Corona

Nome completo
Eduardo José Corona
Posição
avançado
Número
7
Data de nascimento
1 Setembro 1925
Data de morte
22 Março 2008 (82 anos)
País
Portugal
Periodo na equipa principal

1946-1953

O que é uma Corona? Uma descarga luminosa. O que era o Corona? Uma descarga luminosa. Uma? Duas, três, muitas descargas luminosas. De vermelho-vivo. No seu posto, no seu flanco. Com a sua arte, a sua magia. Para fazer assistências, fazer golos. Dar alegrias, dar títulos.

Era mais um produto do vivificante Barreiro. Chegou ao Benfica na época 46/47, a quarta consecutiva e último da húngaro Janos Biri. Só fez cinco jogos e dois golos, que não era fácil garantir sucesso no reino da águia. No reino dos também avançados Julinho, Arsénio, Espírito Santo, Baptista, Mário Rui e Rogério. No ano seguinte, com o regresso de Lipo Herezka ao comando, passou a ser mais utilizado. Uma derrota, em casa, frente ao Elvas, inviabilizou a toma do Nacional. Venceu o Sporting, com os mesmos pontos, mas à melhor de um golo. Por isso, rotulada a prova foi de campeonato do pirolito.

Progressivamente, Corona ia garantindo a titularidade. Só que explodia de ganância por um titulo, que teimava em escapar. A música era ditada pelos Violinos do Sporting. Assim foi também em 48/49, época em que o Benfica infligiu 13-1 ao Académico de Viseu, com dois golos da sua lavra, registo apenas superado 40 anos depois, num Benfica-Riachence, para a Taça de Portugal, com Toni no banco e o nigeriano Ricky a marcar seis tentos. Valeu, então, a Taça, ganha à custa do Atlético (2-1), com Corona na abertura do activo.



Sob a direcção de Ted Smith, finalmente, a consagração na magistral temporada de 49/50. Vitória no Campeonato, vitória na Taça Latina. Um golo apontou ao Bordéus, antes da finalíssima, que não prescindiu da sua presença. Mais três Taças de Portugal haveria de ganhar, frente à Académica, ao Sporting (com um golo) e ao FC Porto. Nesta última, participou no inicio do trajecto, mas não no embate decisivo. É que a descarga, essa, já não era tão luminosa.

Fez 129 partidas oficiais, tendo apontado 60 golos. Uma marca simpática, no mínimo, para um extremo. Era à direita que Corona elegia terreno propicio às suas habilidades. Escorreitas, sempre. Tratava a bola com intimidade, com subtileza, com gabarito. Era um ablutor do ataque. Na imensidão dos seus truques. Corona jamais deslustrou ao lado de Félix, de Francisco Ferreira, de Espírito Santo, de Arsénio, de Julinho, de Águas, de Rogério. Corona acrescentou. Com nível superior. Pela elementar razão de que significava continuidade ou, melhor ainda, fundada a expectativa na mudança das agulhas de um jogo. Motivo de sobra para ser incluído no género dos criativos. Daqueles que não são proscritos pela verdade centenária.



Épocas no Benfica: 7 (46/53)

Jogos: 129
Golos: 60

Títulos: 1CN, 4 TP, 1 Taça Latina

Texto: Memorial Benfica, 100 Glórias
Copiado de Ednilson


Equipa Principal Jogos Minutos Cartões (A./V.) Golos
  1946/1947 5 450 0 / 0 2  
Campeonato Nacional 2 180 0 / 0 0
Campeonato de Lisboa 3 270 0 / 0 2
Amigáveis 1 0
  1947/1948 17 1530 0 / 0 5  
Campeonato Nacional 16 1440 0 / 0 5
Taça de Portugal 1 90 0 / 0 0
Amigáveis 1 0
  1948/1949 24 2160 0 / 0 24  
Campeonato Nacional 19 1710 0 / 0 16
Taça de Portugal 5 450 0 / 0 8
Amigáveis 3 1
  1949/1950 10 900 0 / 0 1  
Campeonato Nacional 7 630 0 / 0 0
Taça Latina 3 270 0 / 0 1
Amigáveis 1 0
  1950/1951 26 2340 0 / 0 8  
Campeonato Nacional 21 1890 0 / 0 5
Taça de Portugal 5 450 0 / 0 3
Amigáveis 1 1
  1951/1952 32 2880 0 / 0 11  
Campeonato Nacional 25 2250 0 / 0 7
Taça de Portugal 7 630 0 / 0 4
Amigáveis 6 0
  1952/1953 13 1170 0 / 0 6  
Campeonato Nacional 12 1080 0 / 0 5
Taça de Portugal 1 90 0 / 0 1
Amigáveis 5 1
Total Jogos Amigáveis 18 3
Total Jogos Oficiais 127 11430 0 / 0 57
Na equipa principal

Primeiro jogo

CUF 3 - 7 SL Benfica

Dom, 15 Setembro, 1946

Campeonato de Lisboa

1ª Jornada
Stadium de Lisboa (Campo do Lumiar), Lisboa

Último jogo


Por administrador a Segunda, 6 Novembro 2023