Fonte
www.abola.pt
Contenção orçamental
À procura de bons e baratos negócios. Esta é a prioridade da política de contratações do Benfica, que tentará gastar o mínimo em reforços. Empréstimos e contratações a custo zero procuram-se. Outra das novidades passa pela adopção de medidas de contenção salarial. É o sinal dos tempos que se vivem!
Apertar o cinto! Uma regra que se faz sentir cada vez mais na sociedade portuguesa e que a generalidade dos clubes vão ter de seguir. O Benfica não é excepção. À entrada para mais uma fase de preparação para nova temporada, os cofres da Luz encontram-se debilitados e sem possibilidades de garantir «loucuras» contratuais ou dispensar verbas exorbitantes para fazer face a salários elevados.
Esta parece ser, aliás, uma das regras prioritárias face à política de aquisições para a época que agora começa a ser preparada. Os dirigentes da SAD benfiquista têm definidas as lacunas a suprir no plantel que continuará entregue a Jesualdo Ferreira e encontram-se no mercado à procura de negócios oportunos. Comprar bom e barato é o lema, apesar de nem sempre ser o mais fácil. À semelhança do que se passou em grande parte das aquisições do derradeiro defeso, os dirigentes encarnados tentarão seduzir alguns jogadores em fim de contrato e, quando muito, negociar novos empréstimos. Isto apesar de ser reconhecido que pela primeira vez em vários anos não se irá proceder uma profunda reformulação do plantel. Três, quatro jogadores novos no máximo são os objectivos.
Ou seja, o clube da Luz tentará gastar o mínimo indispensável nas novas aquisições sendo que existe ainda a possibilidade de efectuar trocas utilizando os passes de atletas considerados excedentários no plantel benfiquista.
Salários mais baixos
Outra medida a implantar, e que surge na mesma linha daquilo que começa a ser divulgado um pouco por toda a Europa, passa pela reformulação da política salarial. Os responsáveis da Luz entendem que as dificuldades económicas que se fazem sentir no futebol profissional em Portugal não são propícias à continuidade de uma folha salarial elevada. O Benfica encontra-se entre os clubes com salários mais altos da liga portuguesa, uma tendência que os dirigentes procurarão inverter. A começar já pelos atletas a adquirir esta temporada.
Esta, de resto, terá sido uma das razões pelas quais a SAD deixou cair a contratação de Marco Caneira ao Inter. O jogador pedia um salário considerado bastante elevado para as possibilidades encarnadas, que lhe ofereciam bem menos de metade daquilo que pedia. Jankauskas é outro dos jogadores que também deverá sentir esta medida na pele, uma vez que os responsáveis da Benfica, SAD não pretendem ultrapassar os valores que atleta aufere neste momento, isto enquanto o clube prossegue as negociações com a Real Sociedad tendentes a reduzir a cláusula de opção inicialmente fixada em quatro milhões de dólares. Andrade foi um dos primeiros a entender esta política, daí ter acertado a renovação por mais três anos.
Apenas a título de exemplo, com a saída de Pesaresi e Júlio César a folha salarial da Luz reduz-se em mais de 100 mil euros mensais.