Fonte
A Bola
O Benfica não fala em perseguição, mas diz-se claramente prejudicado por Martins dos Santos neste Campeonato. É que as suas razões de queixa não se centralizam, unicamente, no jogo de anteontem, em Alvalade, as críticas benfiquistas já vêm desde a 14ª. jornada, realizada no dia 9 de Dezembro do ano passado.
Nesse dia, no Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira, o Benfica viu o guarda-redes Pinho fazer uma placagem a Mantorras, fora da área, quando o internacional angolano seguia isolado para a baliza, e Martins dos Santos apenas mostrou o cartão amarelo ao jogador pacense.
A 17 de Fevereiro último, num Benfica-Belenenses, Martins dos Santos anulou um golo aos encarnados, obtido por Drulovic, na marcação de um livre indirecto, por ter considerado que a bola não se mexeu quando Simão lhe colocou o pé direito em cima, um lance que de imediato suscitou forte polémica, controvérsia a estender-se pelos dias seguintes, com as opiniões a dividirem-se quanto à justeza da decisão do árbitro.
Agora, em Alvalade, quase no final da partida Martins dos Santos voltou a provocar a revolta no Benfica ao assinalar a grande penalidade que deu o empate ao Sporting. Defendem os benfiquistas que nem o árbitro nem o seu auxiliar viram a irregularidade de Armando, tendo decidido pela marcação do castigo máximo sob pressão dos jogadores sportinguistas.
Mas, no caso deste jogo, os protestos do Benfica não se cingiram unicamente a esse lance, porque alastraram também à expulsão de Zahovic. E não sabiam, nessa altura, que Jesualdo Ferreira tinha sido também expulso, no caminho de acesso às cabinas.
É por tudo isto que, relativamente a este Campeonato, os benfiquistas dizem ter razões de queixa de sobra de Martins dos Santos.