As Finanças do Benfica

Dr.Lecter

Parte do significativo aumento da rubrica de custos com o pessoal deveu-se à antecipação do contrato do Júlio César. O DSO explicou isso ontem na entrevista. Devemos ter pago todo o ordenado até ao final da época ao Júlio, salário esse que já não virá reflectido nas contas de Junho. O DSO deu também a entender que aumentámos o ordenado de vários jogadores devido a assédio de clubes com maior capacidade financeira. Não me admiro se, por exemplo, o Grimaldo tenha visto o seu contrato aumentado como contrapartida de se aguentar cá mais uma época.

O mais provável é que no próximo R&C vejamos as duas rubricas - passivo e custos com o pessoal - a descer em simultâneo.

Maka

Citação de: LA Lakers em 01 de Março de 2018, 15:53
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:41
Ainda só li por alto alguns excertos, porque tenho andado com bastante trabalho. Até agora, o que salta mais à vista é a decepção na descida do passivo: praticamente toda a descida foi na rúbrica de Fornecedores (passivo não remunerado), com a descida do passivo financeiro (remunerado) a ser algo residual.
Isso na prática quer dizer o quê?

Quer dizer que pagámos dívida, mas a dívida que pagámos não era uma dívida que pagava juros.

É como tu estares a dever €1.000 ao banco e €1.000 euros ao mecânico que te arranjou o carro. No primeiro estás a pagar juros, no segundo não. Se possível, é sempre melhor pagar primeiro ao banco do que ao mecânico. Nós pagámos primeiro ao mecânico.

Bailey

Nao percebo e pq raio se era o JC que queria sair porque e que tivemos de pagar os restantes salarios na integra

Maka

Citação de: MALU15 em 01 de Março de 2018, 15:54
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:41
Ainda só li por alto alguns excertos, porque tenho andado com bastante trabalho. Até agora, o que salta mais à vista é a decepção na descida do passivo: praticamente toda a descida foi na rúbrica de Fornecedores (passivo não remunerado), com a descida do passivo financeiro (remunerado) a ser algo residual.
Junto parte do post que enviei a outro user, com o qual espero contribuir para melhorar a tua decepção na redução do passivo. Mas quando não existe passivo financeiro corrente para amortizar, nada mais há a fazer do que reduzir componentes do outro passivo, a não ser que se invente.


"A redução do passivo incidiu mais na rubrica dos fornecedores, porque era aí que havia mais obrigações para tal, e porque depois da renegociação da dívida ocorrida até JUN17 e relatada no R&C de JUN17 a dívida financeira corrente que a 30JUN17 valia só 31,6M dizia respeito a operações associadas ao investimento (estádio, Seixal) e papel comercial e juros, que têm o seu timing próprio de amortização não podendo ser antecipada a sua liquidação de forma unilateral"


Agora não tenho tempo para ir investigar o R&C do ano passado e o deste ano, pelo que a resposta vai ter de esperar até mais tarde.

Maka

Citação de: Bailey em 01 de Março de 2018, 15:58
Nao percebo e pq raio se era o JC que queria sair porque e que tivemos de pagar os restantes salarios na integra

Não sei se foi na íntegra. Se tiver sido, é absurdo.

Maka

Citação de: Dr.Lecter em 01 de Março de 2018, 15:55
Parte do significativo aumento da rubrica de custos com o pessoal deveu-se à antecipação do contrato do Júlio César. O DSO explicou isso ontem na entrevista. Devemos ter pago todo o ordenado até ao final da época ao Júlio, salário esse que já não virá reflectido nas contas de Junho. O DSO deu também a entender que aumentámos o ordenado de vários jogadores devido a assédio de clubes com maior capacidade financeira. Não me admiro se, por exemplo, o Grimaldo tenha visto o seu contrato aumentado como contrapartida de se aguentar cá mais uma época.

O mais provável é que no próximo R&C vejamos as duas rubricas - passivo e custos com o pessoal - a descer em simultâneo.

Qual é o sentido de rescindirmos com o JC e pagarmos tudo até ao fim do contrato? Para isso teria ficado no plantel, para alguma emergência.

Slb23

Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 16:02
Citação de: Dr.Lecter em 01 de Março de 2018, 15:55
Parte do significativo aumento da rubrica de custos com o pessoal deveu-se à antecipação do contrato do Júlio César. O DSO explicou isso ontem na entrevista. Devemos ter pago todo o ordenado até ao final da época ao Júlio, salário esse que já não virá reflectido nas contas de Junho. O DSO deu também a entender que aumentámos o ordenado de vários jogadores devido a assédio de clubes com maior capacidade financeira. Não me admiro se, por exemplo, o Grimaldo tenha visto o seu contrato aumentado como contrapartida de se aguentar cá mais uma época.

O mais provável é que no próximo R&C vejamos as duas rubricas - passivo e custos com o pessoal - a descer em simultâneo.

Qual é o sentido de rescindirmos com o JC e pagarmos tudo até ao fim do contrato? Para isso teria ficado no plantel, para alguma emergência.
O Benfica limpou o plantel.

MALU15

Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:59
Citação de: MALU15 em 01 de Março de 2018, 15:54
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:41
Ainda só li por alto alguns excertos, porque tenho andado com bastante trabalho. Até agora, o que salta mais à vista é a decepção na descida do passivo: praticamente toda a descida foi na rúbrica de Fornecedores (passivo não remunerado), com a descida do passivo financeiro (remunerado) a ser algo residual.
Junto parte do post que enviei a outro user, com o qual espero contribuir para melhorar a tua decepção na redução do passivo. Mas quando não existe passivo financeiro corrente para amortizar, nada mais há a fazer do que reduzir componentes do outro passivo, a não ser que se invente.


"A redução do passivo incidiu mais na rubrica dos fornecedores, porque era aí que havia mais obrigações para tal, e porque depois da renegociação da dívida ocorrida até JUN17 e relatada no R&C de JUN17 a dívida financeira corrente que a 30JUN17 valia só 31,6M dizia respeito a operações associadas ao investimento (estádio, Seixal) e papel comercial e juros, que têm o seu timing próprio de amortização não podendo ser antecipada a sua liquidação de forma unilateral"


Agora não tenho tempo para ir investigar o R&C do ano passado e o deste ano, pelo que a resposta vai ter de esperar até mais tarde.
O valor dos 31.613 está na mesma DR de agora, como comparativo.

Maka

Citação de: Slb23 em 01 de Março de 2018, 16:04
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 16:02
Citação de: Dr.Lecter em 01 de Março de 2018, 15:55
Parte do significativo aumento da rubrica de custos com o pessoal deveu-se à antecipação do contrato do Júlio César. O DSO explicou isso ontem na entrevista. Devemos ter pago todo o ordenado até ao final da época ao Júlio, salário esse que já não virá reflectido nas contas de Junho. O DSO deu também a entender que aumentámos o ordenado de vários jogadores devido a assédio de clubes com maior capacidade financeira. Não me admiro se, por exemplo, o Grimaldo tenha visto o seu contrato aumentado como contrapartida de se aguentar cá mais uma época.

O mais provável é que no próximo R&C vejamos as duas rubricas - passivo e custos com o pessoal - a descer em simultâneo.

Qual é o sentido de rescindirmos com o JC e pagarmos tudo até ao fim do contrato? Para isso teria ficado no plantel, para alguma emergência.
O Benfica limpou o plantel.

"Limpou"? E qual a vantagem dessa "limpeza", já que financeira pelos vistos não é? O JC causava mau ambiente no balneário?

Dr.Lecter

#63549
Citação de: LA Lakers em 01 de Março de 2018, 15:53
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:41
Ainda só li por alto alguns excertos, porque tenho andado com bastante trabalho. Até agora, o que salta mais à vista é a decepção na descida do passivo: praticamente toda a descida foi na rúbrica de Fornecedores (passivo não remunerado), com a descida do passivo financeiro (remunerado) a ser algo residual.
Isso na prática quer dizer o quê?

Quer dizer que o passivo que nos custa dinheiro se manteve praticamente inalterado. Mas já no último R&C tínhamos transformado muito do passivo remunerado de corrente (isto é, exigível no curto prazo) em não corrente, por isso não me parece possível que pudéssemos abater dívida bancária no imediato. Assim, optámos por direccionar o dinheiro recebido de clientes para pagar dívida da mesma natureza.

Por outro lado, é também importante dizer que o dinheiro que temos a receber de clientes é superior àquele que temos de pagar a fornecedores. Isto quer dizer que as obrigações a que nos sujeitámos ultimamente (compra de jogadores, etc) são inferiores às entradas de dinheiro que temos previstas. Ou seja, não precisaremos de dinheiro extra, presumindo que há bom pagamento de quem nos deve, para fazer face às necessidades de tesouraria corrente. O DSO explicou isso muito bem também.

Em relação à dívida que "custa dinheiro", a bancária, vamos abatê-la quase na totalidade e isso virá reflectido no próximo R&C. Usámos o contrato com a NOS para o efeito, fizemos uma cessão de créditos de 100M que servirá para pagar passivo remunerado o que nos libertará dos respectivos encargos. Se entrarmos na Liga dos Campeões o DSO deixou a porta aberta para não se renovar o empréstimo obrigacionista que se vence este ano. Isto porque as vendas que previsivelmente iremos fazer, em princípio, poderão dar para suportar  o reembolso de capital aos subscritores. Foi o que me pareceu resultar das declarações dele. Ou seja, a entrada na Champions pode permitir, possivelmente, o melhor ano de sempre em termos financeiros para a SAD, que assim poderá libertar, quem sabe em definitivo, as finanças do grande garrote financeiro em que temos vivido nos últimos largos anos.

Slb23

Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 16:04
Citação de: Slb23 em 01 de Março de 2018, 16:04
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 16:02
Citação de: Dr.Lecter em 01 de Março de 2018, 15:55
Parte do significativo aumento da rubrica de custos com o pessoal deveu-se à antecipação do contrato do Júlio César. O DSO explicou isso ontem na entrevista. Devemos ter pago todo o ordenado até ao final da época ao Júlio, salário esse que já não virá reflectido nas contas de Junho. O DSO deu também a entender que aumentámos o ordenado de vários jogadores devido a assédio de clubes com maior capacidade financeira. Não me admiro se, por exemplo, o Grimaldo tenha visto o seu contrato aumentado como contrapartida de se aguentar cá mais uma época.

O mais provável é que no próximo R&C vejamos as duas rubricas - passivo e custos com o pessoal - a descer em simultâneo.

Qual é o sentido de rescindirmos com o JC e pagarmos tudo até ao fim do contrato? Para isso teria ficado no plantel, para alguma emergência.
O Benfica limpou o plantel.

"Limpou"? E qual a vantagem dessa "limpeza", já que financeira pelos vistos não é? O JC causava mau ambiente no balneário?
...

Maka

Citação de: pempitas em 01 de Março de 2018, 16:05
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:53
Citação de: pempitas em 01 de Março de 2018, 15:49
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:37
Citação de: van33 em 01 de Março de 2018, 13:41
Citação de: golfdreamer em 01 de Março de 2018, 13:10
Gastos com pessoal, 35M em que provavelmente, 15M (40%) estão "empatados" com Julio César, Luisão, Eliseu, Samaris, Pizzi, Salvio e Jimenez.
Ter mantido Julio Cesar, Luisão e Eliseu foi um erro, tal como não vender Samaris, Pizzi e Salvio.
Jogadores com estes ordenados têm que ser titulares indiscutíveis.
ou seja, para ti se um jogador ganha bem tem de ser obrigatoriamente titular por decreto! muito bem, davas um bom gestor de balneários!

Nada a ver com titularidades por decreto. Simplesmente não faz sentido haver tipos a ganhar balúrdios e que pouco jogam.

Os compromissos com os atletas são de natureza plurianual. De outra forma não acautelamos os nossos interesses, nomeadamente a titularidade dos direitos económicos sobre o mesmo.

Depois o jogar muito ou jogar pouco já depende de um conjunto de fatores essencialmente desportivos, mas não basta carregar num botão para "despachar" os jogadores que ficam aquém.

Pois. O problema é meu, que interpreto o facto de termos um empresário que é "um parceiro" como algo que possa também servir para "despachar" jogadores que não nos interessam. Mas pelos vistos só é "parceiro" quando é para vender titulares (e receber a sua comissão choruda), porque quando é para vender não-titulares, aí "não basta carregar num botão".

Percebo o que dizes, mas verdade seja dita, este Verão não nos conseguiu impingir nem o André Moreira nem o Danilo. E agora em Janeiro fez-se magia com o Augusto.

A avaliar pelos agenciamentos dos miúdos mais promissores da formação, a "parceira" com a Gestifute já foi mais profícua.

Sem dúvida, o senhor Jorge anda meio desaparecido (concerteza não tem nada a ver com os vários casos de evasão fiscal nos quais os seus clientes se têm visto enredados).

ccm

Citação de: pempitas em 01 de Março de 2018, 16:05
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:53
Citação de: pempitas em 01 de Março de 2018, 15:49
Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 15:37
Citação de: van33 em 01 de Março de 2018, 13:41
Citação de: golfdreamer em 01 de Março de 2018, 13:10
Gastos com pessoal, 35M em que provavelmente, 15M (40%) estão "empatados" com Julio César, Luisão, Eliseu, Samaris, Pizzi, Salvio e Jimenez.
Ter mantido Julio Cesar, Luisão e Eliseu foi um erro, tal como não vender Samaris, Pizzi e Salvio.
Jogadores com estes ordenados têm que ser titulares indiscutíveis.
ou seja, para ti se um jogador ganha bem tem de ser obrigatoriamente titular por decreto! muito bem, davas um bom gestor de balneários!

Nada a ver com titularidades por decreto. Simplesmente não faz sentido haver tipos a ganhar balúrdios e que pouco jogam.

Os compromissos com os atletas são de natureza plurianual. De outra forma não acautelamos os nossos interesses, nomeadamente a titularidade dos direitos económicos sobre o mesmo.

Depois o jogar muito ou jogar pouco já depende de um conjunto de fatores essencialmente desportivos, mas não basta carregar num botão para "despachar" os jogadores que ficam aquém.

Pois. O problema é meu, que interpreto o facto de termos um empresário que é "um parceiro" como algo que possa também servir para "despachar" jogadores que não nos interessam. Mas pelos vistos só é "parceiro" quando é para vender titulares (e receber a sua comissão choruda), porque quando é para vender não-titulares, aí "não basta carregar num botão".

Percebo o que dizes, mas verdade seja dita, este Verão não nos conseguiu impingir nem o André Moreira nem o Danilo. E agora em Janeiro fez-se magia com o Augusto.

A avaliar pelos agenciamentos dos miúdos mais promissores da formação, a "parceira" com a Gestifute já foi mais profícua.

Não foi bem isso que foi dito.

Dr.Lecter

Citação de: Maka em 01 de Março de 2018, 16:02
Citação de: Dr.Lecter em 01 de Março de 2018, 15:55
Parte do significativo aumento da rubrica de custos com o pessoal deveu-se à antecipação do contrato do Júlio César. O DSO explicou isso ontem na entrevista. Devemos ter pago todo o ordenado até ao final da época ao Júlio, salário esse que já não virá reflectido nas contas de Junho. O DSO deu também a entender que aumentámos o ordenado de vários jogadores devido a assédio de clubes com maior capacidade financeira. Não me admiro se, por exemplo, o Grimaldo tenha visto o seu contrato aumentado como contrapartida de se aguentar cá mais uma época.

O mais provável é que no próximo R&C vejamos as duas rubricas - passivo e custos com o pessoal - a descer em simultâneo.

Qual é o sentido de rescindirmos com o JC e pagarmos tudo até ao fim do contrato? Para isso teria ficado no plantel, para alguma emergência.

O DSO não falou em rescisão, falou em "antecipação do contrato", o que, sendo um pormenor, pode querer dizer tudo. Dá ideia que poderá ter sido até uma questão de balneário e o JC, para sair, deve ter exigido que lhe pagassem o contrato todo. É assim que interpreto. Aliás, o próprio conceito de rescisão é esse mesmo, sais já com o que irias receber até ao fim da estadia.

O'Brien

Citação de: Kyoto em 01 de Março de 2018, 15:29
alguem me explica como aumentamos 5M€ de gastos com pessoal?
ja se começavam a despachar os elefantes brancos tipo Luisão

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