Fonte
Jornal "A Bola"
Inter recusa negociar Caneira por enquanto
O Benfica já fez saber aos responsáveis do emblema de Milão que pretende adquirir o passe do central, mas não há, para já, abertura ao diálogo por parte do clube italiano. Só depois do Europeu de esperanças e do Mundial é que as negociações poderão começar, sendo certo que o Inter recusa-se a vender o jogador por um valor inferior ao estipulado na cláusula de opção – cerca de 3 milhões de euros. Até porque já tem em carteira propostas superiores. Tudo dependerá da capacidade negocial dos encarnados e da vontade do jogador.
A primeira diligência do Benfica para a contratação de Marco Caneira não correu da forma mais desejada pelo clube da Luz. Aquando da sua viagem a Itália, Luís Filipe Vieira informou os responsáveis do Inter de Milão do interesse encarnado em contratar o jogador, mas os valores abordados ficaram aquém das exigências italianas. De qualquer das formas, independentemente da primeira oferta benfiquista, a abertura ao diálogo por parte do emblema de Milão é, para já, nula.
E a razão é simples de perceber. Marco Caneira vai representar a Selecção Nacional de sub-21 no Europeu da categoria, em Maio, na Suíça, e os dirigentes italianos guardam ainda a expectativa de uma possível presença no Mundial a disputar na Coreia e no Japão. Competições que levariam a uma valorização do passe do atleta e, possivelmente, um aumento do número de clubes interessados.
Três propostas em carteira
Nas últimas semanas, e tendo em conta que o mercado italiano só encerra no final do mês, o Inter recebeu três propostas (duas das quais oriundas de Itália) para a aquisição de Marco Caneira já em Janeiro, mas a resposta foi a mesma: sem diálogo, para já. Com a agravante de o jogador ter um contrato de empréstimo com os encarnados até final da época.
Ainda assim, e como ponto de referência, os números apresentados foram claramente superiores aos falados pelo Benfica na sua primeira abordagem. Sendo certo que o direito de preferência mora na Luz, não é menos verdade que os responsáveis italianos não querem ouvir falar numa verba inferior à fixada na cláusula de opção, que ronda os 2,5 a 3 milhões de dólares (2.7 a 3.2 milhões de Euros ou 550 a 660 mil contos). Apesar da prioridade encarnada, o Inter de Milão vai pressionar o Benfica a cobrir a maior proposta que venha a ser apresentada e aí caberá a decisão final ao jogador. E sejam quais forem os interessados, o clube italiano só aceita vender a totalidade do passe e não apenas percentagens ou empréstimos.
Tudo dependerá agora da capacidade negocial do Benfica, que ficou bem vincada em situações anteriores. A luta afigura-se difícil, mas ainda está no primeiro round…