Fonte
A Bola
A Vodafone poderá deixar de ter um retorno financeiro significativo decorrente do blackout decretado pelo Benfica, caso os encarnados continuem a levar a cabo esta medida. Esta é convicção de Uriel Oliveira, da Memorandum, empresa de consultadoria que colabora com a operadora telefónica.
«A maior parte do retorno que a Vodafone teve em 2001 teve origem na aparição do logótipo da empresa nas conferências de Imprensa. Se o placard, que está atrás no local onde jogadores, treinadores e dirigentes falam na sala de imprensa, deixar de aparecer, o patrocinador perde parte do retorno esperado, ainda que esse mesmo retorno tenha sido 20 vezes mais do que aquilo que pagaram», afirma Uriel Oliveira.
Recorde-se que a Memorandum elaborou um estudo, no passado mês de Março, sobre o retorno financeiro que os patrocinadores de Benfica, Sporting, F. C. Porto e Boavista tiveram em 2001, na sequência da exposição do respectivo logótipo em jogos, treinos e conferências de Imprensa [ver quadro]. Nesse trabalho concluiu-se que, no caso dos encarnados, era este último item que dava mais a render à Vodafone (quase 14 milhões de euros), contra os 1,05 milhões de Euros dos placards e outros e cerca de 7 milhões nos equipamentos.
Um blackout também mexe com milhões e se jornais ou jornalistas podem ser prejudicados por lhes ser negado o acesso à informação, ou os adeptos ou associados por ficarem privados de acompanharem o dia-a-dia do seu clube, são os investidores que mais podem sair lesados de todo este processo. Daí que se questione o benefício de tal medida...