Líder de balneário sucede ao obcecado pela tática

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Benfica. Quem trabalhou com Jorge Jesus e Rui Vitória reconhece que ambos respiram futebol, mas têm perfis muito distintos. J. J. é duro nas críticas, o seu sucessor gosta de ter o grupo na mão.

 

Sai Jorge Jesus, entra Rui Vitória. Depois de o Benfica ter anunciado um princípio de acordo com o ex-treinador do Vitória de Guimarães, ficou ontem a saber-se que a apresentação oficial acontecerá na próxima segunda-feira, pelas 12.30, no Museu Cosme Damião. O futuro imediato dos encarnados passará mesmo por este professor de Educação Física, 45 anos, cuja reputação de potenciar jovens talentos foi determinante na escolha pessoal de Luís Filipe Vieira.

 

E, por esta altura, há uma questão na mente dos adeptos encarnados que só os resultados desportivos na próxima época poderão ajudar a clarificar: o Benfica fica a ganhar ou a perder com a troca de Jorge Jesus, um técnico consagrado e bicampeão, por Rui Vitória, que não tem experiência a comandar um clube grande mas que já deu várias provas da sua capacidade na "classe média" do futebol português?

 

Quem trabalhou com ambos deixa antever algumas explicações e corrobora a tese de que Jesus é um perfeccionista da tática e Vitória é um líder no balneário, que gosta de ter todo o grupo "na mão".

 

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