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O Jogo
Está decidido. Na próxima temporada, o timoneiro do Benfica voltará a ser um estrangeiro. Ljubinko Drulovic, o experiente jugoslavo contratado no defeso anterior ao grande rival das Antas, herdará o estatuto de capitão do braço esquerdo do guardião germânico Robert Enke.
Refira-se que, na fase final da pretérita época, Enke já só era capitão em termos formais, uma vez que, depois de ter convocado os jornalistas para oficializar a saída do clube, a braçadeira transitou para o braço do extremo-esquerdo Drulovic, o capitão na prática em campo, dado que Enke passou, curiosa e sistematicamente, a observar os jogos de fora das quatro linhas.
A escolha foi feita pelo técnico Jesualdo Ferreira e mereceu aprovação dos decisores do "edifício futebol". Simão e João Manuel Pinto concorriam com o colega sérvio, em especial o avançado português, protagonista de uma temporada sensacional. Porém, e uma vez que o trio estava equiparado no que concerne ao item das épocas ao serviço do clube (foram contratados no último defeso), pesou assim o factor "estabilidade" (era o herdeiro natural), a experiência de muitos anos de Drulovic na I Divisão, e a sua personalidade de líder, comprovada pelos colegas e equipa técnica nos últimos jogos de 2001/02.
Drulovic, de 33 anos (faz 34 em Setembro), construiu uma carreira de vulto no futebol português desde 92/93, ao serviço do Gil Vicente e do FC Porto.
A opção recai no internacional jugoslavo também por escassez de alternativas, uma vez que das épocas anteriores não sobejaram jogadores que se pudessem afirmar como referências do clube. O jogador mais antigo era precisamente Robert Enke, que substituiu a meio da época passada o médio Fernando Meira, transferido para os alemães do Estugarda. Aparentemente, e fazendo fé nos principais responsáveis, esta política de revolução permanente ao passar de cada época vai ser invertida, com o grosso do plantel a manter-se na Luz em 2002/03.