“Na entrada na Bolívia, parei para ajudar o Toby Price que estava ferido. Esperei que viesse o helicóptero, acredito que me vão devolver o tempo em que estive parado. As corridas são muito mais que resultados quando estão em risco as nossas vidas”, vincou, referindo-se ao australiano da KTM, vencedor do Dakar em 2016, que abandonou com fratura do fémur esquerdo.
Paulo Gonçalves foi o 17.º a terminar a especial de 416 km entre San Salvador de Jujuy (Argentina) e Tupiza (Bolívia), mas a organização atribui-lhe finalmente o 11.º posto da etapa, ganha pelo austríaco Mathias Walkner (KTM). Na geral, o 12.º posto também foi retificado para sexto, a 25.45 minutos do espanhol Joan Barreda, seu colega de equipa.
“Estamos aqui para fazer o melhor possível, obviamente, é para isso que nos preparamos ao longo do ano, há participantes com objetivos maiores do que outros, mas primeiro está a nossa vida!”, reforçou.
O piloto de Esposende assumiu que hoje “foi um dos dias mais difíceis, com muita navegação”, na qual perdeu “algum tempo” no início a encontrar um ponto.
“Depois consegui impor um bom ritmo, mas já na fase final, É importante seguir concentrado e não cometer erros. As rápidas melhoras para o Toby que sem dúvida alguma irá fazer muita falta a esta corrida pelo grande piloto que é”, concluiu.
Sexta-feira, o rali permanece no Altiplano boliviano. Dois setores de dunas, na segunda metade do percurso, prometem complicar fortemente os 447 km de prova cronometrada.
http://desporto.sapo.pt/motores/artigo/2017/01/05/paulo-goncalves-recolocado-em-sexto-apos-apoio-prestado-a-toby-price