O BENFICA vai receber 22, 6 milhões de euros do Estado como consequência dos dois contratos-programa assinados ontem, ao início da tarde, em cerimónia que teve lugar no auditório do Centro de Medicina Desportiva. O clube da Luz fez-se representar por Manuel Vilarinho, Mário Dias, Tinoco de Faria, Seara Cardoso, Andrade e Sousa, da Mesa da Assembleia Geral, e Fonseca Santos, líder do Conselho Fiscal, num acto em que estiveram igualmente o Ministro da Juventude e do Desporto, José Lello, o presidente do IND, Manuel Brito, e o líder da Sociedade Portugal 2004, Vasco Lynce.
O contrato-programa respeitante à construção do estádio - o único que faltava assinar relativo aos estádios que servirão de palco ao Euro 2004 - permitirá aos encarnados encaixar 21.074.210 euros (cerca de quatro milhões e 225 mil contos). Uma verba que foi obtida tendo em conta o número total de lugares (65 mil, a 1296 euros cada).
A cerimónia de ontem contemplou ainda a assinatura de um segundo protocolo relativo aos parques de estacionamento. De acordo com o estipulado neste contrato, o Benfica receberá 1.603.511 euros, qualquer coisa como 321.475 contos. Por definir ficam ainda as verbas relativas à questão dos acessos ao estádio.
Manuel Vilarinho mostrou satisfação pela consumação de mais um passo a caminho do novo estádio. E admitiu que, tal como o presidente do Sporting, Dias da Cunha, construir um novo recinto é mais importante que ser campeão. “Gostaria de ver concretizadas as duas coisas, mas se tivesse de escolher, optaria pelas infraestruturas desportivas”, afirmou, sublinhando: “O Benfica, sendo um campeão por natureza, com as infraestruturas necessárias, será mais tarde ou mais cedo campeão.”
O responsável benfiquista referiu ainda que as bases para o futuro estão lançadas, proferindo uma frase algo enigmática: “Que venha gente da mesma têmpera para que o clube possa ser gerido, modéstia à parte, com a mesma honestidade e paixão.” Questionado sobre se esta frase tinha implícita a intenção de não se recandidatar, Vilarinho limitou-se a referir: “ Ainda não pensei nisso...”.