Alípio Matos demite-se

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Alípio Matos, treinador de futsal do Benfica, apresentou a demissão do cargo que exercia desde o início da época, a primeira dos «encarnados» na modalidade. A demissão de Alípio Matos causou enorme surpresa no seio do futsal, depois de ter sido o principal impulsionador da adesão dos «encarnados» à modalidade, com o êxito que todos conhecem. Formou uma das melhores equipas do campeonato e o pavilhão da Luz registou enchentes para vê-la jogar, como nunca se tinha visto no futsal. O Benfica ocupa a segunda posição à 26.ª jornada, a oito pontos do Freixieiro (48), pelo que o saldo deve considerar-se amplamente positivo na época de estreia das «águias» no futsal. Porquê, então, a demissão? «A BOLA on-line» dialogou com Alípio Matos, que confirmou ter abandonado o cargo mas nada adiantou sobre as razões que o levaram a tomar esta decisão «irreversível», prometendo para mais tarde o esclarecimento da situação. Segundo apurámos, não foi a derrota frente ao Bons Dias (8-3), na última jornada, que despoletou a saída de Alípio Matos, ao contrário do que possa parecer. As divergências entre técnico e alguns dirigentes do departamento de futsal, essas sim estiveram na origem da sua saída. Exigiam-lhe o título? Esta uma pergunta a que o ex-treinador do Benfica se escusou a responder, educadamente, como é seu timbre. Em boa verdade, Alípio não falhou na Luz. Deu o máximo esforço, a todos os níveis, para que o futsal fosse uma realidade no seu clube do coração. Formou uma grande equipa e traçou como objectivo a conquista do título no início da época, é verdade, mas nunca como obrigação, conforme também realçou quando assumiu a liderança do futsal encarnado. Entretanto, o adjunto Hélio Matos assumiu o comando da equipa até final da época.