Prémio Miklós Fehér

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Prémio Miklós Fehér

“Honrar a memória”

Os dois vencedores do Prémio Fehér estão desde a última segunda-feira em Portugal, onde tiveram a oportunidade de visitar as instalações do Sport Lisboa e Benfica (Complexo Desportivo da Luz e Caixa Futebol Campus) e alguns pontos de interesse da cidade de Lisboa.

 

 O Prémio Miklos Fehér foi criado em 2009 para homenagear a memória do jogador, pelo que foi o seu exemplo e o seu percurso em vida. O mesmo resulta de um protocolo estabelecido com a escola Bercsényi Miklós, em Gyor.

 

Este ano os galardoados são Zsófia Czéllai-Vörös (Prémio estudante) Campeã Mundial e Europeia na modalidade de Kayak e com diversos títulos nacionais e internacionais Juniores e Attila Vanyus (Prémio professor), que foi treinador e presidente durante vários anos da equipa feminina do Gyor Audi Eto KC, sendo presentemente o seu presidente honorário.

 

Esta terça-feira, os distinguidos receberam das mãos do vice-presidente, Rui Gomes da Silva, os respetivos troféus.

 

“Este Prémio representa o dar continuidade à memória em relação ao que foi a presença de Miklós Fehér no Benfica. Morreu em condições trágicas, morreu a representar o Benfica. Todos nos lembramos - 25 de janeiro de 2004 - quem não estava no estádio estava a ver na televisão, e vimos Miklós Fehér cair no campo inanimado e depois viemos a confirmar a pior das notícias em relação a um jovem. E este Prémio é, no fundo, essa perspetiva de continuidade, de memória, de que o Benfica não esquece aqueles que o representaram, não esquece aqueles que o representaram essencialmente com dignidade, “à Benfica”, com Mística, e não esquece, neste caso, alguém que morreu com a camisola do Benfica vestida”, começou por dizer Rui Gomes da Silva, em declarações à BTV.

 

“Tive a oportunidade de ter estado no assinalar do décimo aniversário do falecimento de Miklós Fehér, em Gyor, e percebi a enorme comoção que dez anos depois ainda se vive na família, como é evidente, mas também por todo o clube e locais onde Miklós Fehér viveu até vir para Portugal, até representar o Benfica. E mais curioso do que isso é que, de fato, na vida de Miklós Fehér há uma fase de Gyor, uma fase que é feliz, e uma outra fase em que Miklós Fehér foi muito feliz, que foi a fase do Benfica. Pelo meio há a fase das seleções nacionais. E este prémio é uma homenagem do Benfica, da memória, em relação a um atleta que poderia ser uma das referências maiores do Clube nos tempos que poderiam vir quando se deu a sua morte”, acrescentou o vice-presidente.

 

“O que o Benfica faz é todos os anos escolher um professor que tem alguma relação a ver com esta herança de Miklós Fehér e um aluno que, em termos desportivos, de notas, de participação na escola, mais se tenha distinguido. A escola que Miklós Fehér frequentou é uma escola de Desporto, uma escola que junta a parte de Deporto com a parte educativa e, portanto, não haveria melhor lugar onde ser atribuído um prémio do Benfica com o nome de Miklós Fehér do que a escola que ele frequentou durante muitos anos até se transformar num jogador em termos europeus”, concluiu Rui Gomes da Silva.

 

“O Benfica é uma nação”

A escola Bercsényi Miklós, que Fehér frequentou enquanto jovem, é especializada na formação desportiva de jovens que querem fazer do Desporto a sua vida profissional. No palmarés da escola constam dezenas de medalhas olímpicas.

 

Através do protocolo, o melhor aluno selecionado pelos responsáveis da escola, visita anualmente as instalações do Sport Lisboa e Benfica, permitindo conhecer a realidade que Miklós Fehér viveu nos seus últimos anos de vida.

 

O prémio também premeia um professor que com a sua atividade tenha promovido um trabalho educativo de reconhecido mérito dentro da escola.

 

 

“Este momento tão triste faz parte da História do Benfica e sinto-me muito honrada e orgulhosa por terem instituído este Prémio e honrado a memória do atleta ao longo dos últimos anos desde o seu falecimento. É algo de muito importante. O Benfica é verdadeiramente grande, não só como Clube, mas como uma Família. Fiquei impressionada com as instalações, com o Caixa Futebol Campus, com o Estádio, com o Museu… e a águia é linda”, afirmou Zsófia Czéllai-Vörös.

 

O representante de Attila Vanyus, que não pode marcar presença em Lisboa e que recebeu o troféu em sem nome, mostrou-se também ele impressionado com a grandeza e História do SL Benfica.

 

“É um momento importante mas sempre triste, importante para a Escola, para Gyor, para todos os jogadores húngaros, e também para o Benfica. Fehér será sempre uma lenda. Fiquei muito impressionado com tudo aquilo que conheci no Clube, que não é só Futebol, mas também um vasto leque de Modalidades… é uma Nação, uma Família e sente-se que todos vivem o Clube com alegria e amizade mútua”, concluiu.