metal por Diogo em Itália.

Um nasceu em 1965, outro em 2004; 39 anos separam, pois, os dois génios da modalidade no país. Métodos e condições de treino incomparavelmente diferentes, evolução de diferentes ciências (da biomecânica à medicina, fisioterapia, nutrição, psicologia...), quantidade, frequência e características das competições existentes, que são hoje muito mais.

Por exemplo, só nos anos 90 começam o Europeu e depois o Mundial de piscina curta; não havia Mundial Júnior (primeira edição em 2006) na época do benfiquista Alexandre (curiosamente o mesmo clube do Diogo), portanto nunca saberemos se seria medalhado.

Mas foi vice-campeão europeu júnior com apenas 15 anos e quase seis meses; Diogo foi-o com 16 anos, a três meses e pouco dos 17; além do bronze no Europeu absoluto com apenas 17 anos, único dos seis medalhados de Portugal em natação e águas abertas que ainda era júnior quando subiu ao pódio; Yokochi foi prata na mesma competição com 20 anos (segundo mais novo medalhado).

Antes de mais análise, é importante contextualizar o que foi a dupla Alexandre Felske Tadayuki Yokochi e Shintaro Yokochi, seu pai – japonês – e que sempre o treinou: foram absolutamente excecionais num Portugal dos anos 80, que tinha uma (!) piscina olímpica coberta parte do ano na região de Lisboa, a velhinha piscina municipal dos Olivais, que por vezes ficava interditada por semanas ou meses quando o balão insuflável que a cobria estava rasgado ou vinha abaixo por outro motivo.

O génio do pai Yokochi

Aquilo que o 'mister' Yokochi (chamado assim 'à moda´do futebol, onde os treinadores são 'mister'), trouxe às ciências do treino em Portugal foi inédito, inclusive a nível mundial. Recordo-me bem de algumas vezes – seria eu ainda nadador 'velho' ou já jornalista jovem – equipas de reportagem da NHK (canal de TV estatal do Japão) ou outros canais virem a Lisboa fazer reportagens com o técnico do Sol Nascente, cuja técnica de bruços com que treinou o filho era inovadora a nível global, sendo Alexandre melhor que os melhores japoneses por exemplo (daí o interesse do seu país).

A técnica foi criada – ou direi 'adaptada' – a partir do modelo usado à época por raros nadadores mundiais, entre eles o campeão olímpico Jozsef Szabo (Hungria) país que teve vários brucistas de renome nos anos 80 e 90, graças a outro dos grandes nomes do treino da época, Tamas Szechy (treinou ainda os campeoníssimos de bruços Norbert Rozsa e Karoly Guttler, e o fantástico Tamas Darnyi, recordista mundial dos 200m e 400m estilos).

Numa das entrevistas que deu, a uma revista de desporto nacional (penso que do anterior Instituto do Desporto) 'mister' Yokochi referia que "treinar, mais que uma ciência, é uma arte". Nunca mais esqueci essa frase.

Tive o privilégio de privar muito perto com pai e filho ao longo de muitos anos, e sempre fui tratado com exemplar cortesia e respeito, especialmente pelo pai, com quem penso até ter conversado mais vezes que com o filho.

Pude admirar de perto o seu nível de organização e método, que eram únicos à época; primeiro no Sport Algés e Dafundo – onde o 'mister' começou a trabalhar, tendo logo levado atletas aos Jogos Olímpicos de Tóquio 1964 – e entre parte dos anos 70 e até aos anos 90 no Benfica, onde a disciplina que impunha era mítica, deixando um legado imenso de olímpicos e recordistas nacionais.

Associado aos métodos inovadores do pai estavam, claro, o talento físico e mental únicos do introvertido Alexandre, mergulhado nos seus livros de química inorgânica, que lhe pedi uma vez para me explicar o que era...na altura fiquei quase na mesma.

O diamante Ribeiro

Quatro décadas depois nasce Diogo Matos Ribeiro, numa época completamente diferente, mas tendo também (no Náutico de Coimbra – CNAC – e no Clube União 1919) técnicos de uma geração bem mais nova mas muito instruída, como Rita Gonçalves e – entre os 11 e os 16 anos – André Vaz, que o tornou em grande parte aquilo que é hoje; além do experiente Vítor Raposo nos meses que antecederam o Europeu Júnior de 2021.

Todos os técnicos a quem pergunto o nível de talento e potencialidades do Diogo me contam histórias e exemplos de marcas incríveis em treino, de uma capacidade de adaptação ao estímulo e sensibilidade técnica raros. Mas também há quem, reconhecendo este 'diamante', me diga que tem de se ter cautela e ponderação, pois o 'menino de ouro' (como lhe chamou o seu treinador Alberto Silva há dias) precisa de muito e próximo acompanhamento.

Voltemos então ao debate. Quem é o melhor? Elaborei um quadro comparativo para que cada um/a possa avaliar e tentar concluir; no quadro incluo todas as melhores classificações de ambos ao longo das suas carreiras, bem mais curta no caso do triplo campeão mundial, claro.

Mas a sua apresentação e conclusões ficam para a Parte II, a publicar muito em breve.
dentro de 1, 2 ou 3 anos este debate perderá efeito.

TeamRocket37

Citação de: paulomaia1972 em 09 de Setembro de 2022, 16:36
Citação de: TeamRocket37 em 09 de Setembro de 2022, 11:33
https://swimchannel.net/br/yokochi-ou-ribeiro-quem-e-o-melhor-de-sempre-em-portugal/

Yokochi ou Ribeiro, quem é o melhor de sempre em Portugal?
Está lançado o debate e justifica-se: quem é o melhor nadador português de sempre? O histórico Alexandre Yokochi ou o candidato Diogo Ribeiro? Swim Channel apresenta uma análise profunda em duas partes

Parte I

Quem é o melhor nadador luso de sempre? Será o único português – em ambos os sexos – a chegar à élite da final olímpica nos anos 80? Ou o 'miúdo' que na sua categoria conquistou há dias três títulos mundiais mais um máximo do planeta em juniores?

E ainda bem que estamos a ter este debate, pois significa que tivemos Alexandre e temos Diogo. Justiça seja feita também aos anteriores "desafiadores" ao título de 'melhor de sempre', e que ficaram próximo, mas ainda não ultrapassaram Alexandre 'O Grande'.

Eles foram dois, na minha opinião: José Couto e Alexis Santos, dois dos melhores da Europa durante vários anos; e num patamar próximo, mas logo a seguir, outros gigantes da modalidade como Diogo Carvalho, Simão Morgado, Nuno Laurentino, e mais recentemente Gabriel Lopes. Tenho em conta nesta análise a preponderância que as competições em piscina longa (50 metros) têm na nossa modalidade.

Tal como quando surgiu o génio de Ronaldo debatemos se (já) seria melhor que o rei Eusébio. Hoje há quem já não tenha dúvidas; outros ainda 'votam' no 'pantera negra'.

40 anos separam os dois

Mas atenção: é muito difícil comparar resultados obtidos em épocas tão diferentes. A prata de Yokochi (em japonês pronuncia-se 'Yokotchi') no Europeu Júnior de 1980 na Suécia aconteceu 41 anos antes da conquista do mesmo metal por Diogo em Itália.

Um nasceu em 1965, outro em 2004; 39 anos separam, pois, os dois génios da modalidade no país. Métodos e condições de treino incomparavelmente diferentes, evolução de diferentes ciências (da biomecânica à medicina, fisioterapia, nutrição, psicologia...), quantidade, frequência e características das competições existentes, que são hoje muito mais.

Por exemplo, só nos anos 90 começam o Europeu e depois o Mundial de piscina curta; não havia Mundial Júnior (primeira edição em 2006) na época do benfiquista Alexandre (curiosamente o mesmo clube do Diogo), portanto nunca saberemos se seria medalhado.

Mas foi vice-campeão europeu júnior com apenas 15 anos e quase seis meses; Diogo foi-o com 16 anos, a três meses e pouco dos 17; além do bronze no Europeu absoluto com apenas 17 anos, único dos seis medalhados de Portugal em natação e águas abertas que ainda era júnior quando subiu ao pódio; Yokochi foi prata na mesma competição com 20 anos (segundo mais novo medalhado).

Antes de mais análise, é importante contextualizar o que foi a dupla Alexandre Felske Tadayuki Yokochi e Shintaro Yokochi, seu pai – japonês – e que sempre o treinou: foram absolutamente excecionais num Portugal dos anos 80, que tinha uma (!) piscina olímpica coberta parte do ano na região de Lisboa, a velhinha piscina municipal dos Olivais, que por vezes ficava interditada por semanas ou meses quando o balão insuflável que a cobria estava rasgado ou vinha abaixo por outro motivo.

O génio do pai Yokochi

Aquilo que o 'mister' Yokochi (chamado assim 'à moda´do futebol, onde os treinadores são 'mister'), trouxe às ciências do treino em Portugal foi inédito, inclusive a nível mundial. Recordo-me bem de algumas vezes – seria eu ainda nadador 'velho' ou já jornalista jovem – equipas de reportagem da NHK (canal de TV estatal do Japão) ou outros canais virem a Lisboa fazer reportagens com o técnico do Sol Nascente, cuja técnica de bruços com que treinou o filho era inovadora a nível global, sendo Alexandre melhor que os melhores japoneses por exemplo (daí o interesse do seu país).

A técnica foi criada – ou direi 'adaptada' – a partir do modelo usado à época por raros nadadores mundiais, entre eles o campeão olímpico Jozsef Szabo (Hungria) país que teve vários brucistas de renome nos anos 80 e 90, graças a outro dos grandes nomes do treino da época, Tamas Szechy (treinou ainda os campeoníssimos de bruços Norbert Rozsa e Karoly Guttler, e o fantástico Tamas Darnyi, recordista mundial dos 200m e 400m estilos).

Numa das entrevistas que deu, a uma revista de desporto nacional (penso que do anterior Instituto do Desporto) 'mister' Yokochi referia que "treinar, mais que uma ciência, é uma arte". Nunca mais esqueci essa frase.

Tive o privilégio de privar muito perto com pai e filho ao longo de muitos anos, e sempre fui tratado com exemplar cortesia e respeito, especialmente pelo pai, com quem penso até ter conversado mais vezes que com o filho.

Pude admirar de perto o seu nível de organização e método, que eram únicos à época; primeiro no Sport Algés e Dafundo – onde o 'mister' começou a trabalhar, tendo logo levado atletas aos Jogos Olímpicos de Tóquio 1964 – e entre parte dos anos 70 e até aos anos 90 no Benfica, onde a disciplina que impunha era mítica, deixando um legado imenso de olímpicos e recordistas nacionais.

Associado aos métodos inovadores do pai estavam, claro, o talento físico e mental únicos do introvertido Alexandre, mergulhado nos seus livros de química inorgânica, que lhe pedi uma vez para me explicar o que era...na altura fiquei quase na mesma.

O diamante Ribeiro

Quatro décadas depois nasce Diogo Matos Ribeiro, numa época completamente diferente, mas tendo também (no Náutico de Coimbra – CNAC – e no Clube União 1919) técnicos de uma geração bem mais nova mas muito instruída, como Rita Gonçalves e – entre os 11 e os 16 anos – André Vaz, que o tornou em grande parte aquilo que é hoje; além do experiente Vítor Raposo nos meses que antecederam o Europeu Júnior de 2021.

Todos os técnicos a quem pergunto o nível de talento e potencialidades do Diogo me contam histórias e exemplos de marcas incríveis em treino, de uma capacidade de adaptação ao estímulo e sensibilidade técnica raros. Mas também há quem, reconhecendo este 'diamante', me diga que tem de se ter cautela e ponderação, pois o 'menino de ouro' (como lhe chamou o seu treinador Alberto Silva há dias) precisa de muito e próximo acompanhamento.

Voltemos então ao debate. Quem é o melhor? Elaborei um quadro comparativo para que cada um/a possa avaliar e tentar concluir; no quadro incluo todas as melhores classificações de ambos ao longo das suas carreiras, bem mais curta no caso do triplo campeão mundial, claro.

Mas a sua apresentação e conclusões ficam para a Parte II, a publicar muito em breve.
dentro de 1, 2 ou 3 anos este debate perderá efeito.

Vamos ver, o que o Diogo pode valer na competição sénior num nivel mundial.